Comercial foi veiculado no multimídia dos carros da Nissan (LogiGO/Divulgação)
Comercial foi veiculado no multimídia dos carros da Nissan (LogiGO/Divulgação)
Publicidade a bordo dos carros não é exatamente uma surpresa — usuários do Waze já lidam com isso há alguns anos. A novidade é que agora existe a chance de você ver propaganda de imóveis e lanchonetes na própria central multimídia do seu carro.
Uma das pioneiras da atividade no Brasil é a LogiGO, responsável pelo sistema de diferentes modelos da Nissan. O equipamento usa o software Android, do Google, e possui possibilidade de acesso à internet.
E é justamente esse recurso que permite a veiculação das propagandas. O aparelho se conecta por meio do roteamento do sinal do celular do usuário, como quando você divide sua internet com os amigos.
A primeira ação da empresa foi feita em parceria com a Nissan, e consistiu na divulgação de uma promoção envolvendo as revisões de carros da marca, com sorteio de um Versa.
Segundo Marcos Cardoso, líder de produto da LogiGO, o anunciante pode filtrar o alcance da publicidade diferenciando o modelo e até a localização do veículo.
O executivo também destaca que, para receber esse conteúdo, o motorista precisa aceitar o termo de adesão e uma mensagem explícita dada pelo software antes de receber esse tipo de mensagem.
A popularização de veículos que se conectam à internet sem a necessidade de um smartphone, como o novo Chevrolet Cruze, abre caminho para que haja mais publicidade embarcada.
Esse conceito pode ser uma fonte de renda extra para a montadora ou até ajudar a custear a oferta de um software pago, como o Apple CarPlay.
No futuro, consumidores poderão ver a oferta de determinadas funcionalidades vinculadas à publicidade, como ocorre em inúmeros aplicativos gratuitos para celular.
O grande desafio das empresas será lidar com a possível rejeição dos usuários, cujo carro ainda é um reduto “sem propaganda” na maioria das vezes.
Outro ponto será trabalhar para que a publicidade não coloque em risco a segurança de condutor e passageiros ao interferir em procedimentos como o uso de sistemas de navegação.