Novidades

26 AGO
Impressões: Volvo S60 é o melhor sedã alemão que não vem da Alemanha

Impressões: Volvo S60 é o melhor sedã alemão que não vem da Alemanha

Linhas e vincos horizontais deixaram o visual do S60 mais alargado e próximo ao solo (Divulgação/Volvo)

Faróis totalmente em leds são de série em todas as versões (Divulgação/Volvo)

No papel, a terceira geração do Volvo S60 tem atributos de sobra para superar a concorrência germânica. Em todas as versões ele supera ou equipara potência, equipamentos e desempenho do Audi A4, Mercedes Classe C e do novo BMW Série 3.

Isso elevou as expectativas para nosso primeiro contato com o carro, em Santiago (Chile). O modelo chega nos próximos dias aos 36 concessionários da Volvo em quatro versões, todas com motor 2.0 turbo.

As versões T5 têm rodas de 19 polegadas (Divulgação/Volvo)

A gama começa na T4 Momentum (R$ 195.950) de 190 cv, passa pela T5 Inscription (R$ 229.950) de 254 cv e termina na T8 híbrida, que pode ter 407 cv no pacote R-Desing (R$ 269.950) e chega a 420 cv na variante Polestar, única sem preço revelado.

QUATRO RODAS pôde avaliar as versões T5 e T8 em um trajeto de 260 km misturando ruas, estradas e a pista de corrida do autódromo de Codegua.

As lanternas invadem a tampa do porta-malas, como os outros modelos da linha 60 (Divulgação/Volvo)

Brigar com uma concorrência consolidada e tradicional exige oferecer mais por menos. Então a Volvo tratou de rechear seu sedã médio com um amplo pacote de equipamentos, com destaque para os recursos de tecnologia semiautônoma.

No entanto, há detalhes inusitados na divisão dos itens de série entre as versões.

Linhas e vincos horizontais deixaram o visual do S60 mais alargado e próximo ao solo (Divulgação/Volvo)

Todo S60 no Brasil terá controlador de velocidade adaptativo com frenagem autônoma de emergência (EAB) e assistente de manutenção de faixa de série. O alerta de tráfego cruzado, porém, vem apenas nas versões Inscription e superiores.

A tampa do porta-malas tem abertura elétrica, mas o fechamento é manual (Divulgação/Volvo)

Esse sistema, presente em modelos como Chevrolet Cruze e Volkswagen Tiguan, normalmente exige os mesmos sensores que alertam a presença de veículos no ponto cego, chamado de Blis nos modelos Volvo.

E, como o Blis do S60 é oferecido apenas nos pacotes a partir do Inscription, o alerta de tráfego cruzado veio a tiracolo.

O ar-condicionado de quatro zonas não será oferecido no Brasil (Divulgação/Volvo)

Mais exótica é a ausência de uma simples chave presencial na versão de entrada T4, que será responsável por 40% das vendas. Quer abrir seu S60 novo sem precisar revirar os bolsos? Só se desembolsar quase R$ 230.000.

Felizmente, frugalidades (para o segmento) como sensores de estacionamento, bancos dianteiros elétricos, faróis em leds e sistema multimídia vêm sempre de série.

O teto-solar elétrico é amplo e possui abertura na parte anterior (Divulgação/Volvo)

Os S60 T5 e T8 adicionam, além dos itens citados acima, teto solar elétrico panorâmico, bancos dianteiros com ventilação e aquecimento, faróis direcionais com facho alto automático e sistema de som Harman Kardon de 800W.

Apesar de ser digital, o quadro de instrumentos tem poucas opções de customização (Divulgação/Volvo)

Fazem falta o ar-condicionado digital de quatro zonas (o padrão é duas) e a tomada de 220V para o banco traseiro. Mas, considerando as outras virtudes do S60, esses detalhes ficam pequenos – ao contrário das medidas do sedã.

O espaço interno é excelente para quatro adultos (Divulgação/Volvo)

O novo S60 ganhou 9,6 cm só de entre-eixos. Também houve ganhos no comprimento (12,6 cm), largura (2,5 cm) e porta-malas, com 62 litros a mais.

O reposicionamento dos bancos fez com que não houvesse perda de espaço para a cabeça, mesmo com o teto 5,3 cm mais baixo.

As baterias no meio do carro deixam o túnel central ainda mais elevado nas versões T8 (Divulgação/Volvo)

O mérito é da plataforma modular Spa, versátil a ponto de ser usada até o enorme XC90.

Com isso, o sueco supera os rivais germânicos em diferentes quesitos, ainda que se equipare à tríade alemã no inevitável túnel central elevado, necessário para as versões de tração integral convencionais – por aqui, o único S60 que envia força às quatro rodas é a híbrida plug-in T8.

A plataforma modular Spa estreou no XC90 (Divulgação/Volvo)

No interior, também houve um crescimento generoso nas telas do quadro de instrumentos digital e do sistema multimídia. Este último, aliás, é o excelente Sensus já presente nos outros modelos da Volvo.

Sua tela capacitiva de alta resolução tem orientação vertical, o que facilita o intuitivo manuseio do sistema pelo motorista.

O excelente sistema multimídia Sensus está entre os mais intuitivos do segmento (Divulgação/Volvo)

Entender o propósito do S60 exige uma contextualização de suas origens. O S60 foi desenvolvido pelos suecos de olho em um segmento dominado por alemães.

Apesar disso, a marca teve um cuidado especial em agradar o público americano, montando, inclusive, uma fábrica só para ele na Carolina do Sul.

A principal diferença visual do T8 está na ausência dos faróis de neblina, que deram espaço aos radiadores do sistema híbrido (Divulgação/Volvo)

Isso explica, por exemplo, a ótima ergonomia dos principais comandos no painel, característica com impacto direto na segurança.

Em todos os Volvos modernos, mudar a música ou ativar algum sistema semiautônomo não leva mais de dois segundos.

As versões T8 vão responder por 25% das vendas (Divulgação/Volvo)

O acabamento é impecável, como se espera de qualquer sedã premium na faixa de R$ 200.000.

O requinte é reforçado pela iluminação ambiente, teto-solar amplo e uso de materiais nobres mesmo na versão Momentum. Mas a rígida suspensão que geralmente equipa os três-volumes alemães não se repete no S60 T5 e T8.

Com proposta e calibração esportiva, o S60 Polestar chega até o final do ano (Divulgação/Volvo)

Não que ele seja mole: em relação ao Toyota Camry, o Volvo é quase um esportivo. Mas dá para encarar a buraqueira padrão das ruas brasileiras sem o desconforto de um 330i, por exemplo.

Aliás, dentro da régua “ABM” (Audi, BMW e Mercedes), o S60 fica entre o neutro A4 e o macio C200.

A potência combinada do mais rápido S60 é de 420 cv (Divulgação/Volvo)

Na pista isso se torna um revés, já que é mais difícil apontar a dianteira em curvas rápidas, apesar das barras estabilizadoras fazerem um excelente trabalho para conter a rolagem da carroceria.

Os cintos amarelos são exclusivos da versão Polestar (Divulgação/Volvo)

Mas como o S60 será usado a maior parte do tempo na cidade, a calibragem do conjunto independente nas quatro rodas está mais do que adequada.

A dianteira poderia mergulhar um pouco menos em frenagens intensas, mas isso só será um problema para quem freia em cima da hora em valetas e lombadas.

O motor é sempre 2.0 turbo, gerando uma potência entre 190 cv e 320 cv (Divulgação/Volvo)

Se nesse quesito as versões T5 e T8 pouco se diferenciam, no fator desempenho a coisa muda de figura – se você andar no modo dinâmico.

Nessa situação o T8 entrega um ritmo empolgante, respondendo rapidamente a cada pisada no acelerador e transformando a tensão de cada ultrapassagem em um momento divertido da viagem.

O porta-malas comporta sempre 442 litros, independente da versão (Divulgação/Volvo)

Não que o T5 seja lento: seus 254 cv são mais do que o suficiente para o uso diário, e apenas motoristas mais exigentes vão sentir falta da tração integral e dos 153 cv que separam a dupla.

Mas, para quem tem interesse (e condições) em gastar mais R$ 40.000, e não está tão ansioso assim, nossa recomendação é esperar pela versão Polestar, de 420 cv, com calibração esportiva e lançamento previsto para o último trimestre deste ano.

O S60 T4 será responsável por 40% das vendas (Divulgação/Volvo)

Os investimentos da Volvo no pós-venda já começaram a surtir efeito para a marca no Brasil. O número de concessionários vem crescendo gradualmente, e chegará a 38 pontos até o final do ano.

Segundo a empresa, isso já cobre 99% dos mercados onde ela atua. A filial da empresa na região, aliás, passa a responder por todas as operações da Volvo na América Latina e Caribe.

A garantia do S60 é de dois anos, como a concorrência, mas suas revisões a preço fechado até 50 mil km totalizam R$ 7.445, abaixo de Classe C (R$ 8.450) e A4 (R$ 9.429).

A proteção de fábrica pode ser estendida em um (R$ 2.965) ou dois anos (R$ 5.645), sendo que o serviço de concierge OnCall é gratuito nesse período.

A versão de entrada é a única a ter rodas de 18 polegadas (Divulgação/Volvo)

A revolução promovida no S60 deixa claro que a Volvo não pretende ser coadjuvante da festa dominada até o momento pelos alemães.

Seu comportamento não é tão arisco quanto o de um BMW, o que pode ser uma virtude em nosso mercado, onde o macio Classe C vende quase 50% mais que seu rival de Munique.

Com um pacote de equipamentos superior a seus rivais e uma crescente rede de concessionários, o S60 tem potencial para ser um ponto de virada para a marca no segmento no Brasil.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

27 ABR
VW tentará embalar Nivus com venda digital e concessionárias higienizadas

VW tentará embalar Nivus com venda digital e concessionárias higienizadas

– (Renato Aspromonte/Quatro Rodas)A paralisação das atividades da indústria automobilística em razão da pandemia do coronavírus vem surtindo efeitos negativos no setor em todo o mundo.Segundo Pablo Di Si, presidente da Volkswagen do Brasil e América Latina, para atravessarem a crise, as montadoras que operam no país gastarão, nos próximos quatro meses, cerca de R$ 40 bilhões – valor equivalente a quatro anos de investimento.Além de alterar a programação de lançamentos e... Leia mais
27 ABR
Teste: Chevrolet Onix turbo é bem mais divertido com câmbio manual

Teste: Chevrolet Onix turbo é bem mais divertido com câmbio manual

Versão LTZ tem faróis com canhão halógeno monoparábola. Luzes de neblina vêm como acessório (Fernando Pires/Quatro Rodas)A agilidade é um dos principais trunfos do novo Chevrolet Onix hatch.Mas, na versão LTZ com câmbio manual, a união do motor 1.0 turbo com injeção indireta e a caixa de seis marchas mais sua carroceria leve – menos de 1.100 kg – torna a receita um pouco mais divertida.Uma opção instigante para quem gosta de esportividade e de ter mais “intimidade” com... Leia mais
27 ABR

Treze dicas para reconhecer um carro usado batido ou vítima de enchente

Comprar um usado é sempre um drama e uma das maiores preocupações é saber se ele é sinistrado. Ou seja, ter a certeza de que o veículo não sofreu uma batida mais forte ou mesmo se passou por uma enchente. Dependendo da intensidade da colisão, o carro pode até ser consertado. Mas, se afeta partes da estrutura do veículo, dificilmente manterá sua dirigibilidade, estabilidade e consumo. Porém, é possível verificar se o carro tem um passado de sinistro se você ficar atento a dicas... Leia mais
26 ABR
Velho Mercedes 190 vira monstro com motor V12 que mal cabia no cofre

Velho Mercedes 190 vira monstro com motor V12 que mal cabia no cofre

– (Johan Muter/Internet)Qual entusiasta nunca pensou em trocar o motor do seu carro por outro mais potente? Com essa ideia em mente, um holandês decidiu equipar o seu antigo Mercedes-Benz 190 com o enorme V12 do luxuoso sedã Classe S.“Meu plano era fabricar o menor carro dos anos 80 e 90 com o maior motor da época. Para mim, esse V12 é o melhor motor da história da Mercedes-Benz, uma obra de arte”, explica Johan Muter, dono da oficina de preparação JM Speedshop.Em meados de 2016,... Leia mais
25 ABR
VW Tarek: SUV que chega no fim do ano será um Jetta mais alto e largo

VW Tarek: SUV que chega no fim do ano será um Jetta mais alto e largo

Assim será o visual do VW Tarek na América Latina (José Iván/Reprodução)O presidente da Volkswagen para América Latina e Caribe, Pablo di Si, confirmou esta semana em videoconferência com jornalistas que o projeto Tarek, SUV compacto-médio criado para brigar diretamente com o Jeep Compass, não será afetado pela pandemia do coronavírus e terá lançamento no Brasil ainda este ano.A produção já está confirmada para a fábrica argentina de General Pacheco, que recebeu um... Leia mais
25 ABR
Por que certas versões de um carro desvalorizam menos que outras?

Por que certas versões de um carro desvalorizam menos que outras?

Desvalorização chega a ser dez vezes maior em determinadas versões do mesmo carro (João Mantovani/Quatro Rodas)Analisando a tabela de preços de QUATRO RODAS elaborada mensalmente em conjunto com a KBB Brasil, podemos verificar que versões do mesmo carro muitas vezes têm taxas de desvalorização discrepantes.Um Volkswagen Polo 1.6 MSI, por exemplo, tem desvalorização de 8,95%. Já a taxa para um Polo Highline 200 TSI é de 2,78%.Para entender por que essa situação ocorre, QUATRO... Leia mais