Com 4,62 m, ele tem o mesmo tamanho de um Corolla (Acervo/Quatro Rodas)
O Nissan Sentra de sétima geração chegou ao Brasil no final de 2013 como boa alternativa aos líderes Civic e Corolla. Importado do México, assumiu de vez a personalidade de tiozão, cativando pelo bom nível de equipamentos de série.
Começando pelo porte: são 4,62 metros de comprimento e 2,70 entre os eixos, que o tornam bem parecido ao Altima, sedã de categoria superior.
A versão de maior sucesso é a intermediária, SV, com câmbio CVT, ar automático bizona e piloto automático, tudo bem abaixo dos concorrentes.
A top, SL, também é popular, com seis airbags (frontais, laterais e de cortina), bancos de couro, rodas de aro 17 com pneus 205/50, teto solar, faróis com acendimento automático, sensores de estacionamento e câmera de ré com tela de 5,3 polegadas no painel.
A versão S é a mais acessível e até 2016 tinha só câmbio manual de seis marchas.
Entre os principais equipamentos, estão o banco traseiro bipartido, volante multifuncional revestido de couro (com ajuste de altura e distância), faróis de neblina, chave presencial, rodas aro 16 de liga, computador de bordo e sistema Isofix para cadeirinhas de bebê.
Sob o capô de todas as versões está o motor Nissan MR 2.0 de 140 cv (gasolina ou etanol) sem tanquinho de partida a frio. Empurra bem seus 1.360 kg, cinco adultos e toda a bagagem do porta-malas de 503 litros.
Porta-malas leva 503 litros, 33 a mais do que o sedã médio da Toyota (Acervo/Quatro Rodas)
O modelo 2015 acrescentou bancos de couro na versão intermediária, SV, e o teto solar entrou para a lista de opcionais da SL.
Controle de tração foi a principal novidade do modelo 2016, que adicionou a requintada série especial Unique, com acabamento interno em tons claros de cinza e bege.
O Sentra foi reestilizado em 2017: perdeu o câmbio manual e adotou sensor de estacionamento, retrovisor eletrocrômico, faróis com acendimento automático e som com tela de 5 polegadas desde a versão básica, S.
A SV recebeu central multimídia, câmera de ré e rodas aro 17.
Destaque para a topo de linha, SL, com teto solar, som Bose, seis airbags, banco do motorista elétrico e pacote de segurança Safety Shield.
Para decepção dos entusiastas, não houve alteração na mecânica: o Sentra continuou andando menos e gastando mais que os principais concorrentes.
O sucesso do Sentra se deu em função da relação custo/benefício, embora ele ainda não conserve o mesmo valor de revenda dos patrícios Civic e Corolla.
O fato de ser importado do México dificulta a pronta entrega de algumas peças, cuja espera pode ultrapassar 30 dias. Ainda assim vale a pena verificar se o carro continua coberto pela garantia de três anos.
– (Acervo/Quatro Rodas)
Câmbio CVT: o nível do fluido NS-3 deve ser verificado a cada 20.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro, com troca completa aos 100.000 km. O problema é que a caixa Jatco não dispõe de vareta de medição, o que exige uma ferramenta específica.
Motor: defeito crônico abordado na seção Autodefesa: o eletroventilador passa a funcionar de maneira intermitente ou deixa de funcionar, submetendo o motor a risco de superaquecimento. A solução depende da troca ou recondicionamento da peça.
Suspensão: tradicional (McPherson à frente e eixo de torção atrás), ela é notória pelo excesso de ruídos. O item mais criticado é o amortecedor, que perde a pressão de funcionamento antes do tempo.
Faróis: alteração corriqueira no Sentra é a substituição das lâmpadas originais por conjuntos de leds. Verifique se a modificação foi feita e, em caso positivo, se o conjunto instalado se enquadra nos limites de luminosidade estipulados em lei: na pior das hipóteses é garantia de multa.
Central multimídia: é comum ver as versões mais simples, S e SV, equipadas com uma central multimídia instalada fora das concessionárias. Certifique-se de que a instalação foi bem-feita para não comprometer a garantia de três anos oferecida pelo fabricante.
O que eu adoro: “Supera Civic e Corolla em conforto, espaço, porta-malas e itens de série: é muito mais carro por bem menos dinheiro. Outro item que agrada muito é o baixo consumo rodoviário: este sedã familiar é um estradeiro nato.”
O que eu odeio: “O consumo urbano é alto, as peças de reposição nem sempre são encontradas nas concessionárias e a liquidez entre os usados não é das melhores. Apesar de robusto, ainda deixa a desejar comparado ao Toyota Corolla.”
Abril de 2014 (Acervo/Quatro Rodas)
Abril de 2014: “O Sentra está em sua melhor forma (…), ganhou elegância ao assumir o conservadorismo e passou a vir com uma generosa lista de equipamentos. (…) Vale ressaltar a facilidade de uso do sistema de entretenimento, que requer poucas operações para inserir um destino no navegador ou parear um smartphone.”
Mitsubishi Lancer (Acervo/Quatro Rodas)
Mitsubishi Lancer: o sedã mudou desde 2012 e figura hoje entre as opções mais baratas do segmento. Tem motor 2.0 de 160 cv (um dos mais potentes do setor), suspensão traseira multilink e um câmbio CVT entre os opcionais. O modelo 2015 passou a ser fabricado no Brasil, o que ajudou na oferta das peças de reposição.
*Valores em reais calculados pela KBB Brasil, para a compra pelo particular