Em Liberato Salzano, município de aproximadamente 5 mil habitantes, no Norte do Rio Grande do Sul, motoristas que usam a nova placa do Mercosul podem receber adesivos que identificam a cidade onde moram. A medida foi adotada pela prefeitura como forma de segurança.
No Rio Grande do Sul, segundo o governo estadual, quase 500 mil veículos já circulam com o emplacamento que não mostra o nome das cidades, apenas o país.
"O objetivo é dar uma identificação aos veículos do município, porque trouxe uma insegurança para a nossa população através dessa placa de Mercosul. Para melhorar a prevenção em segurança, identificar os nossos munícipes em outros locais, é muito importante a colocação dessa bandeira, principalmente para a gente ter uma identidade do município com a nossa população", explica o prefeito de Liberato Salzano, Gilson de Carli (MDB).
O município gaúcho tem cerca de 3 mil motoristas.
O prefeito acrescenta que teve a ideia do adesivo depois de uma viagem que fez para a China, onde, segundo ele, as regiões fazem essa identificação como forma de valorizar o local.
"Somos um município pequeno, com dificuldades de segurança, falta de recursos humanos, e onde todo mundo se conhece", destaca.
Nas cidades pequenas, como Liberato Salzano, veículos de outros lugares, considerados estranhos aos moradores, podem gerar alertas para autoridades de segurança que, por sua vez, podem evitar alguma atividade criminosa, como assaltos a bancos.
Os adesivos são retirados na sede da prefeitura, que já mandou fazer cerca de 1 mil peças. O prefeito disse que conversou com a Brigada Militar sobre a medida adotada, e que a corporação fez elogios. Também disse que outros prefeitos de cidades da região estudam fazer o mesmo.
O Rio Grande do Sul começou a implementar a placa no padrão Mercosul em dezembro de 2018, dentro do prazo então estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
No último dia 28 de junho, o Contran anunciou um novo adiamento para que as placas sejam adotadas em todos os estados do país: 31 de janeiro de 2020. E o novo padrão não será mais obrigatório para transferências de propriedade do veículo, como era exigido anteriormente. Outra novidade está no visual, mais simples.