A Nissan anunciou nesta quinta-feira (25) a demissão de 12.500 funcionários em todo o mundo. O corte chega depois da a empresa apresentar fraco desempenho nos Estados Unidos e Europa, além de enfrentar a crise causada pela prisão de Carlos Ghosn, ex-presidente da marca.
O atual presidente da empresa, Hiroto Saikawa, disse que os trabalhadores de fábricas serão os mais afetados pelas demissões, porém, não apontou em quais localidades, de acordo com informações da AP.
"A Nissan reduzirá sua capacidade de produção global em 10% até o final do ano fiscal de 2022. Em consonância com as otimizações de produção, a empresa reduzirá a força de trabalho em aproximadamente 12.500 pessoas", disse a empresa em um comunicado.
No primeiro trimestre do ano fiscal 2019-2020 (abril-junho), o lucro líquido da Nissan caiu quase 95%, para 6,4 bilhões de ienes (52 milhões de euros na taxa de câmbio utilizada pelo grupo), enquanto seu volume de negócios diminuiu 12,7% nesse período.
"Nossa situação é extremamente severa", disse Saikawa.
GM e Ford também em reestruturação
Além da Nissan, General Motors e Ford anunciaram recentes reestruturações em sua estrutura global.
A Ford vai cortar 7 mil empregos em todo o mundo, com o objetivo de eliminar 10% de sua força de trabalho e economizar US$ 600 milhões. O Brasil será afetado com o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo.
No caso da GM, o plano é fechar 5 fábricas na América do Norte e 2 em outros países, em sua maior reestruturação desde seu pedido de falência, há uma década.
No Brasil, a empresa anunciou investimento de R$ 10 bilhões em suas fábricas paulistas.