A Nissan confirmou nesta quinta-feira (18) que a nova geração do Versa chega “em breve” ao Brasil. O modelo foi apresentado em abril passado, no Salão de Nova York.
De acordo com o presidente da filial brasileira, Marco Silva, o sedã passa a ser importado do México. Isso deve acontecer a partir do ano que vem.
“Este ano não vem. 2020 é uma boa aposta”, disse Silva.
O executivo também confirmou que o novo Versa irá conviver com a geração atual, mais simples, produzida em Resende (RJ).
Isso quer dizer que o sedã brigará em duas frentes. Na primeira, em uma faixa de preços mais baixa, a geração atual seguirá concorrendo com Chevrolet Prisma Joy, Volkswagen Voyage e Ford Ka Sedan.
Com isso, as opções mais caras podem até deixar de existir.
Já a nova geração, mais sofisticada, deve encarar Volkswagen Virtus, Toyota Yaris, Honda City e Fiat Cronos, além da nova geração do Chevrolet Prisma.
Nos Estados Unidos, ele pode ser equipado com detecção de pedestres, frenagem de emergência, alerta para mudanças involuntárias de faixa, monitoramento de pontos cegos, controle de cruzeiro adaptativo e faróis altos automáticos.
O visual foi bastante aprimorado, e o sedã ganhou personalidade. A dianteira tem faróis afilados e espichados em direção às laterais e destaca a grade com desenho o tradicional em "V" da Nissan. A traseira tem muitas semelhanças com o sedã grande Altima, especialmente na aparência das lanternas.
Já o interior parece ter sido transplantado do Kicks: volante, central multimídia, saídas de ar, comandos do ar-condicionado e o quadro de instrumentos, com uma parte digital, são idênticos aos do SUV.
Além do interior, o Versa compartilha plataforma e motor com o Kicks. Ele também traz o 1.6, que nos EUA, desenvolve 122 cv.
Híbrido nacional até 2022
No lançamento do elétrico Leaf, o presidente da Nissan também afirmou que a fabricante terá um híbrido nacional até 2022. Marco Silva disse que ele usará a tecnologia E-Power, na qual um pequeno motor a combustão é usado para carregar as baterias. Ele não traciona as rodas. Esta tarefa é destinada unicamente ao motor elétrico.
“Hoje, só o Note, feito no Japão, usa essa tecnologia”, disse o executivo, sem confirmar qual modelo será responsável por estrear o sistema no país. No entanto, o candidato mais provável é o SUV compacto Kicks. Até lá, o utilitário deve passar por uma reestilização profunda, ou até mesmo troca de geração.
A produção nacional contaria com motor elétrico e baterias importados, e montagem na unidade de Resende.
A Nissan ainda trabalha com a Universidade de Campinas no desenvolvimento do etanol como combustível para carregar as baterias. Mas, de acordo com Silva, o uso comercial da tecnologia deverá levar mais alguns anos, chegando por volta de 2024.