O seguro está caro demais? Veja o que pode barateá-lo (Minuto Seguros/Divulgação)
Fazer seguro é uma despesa necessária, mas que requer pesquisa e análise.
Afinal, com tantas ofertas de companhias, planos, coberturas e serviços, é preciso avaliar bem o que representa custo a mais para o seu bolso. E ver se o contrato tem a ver com o seu perfil de uso.
“Tem coisas que estão sob o controle do segurado. É ele quem tem de analisar se a cobertura que a seguradora oferece faz sentido para seu perfil”, observa Marcel Giacon, sócio do Grupo Thinkseg, empresa de tecnologia e consultoria de seguros.
“As companhias muitas vezes têm pacotes predefinidos e em uma configuração que talvez interesse mais a ela do que ao consumidor”, acrescenta.
A seguir separamos serviços e itens comuns às seguradoras que aumentam o preço final da apólice, além de aspectos e detalhes que podem reduzir o valor do seguro. Descubra o que pesa e o que alivia a sua carteira antes de assinar o contrato.
O guincho 24 horas é uma mão na roda, mas também um dos que mais pesam no valor da apólice – pode representar até 15%. O seguro fica mais caro conforme a área de cobertura – algumas preveem raio de atuação do reboque de até 500 km.
Para quem só transita pela cidade ou regiões metropolitanas, reduzir essa distância é o caminho para economizar. Ele pode ser dispensado se seu cartão de crédito, ou outro seguro que você já tenha, oferecer o serviço.
“O segurado tem de avaliar o que de fato precisa. Assistência muito completa, com guincho ilimitado não faz sentido para quem não viaja”, sugere Manes Erlichman Neto, sócio-diretor da corretora e consultoria Minuto Seguros.
O tempo que o usuário tem direito ao veículo reserva, enquanto o carro titular está na oficina, determina o quanto mais caro ficará o seguro.
O prazo de 30 dias pode representar até 20% a mais na apólice. Vale ponderar a necessidade do veículo provisório se o segurado tem facilidade de transporte público ou outro automóvel na família.
Também ponha na ponta do lápis o quanto desembolsaria com táxi ou aplicativo, que pode ser mais em conta do que se contratar o serviço. Ou ainda reduzir o tempo de carro reserva para dez dias para economizar.
Optar pela rede de oficinas homologada pela companhia pode significar descontos de mais de 5% no seu plano. Ou se transformar naquele carro reserva por mais dias. Aí, é preciso ver o que compensa mais para seu perfil.
Em geral, as seguradoras oferecem três modalidades de franquia, que é o teto de quanto você terá de arcar pelo valor do conserto em caso de sinistro. A normal é o preço-padrão do seguro.
Na reduzida, a franquia cai para 50% da tradicional, mas a apólice ficará mais cara de 10% a 15%. Já a franquia majorada pode custar até 10% a menos no seguro, contudo o usuário terá de arcar com custo maior em um eventual conserto.
“Se o cliente quer economizar e é muito consciente e prudente no trânsito, com histórico sem sinistros, ou só usa o automóvel nos fins de semana, ele pode contratar a majorada. Só é preciso ter em mente que o seguro vai cair, mas em qualquer acidente ele vai pagar R$ 5.000, R$ 6.000.
Se ele usa muito o carro no dia dia, melhor optar pela reduzida”, pondera Erlichman Neto.
Ter mais de um condutor no contrato encarece bem o seguro, sim. Se for o filho entre 18 e 25 anos que ainda mora com os pais pode representar até 50% a mais no preço final. Isso porque é padrão entre as apólices que os jovens estão mais expostos a eventuais sinistros.
Tanto que se o motorista adicional for o marido ou a esposa, o custo extra fica em 10%, em média.
Os serviços residenciais viraram item de diferenciação para as companhias. Mas veja se seu seguro-saúde, ou da casa, já não oferece eletricista e encanador. Verdade que impactam pouco na apólice (2%), mas de grão em grão… “Se o segurado já tem direito ao serviço no seguro residencial, ele não precisa ter o mesmo pacote.
Se tem dois carros, não precisa ter pacote de residência para os dois”, diz Giacon.
É a garantia que cobre qualquer avaria nos vidros, faróis, lanternas e espelhos.
Encarece o seguro, mas é interessante para quem roda muito nas grandes cidades. “Normalmente são reparos em que o conserto fica com valor abaixo da franquia”, alerta o sócio da Thinkseg.
É quanto a seguradora vai ressarcir o cliente em caso de perda total ou furto/roubo do veículo. Quem opta por 110% do valor vai receber uma grana a mais do que o que pedem pelo modelo no mercado, mas também gastará a mais no seguro.
Observe os preços praticados entre os seminovos.
Se o automóvel geralmente deprecia mais na revenda, optar por 90% ou 95% da tabela vai baratear o seguro.
Não tem jeito: carro que dorme na rua paga mais seguro.
Assim, é preciso fazer contas entre o custo de um estacionamento no local e o desconto que vai gerar. Já o uso de bloqueador e rastreador no veículo pode baratear instantaneamente a apólice.
Tem companhias que abatem em até R$ 400 só com a instalação de tais dispositivos.
Ser prudente e comportado reduz o preço do seguro a médio prazo. Motoristas com poucos pontos na CNH e sem histórico de sinistros ascendem na escala de bônus que as seguradoras têm.
Quem atinge a escala máxima pode pagar até 30% a menos do que quem está na base da bonificação. Na era dos aplicativos, seguradoras dão até 3% de desconto para quem baixa apps que acompanham o comportamento no trânsito, o que pode ajudar nos bônus e em abatimentos.
“O bônus influencia muito no preço: mede a experiência do segurado com a companhia e premia quem não utiliza o seguro”, explica Erlichman.
Ele é a pessoa ideal para orientar você em questões que aumentam ou diminuem o valor do seguro. Ele ajuda a traçar seu perfil e mostrar as melhores opções para economizar e de quais coberturas não se deve abrir mão.
le também costuma estar por dentro de promoções das companhias.