Novidades

05 JUL

Patinetes elétricos e a polêmica sobre sustentabilidade ambiental

O patinete elétrico vai substituir o carro? São ecológicos em sua fabricação e ciclo de vida? Este meio de transporte, cada vez mais usado em várias capitais mundiais, ainda tem muito a responder e a provar.

Zero emissão

Uma das grandes operadoras de patinetes, a americana Bird, "foi fundada para contribuir para criar um mundo mais limpo e hospitaleiro, no qual o indivíduo é prioritário em relação ao automóvel", diz a empresa.

O patinete — alega a companhia — "estimula as alternativas ao automóvel, reduz o tráfego, melhora a qualidade do ar".

Quando a cidade de Beverly Hills decidiu proibir estes veículos de mobilidade pessoal, a Bird recorreu à Justiça, no final de 2018, alegando violação das leis ambientais. O patinete deixado na rua tem um motor com zero emissão de gases poluentes.

Potencialmente, pode substituir um trajeto que seria feito de carro. Na França, por exemplo, 70% dos deslocamentos entre a residência e o local de trabalho inferiores a cinco quilômetros são feitos de automóvel.

"A micromobilidade pode, em tese, assegurar os deslocamentos de menos de oito quilômetros, que representam entre 50% e 60% do total na China, na UE e nos Estados Unidos", segundo um informe da consultoria McKinsey.

Até que ponto, porém, o patinete substitui o automóvel?

Menos carros?

Segundo a Lime, outro líder do setor, que se apoia em estudos realizados em 26 cidades, "em média um a cada três trajetos com o patinete substituiu um de carro. Por isso, consideramos ter impedido emissões equivalentes a 6.220 toneladas de CO2" em dois anos. A Bird reivindica 5.700 toneladas de CO2 em menos de um ano.

Uma pesquisa do 6t, um estúdio especializado em mobilidade e modos de vida, feita com 4.500 usuários das cidades francesas de Paris, Lyon e Marselha, mostrou que apenas 19% deles usaram um patinete para ir para o trabalho, ou para a escola. Do total, 42% eram visitantes estrangeiros.

Sem este equipamento, 44% teriam caminhado; 12%, ido de bicicleta; e 30%, de transporte público. Ou seja: o patinete não estaria substituindo o automóvel.

"Isso não significa que se tenha que jogar o patinete no lixo", defende o chefe do Serviço de Mobilidade da Agência de Controle de Energia da França (Ademe), Jérémie Almosni. "Pode surpreender que 50% de seu uso seja recreativo, mas também pode favorecer a intermodalidade (entre meios de transporte) e estimular as pessoas a abandonarem o carro".

Meses de vida

Outra dúvida diz respeito à duração média dos patinetes compartilhados. "Hoje é impossível saber se é bom, ou ruim, para o meio ambiente, porque falta uma análise do ciclo de vida deste objeto tão recente", afirma Denis Benita, engenheiro de transportes da Ademe.

Sobre a duração, um relatório baseado em dados da cidade americana de Louisville determinou 28 dias. Outro, três meses. As empresas dizem multiplicar os investimentos para melhorar sua solidez e rentabilidade.

"Um patinete tem, hoje em dia, uma duração de vida duas vezes superior a quando começamos em Paris, em junho de 2018", disse a Lime à AFP, garantindo estar "muito acima dos 3,8 meses de vida calculados" pela consultoria BCG. A Lime França afirma que emprega 200 mecânicos: "reutilizamos cada peça".

Outra questão é que os patinetes são equipados com baterias de lítio, cujo ciclo de vida, segundo a Ademe, é de três a cinco anos. Para valorizar esta peça, a mais importante do patinete, a Lime cita uma associação com uma empresa francesa capaz de reutilizar 70% de seus componentes.

Finalmente, está o impacto de carbono dos "carregadores", que recolhem os patinetes à noite para carregá-los. Em um caso extremo que ilustra a falta de controle, alguns foram surpreendidos em Paris recarregando os equipamentos com um gerador elétrico à base de gasolina. A prefeitura pediu à Lime que abandone essa prática.

Fonte: G1

Mais Novidades

08 JAN
IPVA 2020: veja prazos em sete estados para pagar com até 22% de desconto

IPVA 2020: veja prazos em sete estados para pagar com até 22% de desconto

Documento CRLV (Marco de Bari/Quatro Rodas)Início do recolhimento do IPVA começa em janeiro em diversos estados (Marco de Bari/Quatro Rodas)A chegada do ano novo significa também uma nova despesa para os donos de carro: o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).A cobrança, na maioria dos estados, tem início no mês de janeiro e a data de vencimento varia de acordo com o final da placa do veículo.Há ainda a possibilidade do pagamento do imposto em parcela única, com... Leia mais
08 JAN
Flagra: Volkswagen Nivus terá faróis full led, mas só pra quem pagar mais

Flagra: Volkswagen Nivus terá faróis full led, mas só pra quem pagar mais

Mesmo camuflado, o Nivus causa menos espanto que o Etios Cross (Nicolai Znamensky/Quatro Rodas)Programado para chegar às lojas no segundo trimestre – e um dos lançamentos mais aguardados para 2020 –, o Volkswagen Nivus teve seus testes de rodagem intensificados.No protótipo flagrado pelo leitor Nicolai Znamensky, que nos enviou as imagens via WhatsApp, o SUV cupê compacto abandona a camuflagem zebrada e deixa de esconder as portas (compartilhadas com o Polo).Apenas a traseira e a... Leia mais
07 JAN
Jeep Renegade e Compass híbridos serão vendidos no Brasil já em 2020

Jeep Renegade e Compass híbridos serão vendidos no Brasil já em 2020

Jeep Compass híbrido tem 240 cv (Nelson dos Santos/Quatro Rodas)A FCA aproveitou a CES, maior feira de tecnologia do mundo, para confirmar quatro novos modelos para o Brasil. O destaque fica para as versões híbridas plug-in do Jeep Renegade, Compass e Wrangler.Os três chegarão ao Brasil ao longo de 2020. Segundo Breno Kamei, diretor de estratégia de produto da FCA no Brasil, o preço ainda não foi definido, mas ficará acima das versões mais caras de cada modelo.Bateria pode ser... Leia mais
07 JAN
Lancer sai de linha e Mitsubishi passa a vender apenas SUVs e picape

Lancer sai de linha e Mitsubishi passa a vender apenas SUVs e picape

Sedã médio foi produzido no Brasil por cinco anos (Divulgação/Mitsubishi)A última geração do Mitsubishi Lancer demorou para chegar ao Brasil. Surgiu lá fora em 2007, mas só desembarcou por aqui em 2010. Em compensação, a produção nacional também durou um pouco mais no Brasil.O sedã médio teve sua produção encerrada na fábrica de Catalão (GO) ainda em 2019, quando era vendido com grandes descontos. Agora deixou de aparecer no site da Mitsubishi.Apesar da idade, o Lancer... Leia mais
07 JAN
Novo Onix: GM diz a Procon que vazamento de combustível não causa incêndio

Novo Onix: GM diz a Procon que vazamento de combustível não causa incêndio

Cerca de 30.000 unidades podem ter vazamento de combustível (Fernando Pires/Quatro Rodas)Os Chevrolet Onix e Onix Plus tiveram casos recentes de vazamento de combustível.Só que, de acordo com a marca, o defeito tem “pouca relevância” e não apresentava “risco à segurança”. Quer dizer… ao menos foi a justificativa da GM ao Procon-SP para não fazer o recall.O órgão de defesa do consumidor antecipou o comunicado em primeira mão a QUATRO RODAS nesta terça-feira (7) e também... Leia mais
07 JAN
VW Polo GTS: veja tudo que será item de série ou opcional no esportivo

VW Polo GTS: veja tudo que será item de série ou opcional no esportivo

Modelo já começou a chegar às concessionárias ainda como modelo 19/20 (WhatsApp/Reprodução)O Volkswagen Polo GTS já chegou a algumas concessionárias do Brasil por R$ 103.440. O preço será cobrado por unidades com todos os equipamentos, como QUATRO RODAS antecipou em primeira mão.Só que agora também tivemos acesso em primeira mão à lista completa de itens de série e opcionais do esportivo.Segundo apuramos junto aos vendedores, apenas o pacote Beats Sound (código PH0) será... Leia mais