A mulher do presidente deposto da Nissan, Carlos Ghosn, novamente recorreu aos líderes mundiais, que se reuniram no Japão para a cúpula do G20. Carole Ghosn tenta dar visibilidade ao caso do marido, que enfrenta denúncias no país por supostas irregularidades financeiras.
Ghosn, com nacionalidades francesa, libanesa e brasileira, nega as acusações e afirma ser vítima de um golpe do conselho da Nissan. Embora tenha sido solto da prisão sob pagamento de fiança, seu contato com a esposa continua limitado.
Carole recorreu aos líderes, inclusive o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, a cobrarem o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pelo que ela várias vezes chamou de “sistema judiciário sequestrador” do país. Anteriormente, ela também disse que pediria ajuda ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
“Os direitos humanos básicos do meu marido foram violados. E tudo isso aconteceu porque algumas pessoas na Nissan estavam trabalhando para evitar uma fusão entre a Nissan e a Renault, que resultou em um golpe corporativo”, disse ela, em um comunicado, neste sábado.
Seus comentários chegam um dia depois de Ghosn cancelar abruptamente o que teria sido sua primeira entrevista coletiva desde a prisão, em Tóquio, em novembro. Seus advogados citaram preocupações de que isso resultaria em retaliações das autoridades japonesas.