Cerca de 200 trabalhadores pediram adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) para lesionados na fábrica da General Motors de São José dos Campos. A medida era exclusiva a empregados horistas, com limitação laboral, com estabilidade de emprego. As inscrições para o pacote terminaram na segunda-feira (24).
A medida foi aplicada a partir do último dia 14. São considerados trabalhadores lesionados os reconhecidos pelo INSS como vítimas de lesão reflexo do trabalho ou de acidente. Inicialmente, a montadora manteria aberto o PDV por menos de uma semana, mas foi prorrogado na última segunda-feira (19) por causa da ‘alta procura’, segundo o sindicato.
A empresa não informou se tinha meta para o PDV e informou apenas que a medida faz parte da reestruturação da empresa. Segundo o sindicato, estavam aptos à adesão 1,4 mil funcionários da unidade, que tem cerca de 5 mil empregados e produz os modelos S10 e Trailblazer.
Benefícios
Como benefícios oferecidos pelo PDV, a multinacional cirou um pacote dos chamados 'incentivos especiais'. Entre eles estão o pagamento de um adicional de até 40 salários, proporcional ao tempo restante para a aposentadoria, e até dois automóveis Cruze, cujo preço de tabela na versão de entrada é de R$ 99.290. Inclui também convênio médico por até cinco anos após o desligamento.
O teto dos benefícios previstos será pago a trabalhadores cujo tempo restante para a aposentadoria seja igual ou superior a 16 anos. Quanto mais próximo da aposentadoria o trabalhador lesionado estiver, menor é a oferta, regressivamente.
Procurada pela reportagem, a GM não quis comentar as adesões ao plano de demissão. Não há um prazo definido para que sejam feitos os desligamentos.