Os acionistas da Nissan aprovaram nesta terça-feira (25) um novo organograma de direção. O objetivo é reforçar os controles internos após o caso Carlos Ghosn, em um contexto de tensões com a sócia francesa Renault.
O presidente executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, foi confirmado no cargo durante a assembleia geral ordinária celebrada em Yokohama.
Os acionistas - mais de 2.800 - aprovaram a nova composição do conselho de administração, que foi ampliado a 11 membros, sendo 7 deles administradores externos.
A adoção do novo sistema acontece em nome de uma reforma tida como necessária pela empresa após a detenção, no fim do ano passado, do ex-CEO da Nissan, Carlos Ghosn, acusado de abuso de poder com fins pessoais.
O escândalo enfraqueceu a aliança Renault-Nissan, que havia sido idealizada e estimulada por Ghosn - a Renault possui 43% da Nissan, mas o grupo japonês tem apenas 15% da montadora francesa, sem direito a voto.
O presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, acompanhou a assembleia e afirmou que desde que assumiu o cargo tem feito todo o possível para "apaziguar" as tensões na aliança, na qual o grupo japonês deseja maior capacidade de decisão.