Novidades

21 JUN

Porsche Cayenne: primeiras impressões

Durante um tempo, o Cayenne foi malvisto pelos fãs mais puristas da Porsche. Fato é que o primeiro SUV da companhia alemã também foi o responsável por tornar saudáveis as finanças da empresa novamente, abrindo caminho para o desenvolvimento de novas gerações dos esportivos “puro sangue”.

Ao longo de quase duas décadas, o Cayenne foi amadurecendo quando a Porsche percebeu que ele não precisava ser uma versão SUV do 911. Faróis e lanternas ficaram mais proporcionais, enquanto a carroceria ganhou linhas mais elegantes.

Nesta terceira geração, lançada há pouco no Brasil, o grandalhão atingiu sua melhor forma. Ele traz o DNA da Porsche, mas com identidade própria.

Elegância e esportividade

Contra todas as expectativas, o Cayenne dá a impressão de ser menor do que é. Seus quase 5 metros de comprimento são disfarçados por elementos horizontais na carroceria. É o caso da tomada de ar dianteira e das lanternas estreitas, na traseira.

Falando nas lanternas, elas são unidas por uma barra de led, envolta em uma moldura plástica que também acomoda o letreiro “Porsche”, produzindo um elegante efeito visual, sobretudo à noite.

O conjunto exterior (ao menos da versão Turbo, avaliada pelo G1), é complementado com maçanetas externas, retrovisores, rack de teto e moldura dos vidros pintados de preto brilhante.

A sensação de que o Cayenne não é uma “barca” é reforçada ao volante. É extremamente fácil lidar com o porte avantajado, ainda que o motorista esteja no trânsito das grandes cidades. Fazer manobras fica muito mais fácil considerando que as rodas traseiras também viram – até 3 graus, na direção oposta às da frente – esse opcional sai por R$ 11.862.

Em velocidades mais altas, acontece o contrário. Para garantir maior estabilidade, elas acompanham a direção daquelas do eixo dianteiro.

'Bolt de smoking'

Já que o assunto é alta velocidade, é hora de falar das credenciais do Cayenne. Debaixo do capô, há um V8 4.0 biturbo de 550 cavalos e 78,5 kgfm. Pena que o motor fique coberto por uma enorme capa plástica.

Já imaginou Usain Bolt correndo uma prova vestindo smoking? É mais ou menos assim que o maior SUV da Porsche acelera. Seus 2.175 kg são empurrados de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. É apenas 0,2 s mais lento do que o novo 911 Carrera S.

Mas o Cayenne não vai bem apenas em linha reta. Seu desempenho em curvas é invejável – mesmo no alto de seus 1,67 m de altura.

No modo mais “bravo”, Sport+, a suspensão a ar abaixa a carroceria – que passa a ficar a apenas 19 cm do solo. No mesmo instante, o pedal do acelerador fica mais sensível, enquanto a direção passa a ter relação mais direta.

Um câmbio automático de 8 marchas é o responsável por gerenciar o envio de potência para as rodas com mudanças precisas e rápidas, quase sempre imperceptíveis.

A transformação fica completa com um som mais encorpado vindo das duas saídas duplas de escape. Aqui vale uma menção especial. Quando o Cayenne roda nos demais modos, o ronco do motor fica consideravelmente mais baixo, lembrando até um V6.

Como se não bastasse, ainda é possível ativar um aerofólio, melhorando a aerodinâmica. Cá entre nós, como o Cayenne não é um carro de corrida, o artefato pouco interfere no desempenho do SUV.

Traje esporte fino

Não ser um carro de corrida permite ao SUV ter uma série de luxos para os ocupantes. Lembra do Bolt de smoking? É como se as vestimentas do corredor fossem feitas pela mais fina grife de Milão. Ou Stuttgart, neste caso.

A unidade avaliada pelo G1 trazia um belíssimo traje “esporte fino” composto de muito couro vermelho (vendido à parte, por R$ 3.449), aço escovado e preto brilhante. Só que o estilista errou a mão na quantidade de botões espalhados pela cabine.

Além das inúmeras teclas do volante, o console central tem botões para praticamente tudo. Isso não seria um problema, se a ótima central multimídia de 12 polegadas não centralizasse quase todas as funções do veículo – desde a climatização, até regulagens de suspensão, passando por estações de rádio e navegação.

O motorista ainda fica por dentro de tudo o que acontece no veículo por meio de um quadro de instrumentos completo. Há duas telas de 7 polegadas, dispostas nas laterais do tradicional conta-giros analógico em posição de destaque, ao centro.

É olhando para a tela do lado direito que ele descobre, por exemplo, que o consumo não é dos melhores. É óbvio que não podemos ignorar o fato que trata-se de um carro esportivo.

Porém, mesmo usando o modo “convencional”, e com apetite moderado no pedal do acelerador, o consumo urbano não chega a 6 km/l na cidade e fica pouco acima dos 8 km/l na estrada. Os números são bem próximos aos do Inmetro, que aferiu 5,5 km/l no ciclo urbano e 7 km/l no rodoviário. Ao menos o tanque de 90 litros garante uma autonomia razoável.

Salgando a conta

O Cayenne Turbo parte de R$ 733 mil. Porém, boa parte dos itens da unidade avaliada pelo G1 é vendida como opcional. Considerando todos os equipamentos, o preço fica R$ 112 mil mais alto, chegando a R$ 845.486.

Curiosamente, itens de série em modelos mais baratos não saem de fábrica no Cayenne Turbo. É o caso do acesso ao veículo sem a necessidade de chave, vendido por R$ 6.345 em um pacote com a abertura do porta-malas com movimento dos pés.

Nem os auxílios de condução escaparam. Assistente de manutenção na faixa (R$ 3.378) e controle de cruzeiro adaptativo (R$ 9.861) são opcionais, assim como o sistema de som da grife Burmester, que adiciona R$ 26.588 na conta.

Na aparência, frisos (R$ 1.309) e maçanetas (R$ 1.380) em preto brilhante também encarecem a conta.

Se quiser todos os opcionais oferecidos pela Porsche, o cliente certamente terá um Cayenne único. Mas terá que desembolsar mais de R$ 1,1 milhão de reais.

Conclusão

O Cayenne Turbo é o carro perfeito para um dono de 911 que viu a família crescer e surgir a necessidade de um carro mais espaçoso.

Ao mesmo tempo em que oferece espaço abundante, disfarça o porte avantajado com uma ótima dinâmica de condução, sendo uma das melhores opções para quem precisa carregar mais do que duas pessoas e duas mochilas.

E, por incrível que pareça, entrega bom compromisso entre conforto e esportividade.

Fonte: G1

Mais Novidades

06 DEZ

Vídeo: novo Chevrolet Onix tem qualidades para continuar líder de vendas?

O Chevrolet Onix chegou às lojas em conta-gotas às lojas: primeiro, em setembro, foi o lançamento da versão sedã, enquanto o hatch ficou apenas para o fim de novembro.Os preços variam de R$ 48.490 na versão de entrada 1.0 e podem beirar os R$ 73.000 nas configurações topo de linha Premier II e Premier III – só mudam as cores do painel.Testamos a opção mais cara, que tem motor 1.0 turbo com até 116 cv de potência e 16,8 mkgf. Já o câmbio automático tem seis marchas,... Leia mais
06 DEZ
Miniatura do novo Defender chega ao Brasil, mas ela vai doer no seu bolso

Miniatura do novo Defender chega ao Brasil, mas ela vai doer no seu bolso

Novo Defender ganha a versão em Lego (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)O novo Land Rover Defender só chegará ao  Brasil em 2020. Mas você nem precisa ficar ansioso até o ano que vem: a miniatura criada pela Lego já está à venda por aqui.Em setembro, QUATRO RODAS já havia anunciado que o brinquedo começaria a ser oferecido na Europa em outubro por 179,99 euros (cerca de R$ 750).O jipinho tem 22 cm de altura, 42 cm de comprimento e 20 cm largura e é composto por 2.573 peças. E ele... Leia mais
06 DEZ
Chevrolet Equinox perde 90 cv com motor 1.5, mas custa só R$ 2.500 a menos

Chevrolet Equinox perde 90 cv com motor 1.5, mas custa só R$ 2.500 a menos

SUV médio incorpora o motor 1.5 em três novas versões (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)Lançado no final de 2017, o Chevrolet Equinox terá um rearranjo interessante em sua gama de versões para a linha 2020. A culpa é do motor 1.5 Ecotec com turbo e injeção direta, que gera 172 cv e 27,8 mkgf, e do câmbio automático de seis marchas.Este novo conjunto passa a equipar a versão de entrada, LT, e a nova série Midnight, tornando-se ainda opção mais acessível para a configuração... Leia mais
06 DEZ
Correio Técnico: quanto gastam as diferentes lâmpadas do farol do carro?

Correio Técnico: quanto gastam as diferentes lâmpadas do farol do carro?

Uma tendência entre os faróis de led é a tecnologia matricial, que estreou nos Audi (Acervo/Quatro Rodas)Qual é o consumo de energia do farol halógeno, de xenônio e de led? leitor Eduardo Sabedotti Breda, Curitiba (PR)O consumo varia entre as marcas, mas a mais econômica sempre será a de led. O custo, porém, é inversamente proporcional ao gasto com eletricidade.Enquanto uma lâmpada halógena para farol baixo custa a partir de R$ 30, uma de led pode custar dez vezes esse... Leia mais
06 DEZ
Longa Duração: como se saiu a rede Mitsubishi na na 1ª revisão do Outander

Longa Duração: como se saiu a rede Mitsubishi na na 1ª revisão do Outander

Pouco antes da revisão, Outlander foi até Lorena, no interior paulista (Eduardo Campilongo/Quatro Rodas)Nosso piloto de testes Eduardo Campilongo é um dos principais responsáveis por acompanhar os carros de Longa Duração durante as revisões programadas.Edu é quem costuma agendar a revisão, levar o carro até a concessionária e, depois, passar na oficina Fukuda Motorcenter, onde nosso consultor técnico, Fabio Fukuda, vistoria os serviços prestados pelas concessionárias.Ao cuidar da... Leia mais
06 DEZ
VW deixará 1.200 em lay off por 5 meses até início da produção do Nivus

VW deixará 1.200 em lay off por 5 meses até início da produção do Nivus

Protótipos do Nivus continuam em testes de rodagem a todo vapor (Danilo Dalla de Almeida/Quatro Rodas)A Volkswagen do Brasil está apostando uma boa quantidade de fichas no Nivus, SUV cupê derivado do Polo cujo nome foi revelado esta semana. É um modelo fulcral no plano de recuperação financeira da divisão sul-americana da marca.Conforme QUATRO RODAS já publicou, a fabricante está investindo R$ 2,4 bilhões na modernização do maquinário de prensas da fábrica de São Bernardo do... Leia mais