Apenas o motor elétrico move o Prius em ré: e isso pode ser um problema (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
O repórter Rodrigo Ribeiro e o editor-assistente Leonardo Felix aproveitaram um fim de semana prolongado para ir de São Paulo a Angra dos Reis (RJ). E foram com o Prius.
No trajeto de ida, a dupla foi só elogios. “Pegamos muita chuva, inclusive com alguns trechos longos com espessas lâminas d’água. Mesmo assim, não levamos nenhum susto por perda de aderência. Se manteve sob total controle o tempo todo”, comenta Léo.
O elogio é justo, mas pede uma observação: desgastados, os quatro pneus foram substituídos aos 50.000 km, durante a parada para a quinta revisão, feita na concessionária Tsusho, em São Paulo.
Rodrigo, por sua vez, criticou os faróis do híbrido. “À noite, o alcance é reduzido. Tentei compensar a baixa eficiência acionando o farol alto nos momentos sem carros no sentido oposto. Não me lembrava dessa característica ruim do Prius”, diz.
Ele tem razão. De fato, os faróis de led sempre acumularam elogios, não críticas.
É provável que, ao aplicar o reparo de funilaria – por conta de um acidente de trânsito –, a concessionária Toyota tenha desabilitado (ou alterado) o sistema de ajuste automático de altura do facho dos faróis.
Após ficarem em uma casa construída num nível bem abaixo do da rua, com uma rampa íngreme que levava à garagem, os jornalistas tomaram um susto quando tentaram sair de ré com o Prius.
“Depois de subir alguns metros, ele parou e chegou a descer um pouco no final da manobra”, conta Rodrigo.
A surpresa: a marcha à ré é propulsionada somente pelo motor elétrico e, numa ladeira tão íngreme, o carro não tinha forças para subir. Além disso, com o esforço toda a carga da bateria rapidamente foi eliminada.
Com cuidado, o repórter desceu novamente até a base, esperou o motor a combustão aplicar um pouco de carga nas baterias e repetiu a tentativa. E novamente o Prius refugou. “De novo, subiu uns uns metros, parou e começou a descer”, disse.
Como a ré funciona exclusivamente com o motor elétrico – desde que, claro, haja carga na bateria –, a saída foi manobrar o carro e, de frente, subir a ladeira impulsionado pelo motor a combustão.
Por sorte, o espaço permitiu inverter o sentido do carro.
Toyota Prius – 55.047 km
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