A Uber informou nesta quarta-feira (12) que vai começar a testar um sistema de entrega de comida com drones e apresentou um protótipo de veículo autônomo.
Na conferência Uber Elevate Summit, em Washington DC, a empresa anunciou que tem sinal verde para começar a testar seu sistema de entrega de comida com drones em San Diego, Califórnia.
"Nosso objetivo é expandir a distribuição com drones da Uber Eats para dar mais opções para mais pessoas a apenas um clique", disse Luke Fischer, diretor de operações de voo da Uber Elevate, afirmando que a empresa acredita se encontrar em uma "posição única" para enfrentar este desafio.
Por motivos logísticos, nesta primeira etapa, os drones não farão as entregas diretamente aos clientes, mas em um ponto de coleta seguro para que um motorista do Uber Eats complete o pedido.
No futuro, a Uber espera pousar seus drones sobre veículos estacionados perto do destino do pedido e que uma pessoa realize a entrega final.
Como o drone voará
Para guiar os drones até o destino, a Uber disse ter desenvolvido um sistema próprio de gestão do espaço aéreo que irá chamar Elevate Cloud Systems.
Embora não seja o primeiro do tipo, o serviço de drones da Uber aponta para uma potencial grande escala através de seus parceiros em todos os Estados Unidos.
Testes com McDonald's
Testes iniciais foram feitos em San Diego com o McDonald's e aumentarão no decorrer deste ano para incluir também outros restaurantes que trabalham com a Uber Eats.
Carro autônomo
A Uber também apresentou seu mais recente veículo autônomo, produzido pela Volvo.
O protótipo Volvo XC90 será capaz de ser completamente autônomo, segundo um comunicado da empresa. Sensores incorporados ao veículo permitirão que ele circule e manobre no ambiente urbano.
A Uber assinou em 2017 acordo com a Volvo, empresa sueca de propriedade do fabricante chinês de automóveis Geely, para produzir "dezenas de milhares" de veículos que andam sozinhos e que integrarão uma frota de táxis autônomos.
Esta semana, o diretor-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, disse que não espera que os veículos completamente autônomos de sua empresa estejam disponíveis em menos de 15 anos, mas sim que alguns dos serviços autônomos sejam gradativamente incorporados para que certas viagens "fáceis" possam ser feitas com essa tecnologia.