Novidades

12 JUN

Carro 100% autônomo está longe, diz executivo da dona do Google: 'Até humanos têm de ser tirados da frente do volante às vezes'

Nem todo mundo liga o nome Waymo ao Google. Mas ambas as empresas estão à frente do maior "intensivão" de carros autônomos que existe.

A Waymo foi criada para tocar tudo o que o Google começou a desenvolver nessa área. Localizada fora do complexo onde fica a "irmã", mais ainda na cidade de Mountain View, na Califórnia, ela completou 16 milhões de quilômetros rodados com carros que andam sozinhos nos Estados Unidos.

É comum andar pelas cidades próximas, incluindo a turística São Francisco, e topar com um dos veículos brancos da Waymo rodando nas ruas. Assim como os carros comuns, eles também têm uma pessoa sentada no banco do motorista: mas é só para ver a máquina trabalhar e atender a uma exigência da lei.

Visualmente, os carros autônomos da empresa só diferem dos demais porque contam com câmeras e outros apliques em cima e ao redor da carroceria, além de um grande W nas portas (veja mais no vídeo acima).

Eles só não estão nas lojas: veículos que dispensam totalmente motoristas ainda não são vendidos em nenhum lugar do mundo.

Mas a chamada autonomia parcial ou restrita já existe em modelos comercializados até no Brasil: elas permitem que o carro ande sozinho por alguns quilômetros, dentro de certos limites.

E nada de "desencanar" nesse tempo: alertas verificam se o motorista está atento e "exigem" que ele demonstre que pode assumir o volante a qualquer instante. É a mesma autonomia parcial que existe nos carros da Tesla, a primeira a registrar um acidente fatal quando esse tipo de sistema estava ativo, em 2015.

Quando, afinal?

Mas quando, então, será possível deixar o carro nas "mãos" da máquina e aproveitar o tempo no trânsito para tirar um cochilo, atualizar as redes sociais ou começar a trabalhar? Para um dos executivos à frente da Waymo, isso não chega tão cedo.

"O nível 5 (considerado de autonomia total) está longe. Nem os humanos são capazes de estar o tempo todo à frente do carro. Até mesmo eles têm de ser tirados da frente do volante algumas vezes", compara Dmitri Dolgov, chefe de engenharia.

O foco dos carros autônomos da Waymo, segundo ele, ainda é aperfeiçoar o aprendizado conseguido entre 2009, quando os primeiros testes começaram no Texas, e agora, com milhares de quilômetros percorridos.

E se o semáforo pifar?

Ninguém rodou mais com carros autônomos do que a "irmã" do Google. "Não é nem pela distância percorrida, mas por podermos captar muitos cenários diferentes", explica Dolgov.

O segredo está no "machine learning" (ML): ramo da inteligência artificial em que a máquina aprende na prática, e vai arquivando as experiências para poder tomar decisões preventivas, com base nessa "bagagem".

Situações como semáforos com pane ou desvios improvisados nas vias são corriqueiras para os carros autônomos, diz ele.

E como seria um carro autônomo no Brasil, onde não é incomum motoristas desrespeitaram regras de trânsito? "Todo lugar tem comportamento irregular", responde Dolgov. "Temos que estar preparados."

"Não estamos fazendo um carro. Estamos fazendo um motorista. E vamos usar esse motorista em várias aplicações", resume.

Os testes da Waymo acontecem em vias públicas de outras cidades americanas. Apple, Uber e diversas montadoras e empresas do setor de automotivo também colocaram carros autônomos nas ruas do país, há menos tempo.

O público de algumas cidades já tem a opção de andar neles, em serviços de transporte. O da Waymo começou em 2017, em Phoenix, no Arizona, onde o Uber foi pioneiro nesse tipo de iniciativa.

Indústria sob questionamentos

Acidentes aconteceram nessa jornada. A Waymo registrou diversos, sem gravidade; a Apple também já teve colisão sem maiores consequências.

Mas o Uber se envolveu em um atropelamento com morte, há pouco mais de 1 ano, no estado do Arizona. O veículo atingiu uma ciclista que cruzada a via empurrando uma bicicleta, em local pouco iluminado. A câmera interna mostrou que a motorista que deveria assumir o controle em caso de emergência, não olhava para frente no momento da colisão.

O fato foi um golpe para toda a indústria de veículos autônomos e levou outras empresas a interromperem temporariamente seus testes.

Um relatório preliminar de investigação oficial apontou que os radares do veículo detectaram algo na pista cerca de 6 segundos antes do impacto, mas primeiro ele foi classificado como um objeto desconhecido, depois como um veículo, e por último como uma bicicleta.

A empresa, no entanto, foi isentada por promotores de responsabilidade criminal. E fechou um acordo com a família da vítima.

Fonte: G1

Mais Novidades

07 MAR

Audi Q4 Concept antecipa SUV cupê que será vendido no Brasil

Q4 é um SUV com pegada esportiva e motorização elétrica (Divulgação/Audi)Dois tipos de carro devem ganhar força na Audi nos próximos anos: os SUVs e os elétricos. O Audi Q4 e-tron Concept combina essas duas características.Atração do Salão de Genebra, que acontece nesta semana, ele antecipa um SUV com trejeitos de cupê e porte de Q3 que será vendido no Brasil a partir de 2020. A confirmação foi feita pelo CEO da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, na última semana.Traseira... Leia mais
07 MAR

Promotores dizem que Uber não tem responsabilidade criminal por acidente fatal com carro autônomo

Promotores americanos afirmaram que a Uber não tem responsabilidade criminal por um acidente ocorrido em março de 2018 no Estado norte-americano de Arizona, no qual um dos carros autônomos da empresa atropelou e matou um pedestre. O promotor do condado de Yavapai disse em comunicado que "não há base para responsabilidade criminal" para a Uber, mas que a motorista de apoio, Rafaela Vasquez, deve ser encaminhada à polícia de Tempe para investigação adicional. A decisão dos... Leia mais
06 MAR

Volvo limitará a velocidade máxima de todos os seus carros a 180 km/h

Volvo também investirá em tecnologias que avaliem o comportamento do motorista (Divulgação/Volvo)Em comunicado divulgado nesta semana, a Volvo anunciou que limitará a velocidade de todos os seus carros novos a 180 km/h.Com esta medida, a fabricante quer colocar os objetivos de segurança da marca em prática e, principalmente, zerar o número de mortes ou ferimentos graves em acidentes com modelos da marca até 2020.Hoje o Volvo XC90 chega aos 230 km/h (Divulgação/Volvo)“Pela nossa... Leia mais
06 MAR

Bugatti La Voiture Noire é o novo carro mais caro do mundo: R$ 47 milhões

O La Voiture Noire homenageia o Type 57 SC Atlantic dos anos de 1930 (divulgação/Bugatti)A Bugatti rouba a cena no Salão de Genebra deste ano, que vai até o dia 17 de março, ao apresentar o novo carro mais caro do mundo.É o Bugatti La Voiture Noire (O Carro Preto, em francês), inspirado no modelo Type 57 SC Atlantic, um dos carros mais notáveis da História da marca.O design do Bugatti Atlantic se tornou ícone na indústria e inspirou diversos modelos de marcas diferentes. Em 1995,... Leia mais
06 MAR

Ghosn 'não é mais o mesmo homem' após prisão, diz advogado

O brasileiro Carlos Ghosn, que foi libertado da prisão nesta quarta-feira (6), no Japão, "não é mais o mesmo homem" de antes, disse o advogado da família, François Zimeray, à uma TV europeia. Segundo o defensor, o ex-comandante da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi é um homem "muito marcado" pelos mais de 100 dias detido, mas com "firme vontade de lutar" para provar sua inocência. As afirmações foram feitas à TV RTL. Tudo sobre a prisão de Carlos Ghosn Ghosn deixou... Leia mais
06 MAR

Chinesa Lifan mantém suspensa produção de veículos no Uruguai

A chinesa Lifan confirmou nesta quarta-feira (6) que a produção de veículos da marca no Uruguai está suspensa desde meados do ano passado, atribuindo a medida à queda nas vendas da marca no Brasil e na Argentina. Em 2017, a Lifan emplacou 2,3 mil veículos no mercado brasileiro, 30% a menos do que no ano anterior, de acordo com dados da associação das importadoras, a Abeifa. O carro-chefe é o SUV X60, lançado em 2013 e que vinha do Uruguai, onde era montado em regime CKD... Leia mais