Novidades

05 JUN

Cadeirinha pode reduzir acidentes em até 60%; veja diferença entre usar e não usar

O uso da cadeirinha, que pode deixar de ser punido com multa segundo o projeto apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro, pode reduzir em até 60% a chance de morte de crianças em acidentes de trânsito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, o número de acidentes fatais com crianças transportadas em veículos caiu 12,5% desde que uso do item se tornou obrigatório, em 2008, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. Naquele ano, foram 319 registros, contra 279 em 2017 (últimos dados disponíveis).

Esse número representa 40% das 697 mortes de crianças no trânsito registradas em 2017. O levantamento também abrange atropelamentos e colisões envolvendo motocicletas e bicicletas.

O Seguro DPVAT, que indeniza vítimas de acidentes, também disponibilizou números que apontam para a redução nas mortes. Em 2008, foram registradas 1.703 indenizações com crianças até 7 anos. Dez anos depois, o número caiu 60%, para 680.

Os dispositivos de retenção são obrigatórios no Brasil desde 2008, para crianças até 7 anos, pela Resolução 277 do Contran. O descumprimento é classificado como infração gravíssima, com aplicação de 7 pontos, pagamento de R$ 293,47 e retenção do veículo até que a situação seja regularizada.

Ainda segundo OMS, nos Estados Unidos, o uso das cadeirinhas reduziu em 70% o número de mortes de bebês e em pelo menos 54% de crianças.

Cintos não resolvem para as crianças

Para além dos números, especialistas defendem o uso das cadeirinhas em nome da segurança. Para Alberto Sabbag, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), as crianças são indefesas e não sabem discernir os perigos - e é aí que entra a responsabilidade dos adultos responsáveis.

De acordo com Sabbag, a chance de uma criança morrer ou ter ferimentos graves durante um acidente a 50 km/h é de 70%. "[Com a cadeirinha] o índice de lesões mais brandas pode cair cerca de 10%", completa.

Ele ainda aponta para o perigo da substituição das cadeirinhas pelos cintos de segurança. "Só o cinto, sem a cadeirinha, pode enforcar", disse, explicando que o cinto dos dispositivos de retenção tem 4 pontos - contra 2 ou 3 dos carros.

Segundo o advogado Marcelo Aith, a tentativa de uma punição educacional não é responsável e o uso é de extrema importância.

Como é a proposta do governo?

Pela proposta enviada ao Congresso, crianças de até 7,5 anos de idade devem ser transportadas nos bancos traseiros e utilizar "dispositivos de retenção" adaptados ao peso e à idade (no caso, cadeirinha ou assento especial). As maiores de 7,5 anos e menores que 10 anos devem ser levadas no banco traseiro e utilizar cintos de segurança.

O texto diz que a violação do artigo 64, que dispõe dessas regras, "será punida apenas com advertência por escrito", mas ainda precisa ser aprovado por deputados e senadores para entrar em vigor. Se entrar em vigor, a medida não prevê a aplicação de multas.

De acordo com a Casa Civil, a antiga aplicação de multas para motoristas fora das regras das cadeirinhas foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.

Em abril, o STF julgou como inconstitucional norma do CTB que permitia ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) criar sanções para infrações de trânsito, como era o caso das multas para cadeirinhas. Porém, o processo sofreu embargos de declaração e ainda aguarda manifestação definitiva do Supremo, segundo o presidente da comissão de trânsito da OAB-SP, Rosan Coimbra.

Na resolução do Contran, o transporte de crianças fora das normas de segurança é considerado infração gravíssima, punida com multa e com retenção do veículo até que a irregularidade seja resolvida.

Na justificativa do projeto de lei, o Ministério da Infraestrutura defende que "ao mesmo tempo em que se garante a manutenção da exigência, se toma providência para evitar exageros punitivos".

Fonte: G1

Mais Novidades

29 MAI

Ferrari lança carro de 1.000 cv que pode ser carregado na tomada

A Ferrari lançou nesta quarta-feira (29) seu primeiro esportivo híbrido plug-in, que pode ser carregado na tomada. A SF90 Stradale tem 1.000 cavalos, 91,8 kgfm de torque, e é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos. A velocidade máxima é de 340 km/h. Esses números são extraídos de um motor V8 4.0 a gasolina, que entrega 780 cv. Ele é o V8 mais potente já produzido pela empresa. O nome SF90 Stradale presta homenagem aos 90 anos da fundação da marca italiana,... Leia mais
29 MAI

Funcionários de empresas e GCMs orientam usuários de patinetes na Avenida Faria Lima no 1º dia de aplicação de multas

No primeiro dia em que a Prefeitura de São Paulo prometeu multar usuários de patinetes elétricos que não estiverem de acordo com as novas regras, como andar em calçadas e usar capacetes, guardas civis metropolitanos e funcionários de empresas responsáveis pelo transporte alternativo foram vistos pelo G1 nesta quarta-feira (29) orientando usuários na ciclovia e na Avenida Faria Lima, na Zona Oeste da capital paulista. Durante cerca de uma hora, a reportagem viu 60 usuários de... Leia mais
29 MAI

Antes da fusão: marcas da FCA e Renault já fizeram carro uma da outra

– (Montagem/Quatro Rodas/Divulgação/Renault/Fiat)A recente proposta da fusão da FCA com o Grupo Renault gerou repercussão imediata no setor automotivo, que logo começou a especular quais seriam os futuros produtos do que seria a terceira maior fabricante de carros do mundo.No passado, porém, as marcas que foram as duas gigantes já trocaram figurinhas (e carros) para entrar em novos mercados ou mesmo para dar início a uma história mais do que duradoura.QUATRO RODAS levantou dois... Leia mais
29 MAI

Peugeot Expert tem recall na suspensão; rodas podem se deslocar

A Peugeot iniciou um recall envolvendo 1.078 unidades de todas as versões do Expert feitas entre 2017 e 2018 por problemas na fixação da rótula do triângulo dianteiro. É a mesma avaria da van "irmã" Citroën Jumpy. De acordo com a marca, o elemento pode ter sido apertado com torque inadequado, resultando no desprendimento da rótula e/ou o deslocamento das rodas. Com isso, há risco de perda parcial ou total do controle do veículo. Os proprietários devem agendar a... Leia mais
29 MAI

Citroën Jumpy tem recall por risco de deslocamento das rodas

A Citroën anunciou um recall para 1.407 unidades do Jumpy (versões Furgão e Minibus) fabricadas entre 2017 e 2018 por problemas na rótula do triângulo dianteiro. A "irmã" Expert, da Peugeot, também passa pelo mesmo chamado. De acordo com a marca, o elemento pode ter sido apertado com torque inadequado, resultando no desprendimento da rótula e/ou o deslocamento das rodas. Com isso, há risco de perda parcial ou total do controle do veículo. Os proprietários devem agendar... Leia mais
29 MAI

Crash-test do VW T-Cross mostra: segurança e juízo não fazem mal a ninguém

No teste, o T-Cross bateu vindo a 68 km/h contra barreira deformável (Divulgação/Volkswagen)Estimulada pelo movimento Maio Amarelo, que visa à conscientização para redução de acidentes de trênsito no mundo, a Volkswagen abriu seu laboratório de testes de segurança em São Bernardo do Campo (SP), onde são desenvolvidos e avaliados seus carros.Os jornalistas convidados passaram um dia inteiro conhecendo como se faz um carro do ponto de vista da segurança, desde o projeto até a... Leia mais