Novidades

05 JUN

Ford Focus hatch morre no Brasil após 19 anos; sedã está perto disso

Focus foi mantido em linha no Brasil por 19 anos e três gerações (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Faça um experimento. Entre em www.ford.com.br. Clique em “Veículos”. Você verá na lista a presença do Focus Fastback (o sedã), mas não do hatch.

Isso porque o encerramento da produção na Argentina enfim começou a surtir seus efeitos.

QUATRO RODAS confirmou junto à assessoria da fabricante que “o estoque do Focus hatch está praticamente zerado”. Por isso o produto foi retirado do configurador. Ou seja: fim de linha para ele.

O que chamou a atenção, porém, é que a configuração Fastback continua lá, firme e forte. Mas não será por muito tempo. “Ainda restam algumas unidades na rede”, justificou a marca.

Focus hatch já saiu do configurador (Divulgação/Ford)

Questionamos qual a previsão para que o três-volumes também deixe de ser oferecido, mas a resposta foi que “é muito difícil prever”. Fácil apostar, porém, que sua sobrevida não deve passar de algumas semanas.

O mais provável é que a Ford tenha focado (com o perdão do trocadilho) na produção do sedã antes de encerrar a linha produtiva da família de médios, a fim de acumular certo estoque no Brasil.

Vejamos por quê: enquanto o hatch emplacou 426 unidades nos cinco primeiros meses de 2019, sendo 53 em maio, o irmão de três volumes vendeu 868 e 111, respectivamente, nos mesmos períodos.

Seja como for, dificilmente teremos qualquer tipo de Focus zero-quilômetro em oferta no nosso mercado a partir do segundo semestre deste ano.

Focus Fastback continua em estoque, mas não por muito tempo (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Lançado em julho de 1998 na Europa, o Focus só chegou ao Brasil dois anos mais tarde, a fim de substituir os já obsoletos Escort e Verona. Por aqui, passou por três gerações, sempre em configurações hatch e sedã com quatro portas.

A primeira, vendida entre 2000 e 2008 – com um facelift em 2004 -, oferecia no lançamento os motores Zetec 1.8 de 115 cv e 2.0 de 130 cv, sempre quatro-cilindros com 16 válvulas.

 

150224gen20-05.jpg Em dado momento de sua hist[ória, Focus foi o carro mais vendido da Ford no mundo. Esta é a geração 1

Em dado momento de sua hist[ória, Focus foi o carro mais vendido da Ford no mundo. Esta é a geração 1 (divulgação/)

Chamava a atenção o painel com traços pouco convencionais, cheio de parábolas e formas geométricas criativas, além de um elegante volante com quatro raios.

Em dado momento de sua hist[ória, Focus foi o carro mais vendido da Ford no mundo. Esta é a geração 1 (divulgação/)

Em 2003, o propulsor 1.8 Zetec mexicano foi substituído pelo 1.6 Zetec Rocam de fabricação nacional, com potência mais comedida (103 cv), porém maior torque a rotações mais baixas.

Facelift da primeira geração (Wikimedia/Internet)

Por outro lado, em 2005 estreou na gama o 2.0 Duratec de bons 147 (câmbio manual) ou 140 cv (automático), sempre movido a gasolina. Em 2008, o 1.6 Rocam foi convertido a flex, com potência máxima de 113 cv com etanol.

Demorou um tempo para a chegada da segunda geração, também em 2008, já que esta estava em oferta na Europa havia quatro anos. Para tirar o atraso, a Ford lançou o Focus já com o facelift aplicado ao irmão gringo.

Em 2009 veio o propulsor 1.6 Sigma flex de 116/110 cv. Um ano mais tarde, chegou o 2.0 Duratec, também bicombustível, de 148/143 cv, independentemente do tipo de câmbio acoplado.

Segunda geração ficou no mercado brasileiro por apenas cinco anos (Marco de Bari/)

Como o Focus 2 já veio reestilizado, seu ciclo durou meros cinco anos em nosso mercado. Assim, em setembro 2013 recebemos o Focus 3, alinhado com os produtos oferecidos em Estados Unidos e Europa.

Motores também foram renovados: 1.6 Sigma TiVCT, de 135/130 cv, e 2.0 Duratec Direct Flex com injeção direta, de 178/175 cv.

Terceira geração chegou em 2013 (Gonçalo Martins/)

Outra estreia foi a do câmbio automatizado de dupla embreagem Powershift, que inicialmente impressionou pela engenhosidade da caixa com cárter seco e pela velocidade das trocas.

Depois, porém, decepcionou pelos problemas com vibrações, superaquecimentos e afins, atrapalhando a imagem do modelo no mercado de usados.

Última mudança visual do Focus no Brasil ocorreu em 2015 (divulgação/)

Com apenas dois anos de vida, a terceira geração do Focus foi reestilizada e adotou a identidade visual global da Ford. A controversa caixa Powershift foi mantida, além dos motores.

Para dar maior destaque ao sedã frente aos rivais japoneses, a Ford adotou a alcunha “Fastback”, jamais assimilada pelo mercado como a marca gostaria.

 

E assim, sem o brilho de outrora, o Focus foi perdendo espaço até ser descontinuado na América do Sul. Outras partes do mundo já ostentam o Focus 4, mas este, infelizmente, passará longe das rotas do Brasil.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

06 NOV
Novo HB20 1.0 turbo vs. HB20 1.6: diferenças em consumo e desempenho

Novo HB20 1.0 turbo vs. HB20 1.6: diferenças em consumo e desempenho

Hyundai HB20 Diamond Plus 2020 (Divulgação/Hyundai)O novo visual do Hyundai HB20 dividiu o público. Há quem tenha gostado das novas (e enormes) grades da dianteira e há quem prefira o design da geração anterior.Visual à parte, o que também mudou na nova geração foi o motor. Sob o capô, o hatch compacto da Hyundai conta agora nas versões de topo com um motor 1.0 turbo, com injeção direta e 120 cv de potência.Hyundai HB20 Comfort Plus 1.6 2019 (Christian Castanho/Quatro Rodas)O... Leia mais
06 NOV
Correio Técnico: por que o velocímetro do carro tem diferentes graduações?

Correio Técnico: por que o velocímetro do carro tem diferentes graduações?

Escala muda em velocidades menores para facilitar uso urbano (Marco de Bari/Quatro Rodas)Por que a graduação do velocímetro de alguns automóveis, como o Gol, varia conforme a velocidade? – Artur Fernando Valgoi, Maravilha (SC)Por uma questão estética e também para ajudar no uso urbano.No caso da Volkswagen, a marca alega que procura deixar o índice de 100 km/h na parte superior do círculo, aumentando o campo visual das velocidades abaixo disso — mais comuns na cidade.Pelo mesmo... Leia mais
06 NOV
Vender carro no Brasil dá prejuízo a fabricantes e lucro a locadoras

Vender carro no Brasil dá prejuízo a fabricantes e lucro a locadoras

Linha de montagem do VW T-Cross em São José dos Pinhais (PR) (Divulgação/Volkswagen)Quando vemos modelos compactos como Chevrolet Onix e Hyundai HB20 próximos a R$ 80 mil e outros de porte ligeiramente maior, como Honda HR-V e Toyota Corolla, sendo oferecidos sempre acima de R$ 100 mil, logo vem a reflexão inevitável: o Brasil é paraíso para a indústria automotiva em termos de lucro por unidade vendida.Mas, acredite se quiser, nos últimos anos essa não tem sido a realidade. A forte... Leia mais
05 NOV
Exclusivo: Chevrolet Onix Plus já tem pelo menos três boletins de recall

Exclusivo: Chevrolet Onix Plus já tem pelo menos três boletins de recall

– (Arte/Quatro Rodas)O Chevrolet Onix Plus não teve nenhum comunicado de recall anunciado. Pelo menos não oficialmente nos órgãos competentes do governo.Só que, em meio a relatos de incêndios de unidades do Onix Plus, a Chevrolet vem orientando concessionários a promover pelo menos três tipos diferentes de reparo em unidades já produzidas (e, em muitos casos, já entregues a seus donos).QUATRO RODAS teve acesso com exclusividade a três boletins de serviço relacionados ao novo... Leia mais
05 NOV
Impressões: Volkswagen Golf GTE é um GTI que virou vegetariano

Impressões: Volkswagen Golf GTE é um GTI que virou vegetariano

Faróis de leds têm facho alto automático (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)Hambúrgueres vegetarianos podem parecer um contrassenso.Afinal, são o resultado de um trabalho hercúleo para que a indústria tente mudar hábitos dos carnívoros sem enfiar chicória na dieta da população preocupada com o impacto ambiental do consumo exagerado de carne.O Volkswagen Golf GTE, que chega ao Brasil em clima de despedida, não é muito diferente.O esportivo híbrido plug-in foi a forma encontrada pela... Leia mais
05 NOV
Harley-Davidson apresenta sua primeira aventureira e a inédita Bronx, que chegam ao Brasil até 2021

Harley-Davidson apresenta sua primeira aventureira e a inédita Bronx, que chegam ao Brasil até 2021

A Harley-Davidson apresentou nesta terça-feira (5), no Salão de Milão, na Itália, as inéditas Pan America e Bronx. Com lançamento para a Europa em 2020, os modelos também foram confirmados para o mercado brasileiro até 2021. Depois de começar a vender a sua primeira elétrica, a LiveWire, a marca norte americana trabalha para expandir sua atuação me mais segmentos com uma aventureira, a Pan America, e uma naked, a Bronx. BMW promete ''rival para Harley' no Salão de... Leia mais