Novidades

04 JUN

Impressões: como o Hyundai HB20 mudou quase tudo sem mudar o principal

Protótipo de nova geração do Hyundai HB20 já está com camuflagem mais leve (Divulgação/Hyundai)

Afinal, é uma troca de geração ou não é?

A Hyundai está apresentando na Coreia do Sul o que diz ser a geração dois da família HB20. Jornalistas brasileiros puderam ver o modelo desnudo, mas não fotografá-lo, e dirigir um protótipo ainda camuflado.

QUATRO RODAS está no grupo e já contou que a dupla de compactos será profundamente renovada entre outubro e novembro deste ano, ganhando um novo motor 1.0 turbo com injeção direta de 120 cv no processo.

Motor 1.0 turbo com injeção direta tem 120 cv e 17,5 mkgf (Divulgação/Hyundai)

Esta não será a única novidade. Na verdade, hatch e sedã receberão modificações robustas em dimensões da carroceria, visual, assistências de segurança, equipamentos oferecidos e elementos da cabine.

Só que o principal, a plataforma PB, usada pela antiga geração do i20 entre 2008 e 2014, continuará lá. É aí que entramos no dilema: podemos considerar uma nova geração ou não?

Já é possível ver como será o desenho de uma das rodas do novo HB20 (Divulgação/Hyundai)

Visualmente, o novo HB20 segue quase à risca os traços antecipados pelo protótipo Saga EV, do Salão de São Paulo 2018.

Faróis trazem o mesmo formato do conceito, com projetor, luz de led integrada e máscaras negras. Nas versões mais baratas, serão monoparábola.

Apesar da camuflagem, é possível ver bem o desenho de grade e faróis do novo HB20 (Divulgação/Hyundai)

O teto ganhou dois vincos em todas as versões, e a linha de cintura está mais alta, com vincos bastante marcados. No caso do hatch, há um aplique em preto fosco parecido com o do Nissan Kicks na coluna C.

Aplique em preto fosco na coluna C vem do conceito Saga EV e lembra o Nissan Kicks (Divulgação/Hyundai)

As lanternas traseiras, halógenas e bipartidas, também possuem desenho similar ao do Saga EV, invadindo a tampa do porta-malas. Trazem luzes de pisca âmbares e luz de ré única, do lado esquerdo, no para-choque.

Lanternas em gancho também são inspiradas no Saga EV (Divulgação/Hyundai)

Tudo muda no sedã HB20S da coluna B para trás: as portas traseiras são diferentes e trazem terceira janela integrada. O teto tem caimento de cupê.

Um aplique preto na base da janela tenta amenizar a sensação de desproporcionalidade entre o caimento do teto e a tampa do porta-malas, que parece ter tido a altura mantida – ou até rebaixada.

Lanternas do três-volumes possuem design parecido com as do médio Elantra.

Traseira do sedã HB20S lembra a do Elantra (Divulgação/)

Uma vantagem do HB20S: ele terá duas luzes de ré. Desvantagem: diferentemente do hatch, que possui um recorte na tampa, a abertura do porta-malas do três-volumes será feita só pela chave ou por uma alavanca na cabine.

Por fim, o aventureiro HB20X (hatch) traz apliques de plástico nos paralamas e maior altura em relação ao solo quando comparado com os irmãos (os índices ainda não foram revelados).

Versão aventureira HB20X terá molduras de plástico similares às do Saga EV (Divulgação/Hyundai)

O entre-eixos da família HB20 cresceu 3 cm, para 2,53 metros, mesmo patamar da atual geração de Chevrolet Onix/Prisma e dos Fiat Argo e Cronos. Abaixo, portanto, dos 2,56 m do VW Polo e, mais ainda, dos 2,65 m do Virtus.

Na fileira da frente, mudam volante (incluindo borboletas para trocas de marcha na configuração 1.0 turbo automática), painel (com desenho inspirado no atual i30, incluindo central multimídia flutuante de oito polegadas), comandos de ar-condicionado (manual com visor digital) e quadro de instrumentos (conta-giros analógico e visor digital, tal qual o Kicks, nas versões mais caras). Versões mais caras trarão até partida do motor por botão.

Família HB20 ganhou 3 cm de distância entre os eixos (Divulgação/Hyundai)

Bancos dianteiros recebem apoios laterais maiores, e o do motorista troca o ajuste milimétrico giratório de altura pelo de alavanca, mas a boa notícia é que a regulagem passa a ser do componente integral, incluindo o encosto lombar, e não apenas do assento.

Plásticos mantiveram mesma textura e acabamento do modelo atual, mas a área de revestimento em couro ou tecido nas guarnições das portas laterais dianteiras ficou menor, restrita aos apoios de braço. O console central passa a integrar apoia-braço com porta-objetos.

Na parte de trás, o banco teve a altura elevada – a Hyundai ainda não diz quanto – para melhorar o aproveitamento de espaço e compensar a elevação da linha de cintura. Assim, os passageiros não viajam com a sensação de estarem “afundados”. Também há cinto de três pontos e apoio de cabeça na posição central.

 (Divulgação/Hyundai)

Será na área de segurança, porém, que o HB20 trará as principais atualizações: o compacto enfim ganhará controles de estabilidade e tração e monitoramento de pressão dos pneus, pelo menos nas versões de topo.

Mas não ficará só nisso: alerta anticolisão frontal com frenagem emergencial e até alerta de permanência em faixa, itens vistos por enquanto apenas em modelos de segmentos superiores, também vão compor a gama.

Neste primeiro contato, só pudemos dirigir a configuração hatch, por exatos seis minutos. Não bastasse isso, os coreanos enfatizaram que ainda se tratam de protótipos e não necessariamente têm todas as calibragens definitivas.

Ainda que o contato tenha sido breve, foi suficiente para perceber que falta um pouco de fôlego ao novo HB20, principalmente em acelerações.

Comparado ao Polo 1.0 TSI, por exemplo, o hatch da Hyundai parece bem mais desanimado. Fruto da escolha por um especificação com 17,5 mkgf de torque, contra 20,4 mkgf do rival da Volkswgen.

Ao que tudo indica, a marca preferiu conter o consumo de combustível – além de manter o foco no conforto, como já era o modelo anterior.

Motor 1.0 turbo com injeção direta tem 120 cv e 17,5 mkgf (Divulgação/Hyundai)

Desta vez, a direção elétrica também chegou a toda a linha (antes era restrita ao HB20X) e agrada pelo peso ideal a velocidades mais elevadas.

Na pista mais sinuosa, onde fizemos a segunda metade do teste, o hatch foi provocado nas curvas e só ameaçou sair de dianteira em situações de verdadeiro abuso ao volante.

Curiosamente, o controle de estabilidade estava desligado e todo o comportamento piorou ao acionar o recurso: o HB20 desequilibrou nas curvas, soltando a traseira. Segundo engenheiros da Hyundai, o sistema não estava devidamente calibrado.

Apesar de todas as modificações, plataforma é a mesma PB que já compõe a gama da Hyundai há mais de 10 anos (Divulgação/Hyundai)

Resta saber como se comportarão as suspensões nos pavimentos absurdamente irregulares das vias brasileiras. A boa notícia é que, na pista fechada coreana, o jogo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira parecem um pouco mais firmes, a ponto de fazer a carroceria não oscilar tanto nas curvas.

Para quem gosta do hatch atual, dirigir a novidade será ainda melhor. Talvez falte um pouco da vivacidade que o 1.6 16V oferece, mas será uma concessão em favor da economia de combustível.

Só que chamar de nova geração talvez soe um pouco exagerado demais.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

23 ABR
VW: coronavírus custará R$ 40 bilhões à indústria de carros só no Brasil

VW: coronavírus custará R$ 40 bilhões à indústria de carros só no Brasil

A indústria se prepara para retomar a produção lentamente, quando a pandemia do coronavírus abrandar (Divulgação/Volkswagen)Em video-conferência com jornalistas nesta quinta-feira (23), o presidente da VW do Brasil e América Latina, Pablo Di Si, comentou como a empresa está convivendo com a pandemia do coronavírus e como se prepara para a volta à rotina, quando houver flexibilização da quarentena.Segundo Di Si, no momento, o foco da empresa é cuidar de seu caixa na região. Mas a... Leia mais
23 ABR
Teste: Audi e-tron é tão tecnológico que às vezes isso até atrapalha

Teste: Audi e-tron é tão tecnológico que às vezes isso até atrapalha

e-tron custará entre R$ 400.000 e R$ 500.000 (Divulgação/Audi)Com sete anos de atuação no jornalismo automotivo, tem ficado cada vez mais difícil me pegar verdadeiramente surpreendido pelos atributos de algum novo automóvel. Mas o novíssimo Audi e-tron foi capaz de me deixar com a boca aberta das mais variadas maneiras.Não apenas por ser elétrico, semiautônomo e ter um visual apelativamente chamativo. Sim pela forma com que faz o motorista conviver e interagir com a cavalar dose de... Leia mais
23 ABR
Mini muda nome de roda por causa do coronavírus

Mini muda nome de roda por causa do coronavírus

– (Divulgação/Mini)A pandemia do Coronavírus tem prejudicado as fábricas de automóveis em todo o mundo. A produção foi paralisada e muitas fábricas passaram a se dedicar a fabricação de máscaras e conserto de respiradores para ajudar no combate ao vírus.O vírus impactou a Mini também de outro jeito: uma das rodas oferecidas como acessório para o Cooper SE, carrega o nome “Corona”. Ou melhor, carregava.– (Divulgação/Mini)A infeliz coincidência fez a marca inglesa... Leia mais
23 ABR
BMW Série 3 mais potente do Brasil será híbrido que faz até 55,5 km/l

BMW Série 3 mais potente do Brasil será híbrido que faz até 55,5 km/l

– (Divulgação/BMW)A pandemia da Covid-19 não atrapalhou o plano de eletrificação da BMW, que confirmou o lançamento da versão híbrida do Série 3 ainda no primeiro semestre.O BMW 330e Plug-In Hybrid é até mais potente que o 330i, que tem motor 2.0 turbo de 258 cv e parte dos R$ 249.950.– (Divulgação/BMW)O detalhe é que o pacote da versão híbrida é sempre o M Sport, com suspensão adaptativa e freios mais eficientes, e custará menos que os 289.950 do 330i M Sport. O... Leia mais
23 ABR
Novo Toyota Yaris Cross tem pinta de RAV4 e porte do T-Cross

Novo Toyota Yaris Cross tem pinta de RAV4 e porte do T-Cross

Modelo usa base do Yaris, mas tem linhas mais robustas (Divulgação/Toyota)Em geral, fabricantes de automóveis tentam disfarçar quando criam SUVs baseados em outros carros. A Toyota foge à regra: seu novo SUV compacto derivado do Yaris se chama Yaris Cross. Mas é um pouco mais que isso.Vale deixar claro que o modelo não é baseado no Yaris fabricado no Brasil – de origem tailandesa –, mas sim no modelo vendido na Europa e no Japão, que ganhou uma nova geração em 2019 baseada em... Leia mais
23 ABR
Nos EUA, Maserati com motor Ferrari e câmbio de F1 custa um Sandero RS

Nos EUA, Maserati com motor Ferrari e câmbio de F1 custa um Sandero RS

Maserati Coupé com motor Ferrari (Reprodução/Internet)Uma das maiores reclamações (se não a maior) dos entusiastas automotivos é o alto preço dos carros vendidos no Brasil.É muito comum vermos comparações do que poderíamos comprar em outros países com os valores cobrados por aqui pelos modelos de entrada, por exemplo, levando em consideração apenas a variação cambial.Um desses exemplos foi citado pelo jornalista norte-americano Doug DeMuro, que mostrou em seu canal no YouTube... Leia mais
Conversar pelo WhatsApp

Olá! Vamos conversar?

Sedecar+5575992770909Iniciar conversa
Logotipo da whats.club