A diretoria da Renault se reunirá na terça-feira (4) para discutir a oferta de fusão com a Fiat Chrysler, informou a montadora francesa, enquanto o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, reiterou o apoio condicional do governo à união.
Os diretores da Renault decidirão se vão abrir conversas formais com a FCA quando se reunirem novamente após as sessões de trabalho informais realizadas esta semana. A reunião foi marcada para terça-feira, disse um porta-voz da empresa.
A ítalo-americana FCA divulgou na segunda-feira uma oferta para uma fusão de US$ 35 bilhões com a Renault. Caso a fusão se concretize, o novo grupo seria a terceira maior fabricante do mundo, juntando forças para enfrentar os desafios da indústria de montagem, incluindo regulamentação de emissões pesadas, eletrificação de veículos, conectividade e autonomia de direção.
Dúvidas sobre a valorização da proposta e, 5 bilhões de euros em custos e investimentos foram expressos por ex-executivos da Renault, incluindo Carlos Tavares, que agora lidera o PSA Group, e Patrick Pelata, que atuou como diretor operacional até 2011.
Mas o governo francês, maior acionista da Renault, com participação de 15%, reiterou seu apoio à fusão nesta sexta-feira (31) - na condição de preservar empregos e locais industriais franceses, proteger a aliança com a Nissan e assinar um projeto europeu de fabricação de baterias.
A proposta da FCA apresenta uma "oportunidade real para a Renault e para a indústria automotiva francesa", disse o ministro das Finanças Le Maire à agência de notícias local France Presse.