Os faróis são totalmente em leds (Divulgação/Ferrari)
A recém-lançada Ferrari SF90 Stradale é híbrida como a LaFerrari, anda como uma LaFerrari e pode ser recarregada na tomada — como, bem, você entendeu.
A diferença é que, ao contrário da irmã hiperfamosa, a SF90 não será limitada e certamente não terá tantos dificultadores para ser comprada.
Os escapes elevados estão mais próximo do turbo (Divulgação/Ferrari)
Nada de “você precisa ter outros modelos da marca” ou “não aceitamos quem coloca catchup na pizza”. Basta chegar à loja, assinar o cheque (que deve ultrapassar os R$ 3 milhões cobrados pela 812 Superfast) e levar o carro pra casa.
Como todo modelo inédito da marca, a SF90 é tratada como o ápice da engenharia italiana. Não é mentira, mas algumas ditas novidades do esportivo precisam ser colocadas sob perspectiva.
O motor V8 turbo é o mais potente já usado por uma Ferrari (Divulgação/Ferrari/Ferrari)
Seu V8 4.0 turbo de 780 cv, por exemplo, é o mais potente da história da Ferrari. Mas ainda não chegou aos 819 cv (851 cv com gasolina de competição) do veterano Dodge Challenger Demon. Já a “nova” wastegate elétrica do turbo frequenta os corações de Up! TSI e companhia há anos no Brasil.
A primeira tela curva usada em um carro estreou na SF90 (Divulgação/Ferrari)
O câmbio automatizado de dupla embreagem e oito marchas é uma evolução da caixa de sete relações já usada pela marca. Entre ele e o motor fica um dos três motores elétricos que auxiliam o V8 a gasolina.
Os bancos podem ser trocados caso o cliente opte pelo pacote mais leve do esportivo (Divulgação/Ferrari)
A tração integral feita usando dois motores elétricos no segundo eixo também não é surpresa — o novo Toyota RAV4 que o diga. O truque da Ferrari é juntar tudo o que a indústria automotiva usa há tempos para criar um produto ainda surpreendente.
Segundo a marca, os quatro motores da SF90 Stradale têm potência combinada de 1.000 cv, e acelera de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos. A velocidade máxima, único quesito onde é superada pela LaFerrari, é de 340 km/h.
A tração do eixo traseiro é feita pelo motor a combustão e outro elétrico, enquanto outros dois elétricos movimentam o eixo dianteiro (Divulgação/Ferrari)
Geralmente conservadora, a Ferrari abriu a torneira da tecnologia no interior da SF90. Começando pelo painel, formando por uma única tela de 16 polegadas curva, na primeira aplicação dessa solução na indústria automotiva.
A chave de couro é chique, mas está pelo menos uma década atrasada (Whatsapp/Reprodução/Internet)
Menos surpreendente é a chave forrada de couro que pode ser encaixada em um compartimento próprio no console central. Nós, plebeus, a chamamos de chave presencial e geralmente a deixamos em nosso bolso (ou bolsa).
A imitação de grelha de câmbio já não devia ser uma ideia brilhante no papel, e a prática comprovou isso (Divulgação/Ferrari)
Comandos no volante permitem a troca dos modos de condução, incluindo a função mais rápida, espirituosamente chamada de “Qualify” (classificação, em inglês, fazendo referência ao momento da Fórmula 1 onde os carros andam mais rápido).
Aerodinâmica ativa, carroceria de plástico reforçado com fibra de carbono e o ronco característico das Ferrari foram mantidos na SF90 (Divulgação/Ferrari)
E, pela primeira vez em uma Ferrari de série, será possível andar somente no modo elétrico, por até 25 km. A LaFerrari também é capaz disso, mas esse recurso era restrito a alguns clientes superVIPs e tinha autonomia de alguns poucos quilômetros.
O aerofólio traseiro é móvel e pode tanto levantar sua parte superior quanto abaixar a inferior (Divulgação/Ferrari)
A marca orgulha-se de fazer uma homenagem às icônicas grelhas de câmbio de seus modelos manual com um simulacro feito com botões onde normalmente ficaria a manopla.
Essa é a primeira vez que um modelo V8 de produção em série fica acima das Ferrari V12 (Divulgação/Ferrari)
Ao menos nas imagens, o resultado não parece tão atraente, e promete render tantas polêmicas quanto o visual disruptivo, para usar a palavra da moda, da SF90 Stradale.
As duas tampas circulares são para o reabastecimento e recarga do carro (Divulgação/Ferrari)
Ainda não há expectativa de quando o esportivo chegará ao Brasil, mas isso não deve ocorrer antes de 2020. O modelo ficará posicionado acima da gama atual da Ferrari e abaixo do próximo hiperesportivo da marca, que sucederá a LaFerrari nos próximos anos.
Veja o primeiro vídeo da SF90 Stradale em ação: