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A recém-lançada nova geração da Pop no Brasil será um dos destaques da Honda no Salão Duas Rodas, que começa nesta terça (6), para a imprensa, no Anhembi, em São Paulo. Partindo de R$ 5.100, o modelo passou de Pop 100 para Pop 110i, indicando o aumento na cilindrada do motor e a adoção de injeção eletrônica.

Apesar de ser consideravelmente desconhecida nas Regiões Sudeste e Sul, a Pop pode ser considerada uma "Rainha do Nordeste", sendo capaz de desbancar até a líder de vendas CG no estado do Maranhão.

Não por acaso, a fabricante escolheu a cidade de Recife, onde possui uma de suas sedes no país, para apresentar o modelo, em julho. Apesar de as novidades ficarem concentradas no motor e no visual, não é exagero dizer que se trata de uma nova geração, pois foram as mudanças mais profundas na moto desde o seu lançamento em 2006.

Mas a origem da Pop está no passado longínquo da Honda. Ela é uma descendente direta da Super Cub, dos anos 50, e deu origem no Brasil antiga C100 Dream e a Biz, como explicou o colunista do G1 Roberto Agresti.

Só que ao contrário da sua irmã Biz, uma moto mais bonitinha e mais cara, a Pop foi pelo caminho contrário: a robustez. Seu conjunto foi feito para passar ileso a pequenas quedas, suspensões mais longas flertam com a terra e o assento amplo e convidativo para levar mais de duas pessoas, algo que não é permitido por lei mas visto Brasil a fora.

Estes atributos a fizeram conquistar o Nordeste e também a se afastar da Biz e suas concorrentes. Nenhuma marca possui modelo com as características da Pop, assim acabam competindo com os mesmos rivais da Biz, como é o caso da Yamaha Crypton e Dafra Zig, mas que não são tão espartanos como a Pop.

Evolução foi notável
A apresentação da nova Pop 110i ocorre simultaneamente com a nova linha CG 160. Enquanto a melhora de desempenho do novo motor da G1 foi mais tímida, como mostramos na avaliação do modelo, a diferença na nova Pop foi notada com mais facilidade.

O motor é originário do modelo de cross CRF 110, mas com todas modificações necessárias para a homologação. Os números mostram que o motor de 109,1 cc entrou no lugar do antigo de 97,1 cc carburado, ambos de 1 cilindro.

De acordo com a empresa, o rendimento passou de 6,17 cavalos para 7,9 cavalos, enquanto o torque passou de 0,74 kgfm para 0,9 kgfm. Seu câmbio continua o mesmo manual de 4 marchas, mas como segue o padrão Biz/Dream o aumento das marchas é feita pressionando o pedal para baixo e a redução para cima.

Com a experimentação feita em um ambiente fechado, e com uma unidade da antiga Pop também disponível, foi possível notar como o motor evoluiu. Além de menor vibração, ficou bem mais espertinho.

Claro, estamos falando aqui de um modelo de entrada para motos, só mais potente que as "cinquentinhas" e o foco é a economia. Apesar de não divulgar o consumo exato da Pop 110i, a Honda afirma que ficou 8% mais econômica.

Para não assustar tanto seus clientes, que possuem um certo preconceito negativo com a injeção eletrônica, a Pop manteve a partida apenas ao pedal, algo que pode salvar o usuário em lugar inóspito se tiver problemas de bateria.

Beleza é ponto de vista
A Honda se esforçou para deixar a Pop mais bonita, mas este é um trabalho realmente difícil. Todas carenagens foram renovadas, assim como o farol e até a traseira tem novo desenho.
 

 

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Nenhum parafuso foi deixado a mostra nos apliques plásticos e realmente, o resultado final agrada mais.

No entanto, o modelo ainda causa estranheza por suas formas mais pensadas para a usabilidade do que para a beleza. Pensando assim, a moto não é bonita, mas ao rodar você esquece dessa "superficialidade".

O modelo é bem divertido de andar, por mais que não pareça, e as suspensões longas ajudam na buraqueira ou mesmo em incursões na terra. Por esse ponto de vista, existe beleza.

Com guidão alto e posição no estilo sentado de motoneta, a Pop também é surpreendentemente confortável, mesmo para alguém de 1,86 metros, como foi o caso desta avaliação.

A evolução foi muito importante para o modelo, que ficou muito mais eficientes, o que pode ser um chamariz para aumentar as vendas no Sudeste e Sul do país. Mas acarretou também em um aumento de preço: antes a Pop 100 custava R$ 4.437.