O serviço de compartilhamento de carros da General Motors, chamado Maven, vai deixar de existir em 8 cidades dos Estados Unidos, onde a iniciativa nasceu em 2016.
A montadora vai cortar o programa em grandes cidades como Nova York e Chicago, apontou o jornal "Wall Street Journal" nesta segunda-feira (20), citando uma porta-voz da empresa.
Esse tipo de compartilhamento permite um aluguel por tempo curto, a partir de meia hora.
O Maven chegou a ser prometido para o Brasil pelo presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga, que previa lançar o serviço para o público ainda em 2018, primeiro em São Paulo. Mas ele ainda não está disponível no país.
A dona da Chevrolet afirmou nesta segunda que vai se concentrar nos mercados onde tem maior demanda pelo serviço atualmente e onde existe maior potencial de crescimento.
O Maven perdeu sua primeira presidente-executiva, Julia Steyn, em janeiro. Ela estava à frente da área desde a criação e agora trabalha em uma empresa europeia de transportes em caminhões e trens.
Serviços de mobilidade
Maven, na verdade, é o nome do braço da GM voltado a soluções de mobilidade. Ou seja: a empresa passou a ser prestadora desses serviços, concorrendo com as especializadas ZipCar e Car2Go no compartilhamento, por exemplo.
Além de colocar modelos da montadora à disposição dos usuários, a fabricante oferece dentro do Maven outros serviços, como promover o aluguel de veículos de marcas do grupo de uma pessoa física para outra.
A montadora também criou um serviço de aluguel por curtos períodos voltado apenas a entregadores e motoristas do Uber e da Lyft, aplicativo concorrente nos EUA, que não tenham veículo próprio. É o Maven Gig.
Com a reestruturação, a GM poderá oferecer apenas um desses serviços em uma cidade, por exemplo.
O compartilhamento comum está disponível atualmente nas cidades de Ann Arbor, Baltimore, Boston, Chicago, Detroit, Denver, Los Angeles, NY, São Francisco e Washington, além de Toronto, no Canadá. Já o MavenGig existe em Austin, Baltimore, Boston, Detroit, Los Angeles, NY, Phoenix, San Diego, São Francisco e Washington.
Cortes
GM, Ford e Volkswagen têm anunciados medidas em busca de melhores resultados financeiros.
Além da reestruturação no Maven, a GM anunciou no fim do ano passado um plano para fechar fábricas e demitir trabalhadores na América do Norte.
O Grupo Volkswagen afirmou que vai cortar empregos a fim de acelerar o lançamento de carros elétricos e reverter queda em margens de lucro.
A Ford anunciou nesta segunda que demitirá 7 mil pessoas em todo o mundo.