Novidades

17 MAI

Clássicos: a geração que eliminou os anacronismos do Chevrolet Corvette

O C4 foi o primeiro Corvette sem uma grade dianteira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os anos 70 foram muito bons para o Corvette de terceira geração. Muito popular, o esportivo da Chevrolet celebrou o jubileu de prata em 1978 e, um ano depois, estabeleceu o recorde de 53.807 unidades produzidas.

Foi um bom resultado até a chegada da quarta geração, cujas primeiras unidades deixaram a fábrica de Bowling Green em 1983.

Vidro basculante atrás melhorava acesso às malas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Denominado C4, o novo Corvette veio com a tarefa de enfrentar a nova geração de esportivos europeus e japoneses como Ferrari 308 GTB/GTS, Porsche 911 SC e Nissan 300 ZX Turbo.

Seu desenvolvimento foi encarregado ao então engenheiro-chefe, Dave McLellan, sucessor do lendário Zora Arkus-Duntov.

Suas linhas suaves causaram bem menos impacto que as duas gerações anteriores, mas não havia margem para dúvidas: o C4 era um autêntico Corvette.

As proporções da carroceria foram cuidadosamente estudadas em túnel de vento para reduzir o arrasto aerodinâmico em 24%.

Mantendo a tradição desde 1961, o carro tem quatro lanternas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A agressividade era resumida às rodas de 16 polegadas com enormes pneus 255/50.

O painel de cristal líquido e instrumentos com mostradores digitais indicavam que não havia lugar para anacronismos numa década marcada por ônibus espaciais e computadores domésticos.

O C4 foi o primeiro Corvette a abandonar o esquema de carroceria sobre chassi.

Em seu lugar, surgiu uma estrutura desenvolvida ao redor de uma espaçosa célula de sobrevivência, eliminando a barra central que ligava o para-brisa ao santantônio na geração anterior.

Injeção eletrônica desde 1982 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A elevada altura das soleiras das portas indicava que elas atuavam como elemento estrutural. A rigidez foi reforçada pela carcaça do diferencial, com extensões para apoio da suspensão traseira e elementos de fixação ao câmbio.

As suspensões com molas transversais em material composto foram desenvolvidas em computador: a dianteira trazia refinados braços duplos de alumínio forjado e a traseira multilink eliminou o afundamento da parte de trás nas acelerações.

Painel oitentista: só o volante é arredondado (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os avanços contrastavam com a simplicidade do motor L83, um V8 5.7 que rendia 205 cv de potência com a mesma arquitetura de 1955: comando de válvulas no bloco e duas válvulas por cilindro.

A injeção eletrônica Cross-Fire com dois bicos injetores era uma das únicas concessões à modernidade, como neste modelo 1984, que se encontra aos cuidados da De Gennaro Motors.

Mas era o que bastava para ser o automóvel mais rápido dos Estados Unidos. O Corvette ia de 0 a 96 km/h em 7 segundos com o câmbio automático de quatro marchas.

A única opção de câmbio era o manual de seis marchas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ficou ligeiramente mais rápido com o câmbio manual “4 + 3” desenvolvido pelo preparador Doug Nash, com quatro velocidades e sobremarcha nas três últimas. Ambas as transmissões o levavam a mais de 220 km/h.

Dotado de injeção multiponto, o motor L98 foi ganhando potência ao longo da década: 230 cv em 1985, 240 cv em 1987 e 245 cv em 1998.

Ausente desde 1975, a versão conversível retornou em 1986 acompanhada dos freios ABS e tornou-se o carro-madrinha da Indy 500. Em 1987, surgiu a versão Callaway Twin Turbo, com 345 cv e garantia integral da GM.

Console central trazia a ficha técnica do motor V8 L83 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A célebre versão ZR-1 veio em 1990 com o V8 LT5 (também de 5,7 litros) desenvolvido em parceria com a Lotus. Bloco de alumínio, cabeçotes com duplo comando e quatro válvulas por cilindro rendiam 375 cv.

Testado por QUATRO RODAS no ano seguinte, o ZR-1 acelerou de 0 a 100 km/h em 5,95 segundos e só não foi além dos 217,8 km/h pela limitação da pista de testes em Limeira (SP). Em pistas apropriadas, superava facilmente os 270 km/h.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A única opção de câmbio era o manual de seis marchas e os pneus eram dignos de um superesportivo: 275/40 à frente e 315/35 atrás, montados em rodas aro 17. Custava quase o dobro de um Corvette equipado com o motor L98.

Produzido até 1995, o ZR-1 resgatou o espírito selvagem do Corvette L88 de 1967 e redimiu a drástica queda de performance que o modelo sofreu a partir de 1975.

Os últimos C4 produzidos em 1996 também fizeram bonito: traziam o V8 LT1 de 300 cv ou o LT4 de 330 cv, sempre acelerando de 0 a 96 km/h em menos de 6 segundos e superando os 260 km/h.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

18 FEV

Correio Técnico: há diferença entre ar-condicionado digital e automático?

Qual a diferença entre o ar-condicionado digital e o automático? – Hugo Galvão – Caraguatatuba (SP)O primeiro tem um mostrador de LCD ou é controlado pelo multimídia, enquanto o segundo faz os ajustes de velocidade e difusor de acordo com a temperatura selecionada. A confusão ocorre porque, na maioria dos casos, o ar-condicionado digital também é automático. Algumas marcas aproveitam essa associação para passar a impressão de que o sistema dos seus carros é automático,... Leia mais
18 FEV
Enquete: você prefere o novo Hyundai i20 europeu ou nosso HB20?

Enquete: você prefere o novo Hyundai i20 europeu ou nosso HB20?

– (Divulgação/Hyundai)A Hyundai bem que tentou manter em segredo, mas as primeiras imagens da terceira geração do Hyundai i20 vazaram na internet antes da apresentação oficial no Salão de Genebra, em março.As fotos mostram um compacto com visual bem interessante, levando a uma inevitável comparação com o “primo” HB20.– (Divulgação/Quatro Rodas)A dianteira do novo i20 tem traços retilíneos que integram as linhas da grade hexagonal aos faróis, formando um desenho bem... Leia mais
18 FEV
Teste: VW T-Cross 200 TSI manual é um Up! turbo com porte de SUV

Teste: VW T-Cross 200 TSI manual é um Up! turbo com porte de SUV

– (Fernando Pires/Quatro Rodas)Ele não tem ronquinho de esportivo e nem é chamado de “bengador” pelos donos. Esse carro é tão discreto que pensei ter confundido a ficha de testes com algum hatch – ele foi mais rápido que o VW Up! TSI, com vantagem de 1,2 s no 0 a 100 km/h. Só que não.Se a opção mais barata do T-Cross (R$ 84.990) nem recebeu sobrenome próprio, o que não falta é fôlego para conquistar o coração de quem já não consegue encontrar esse conjunto em carros... Leia mais
17 FEV
Holden: mãe do Omega australiano tem seu fim declarado pela GM

Holden: mãe do Omega australiano tem seu fim declarado pela GM

Holden Commodore se tornou Chevrolet Omega no Brasil (Holden/Divulgação)Com uma estratégia cada vez mais focada na América Latina, Estados Unidos e China, a General Motors decretou o fim da subsidiária australiana Holden. Todas as atividades da marca, controlada pela gigante norte-americana desde 1931, serão encerradas até o ano que vem.Dos cerca de 800 funcionários, 600 serão dispensados. Os 200 restantes serão mantidos no fornecimento de peças e assistência técnica por mais 10... Leia mais
17 FEV
Novo Pagani Imola “correu” três 24 Horas de Le Mans para ficar pronto

Novo Pagani Imola “correu” três 24 Horas de Le Mans para ficar pronto

O Huayra Imola homenageia o circuito italiano (Pagani/Divulgação)O novo Pagani Imola será apresentado oficialmente somente no Salão de Genebra, em março, mas a fabricante de superesportivos italiana já mostrou um pouco da versão mais radical do Huayra, desenvolvida para as pistas e homologada para rodar nas ruas.O supercarro foi batizado com o nome do circuito italiano onde foi exaustivamente testado. De acordo com a Pagani, o modelo completou cerca de 16 mil quilômetros em testes,... Leia mais
17 FEV
Ford Ranger Raptor deve ganhar motor V8 do Mustang, mas com insanos 718 cv

Ford Ranger Raptor deve ganhar motor V8 do Mustang, mas com insanos 718 cv

– (Divulgação/Ford)A Ford Ranger Raptor pode ganhar uma nova versão um tanto mais forte na Austrália. Ao que tudo indica, a picape herdará o famoso motor Coyote presente no Mustang, porém, um pouco mais envenenado.Caso se confirme, a camionete irá abandonar seu motor quatro cilindros turbodiesel de 213 cv e 51 mkgf para ser alimentada por um autêntico V8 5.0 com compressor de ar Roush TVS de 2,65 litros.– (Divulgação/Ford)Com isso, o modelo finalmente ganharia uma variante que... Leia mais