A Ford em concluiu o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e vai demitir 120 trabalhadores na fábrica de Taubaté. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos. A meta da montadora era desligar 160 empregados e, por isso, a multinacional estuda ajustes para adequar o excedente da unidade no interior de São Paulo.
O PDV ficou aberto entre 12 de fevereiro e 30 de abril. De acordo com o sindicato, os desligamentos começaram na última semana e 80% dos funcionários que aderiram já foram cortados. O restante não tem prazo definido para a demissão, porque depende da finalização de projetos em execução.
Antes do PDV, a direção da planta já tinha oferecido um PDV depois de anunciar um excedente de 350 trabalhadores - a adesão ao programa foi considerada baixa na época. Em seguida foram demitidos 12 trabalhadores e, na sequência, aprovado o acordo para aplicação do último PDV.
Além do PDV, o plano de ação aprovado entre empresa e trabalhadores no início do ano para adequar a produção ao mercado ainda inclui congelamento dos salários neste ano e a redução de 10% na jornada com desconto proporcional a partir de junho.
Avaliação
Em nota sobre a conclusão do PDV, a Ford informou que atingiu a expetativa, mas que 'a empresa ainda conta com um pequeno excedente a ser ajustado, o qual está sendo tratado individualmente, conforme necessidade de adequação ao programa de produção'. A montadora não informou a quantidade de adesões ao programa.
Apesar da alegação da empresa, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Sinvaldo Cruz, informou que não há tratativas em andamento e que o pacote aprovado em fevereiro se estende para todo o ano de 2019, sendo necessárias novas reuniões e acordos para aplicação de outras medidas.
“A empresa atingiu quase todo o objetivo e não há retração maior no mercado ou projeção de queda para o setor que justifique novas medidas”, disse.
A Ford emprega 1,3 mil pessoas em Taubaté e produz motores e transmissões.