Empregados da Volkswagen apoiaram a reestruturação da maior montadora do mundo nesta terça-feira (14), após o presidente-executivo, Herbert Diess, prometer gastar 1 bilhão de euros numa fábrica de células de bateria perto da sede da empresa, na Baixa Saxônia.
Diess precisa do apoio dos sindicatos poderosos da Volkswagen enquanto tenta simplificar a empresa alemã, que tem 12 marcas que abrangem caminhões, ônibus, motocicletas, carros e bicicletas elétricas.
A oposição trabalhista sufocou os esforços anteriores de reestruturação na VW.
A liderança da montadora adotou uma mudança estratégica em direção à mobilidade elétrica para ajudá-la a superar o escândalo dos testes de emissões em carros a diesel, que prejudicou suas finanças e reputação. Essa nova plataforma exige menos mão de obra para produzir carros.
Caminhões
A empresa também disse que planeja listar em bolsa seu negócio de caminhões, integrando suas divisões MAN e Scania para criar um rival para a Daimler e a Volvo.
"Os representantes dos empregados no conselho de supervisão dão as boas vindas às decisões, que expressamente apoiam. Essas decisões definem o rumo para um desenvolvimento sustentável de empregos seguros e lucrativos", disse o chefe do sindicato, Bernd Osterloh, em carta aos funcionários da VW nesta terça.
A VW havia dito na segunda-feira que retomaria os preparativos para lanças as ações do negócio de caminhões, Traton, em breve, revertendo uma decisão anterior de adiar a listagem devido a mercados instáveis.
O vice-presidente financeiro, Frank Witter, disse que "as atuais avaliações de mercado" encorajaram a VW a prosseguir com a oferta inicial de ações, que pode render até 6 bilhões de euros se uma participação de 25% for colocada no mercado.
O analista Philippe Houchois, da Jefferies, estimou um valor de 15 bilhões a 16 bilhões de euros para a Traton.
"Uma listagem deve ser positiva, já que o balanço atual da VW é, a nosso ver, uma restrição à capacidade da Traton de executar sua estratégia de campeões globais."