Rodovia no Acre: pista simples, erosão na pista e sinalização desgastada (CNT/Divulgação)
Mais de 85% das estradas brasileiras ainda são formadas por pista simples de mão dupla, aponta levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT).
O estudo levou em consideração 107.161 quilômetros de rodovias federais e estaduais, das cinco regiões do Brasil, avaliadas ao longo de 2018.
A região Sudeste lidera a extensão da malha, com 29.504 km, sendo 28.754 km do Nordeste, 18.419 da Sul, 17.155 da Centro-Oeste e 13.329 da Norte.
Segundo a CNT, as pistas simples de mão dupla respondem por 85,9% do total de km. Já as duplas com canteiro central respondem por meros 9,7%, enquanto as duplicadas por barreira central representam 3,2%.
Confira os percentuais totais na tabela abaixo:
Ainda de acordo com o levantamento, o percentual de km de rodovias em estado considerado ótimo ficou em singelos 11,6%, abaixo dos 15,3% de km de estradas classificadas como ruins.
Veja na tabela, que separa a classificação entre estradas federais e estaduais, e também entre vias 100% públicas e aquelas administradas por concessionária:
O levantamento é feito levando-se em conta três fatores principais: pavimento, sinalização e geometria da via (presença de faixa adicional, presença de pontes e viadutos, presença de curvas perigosas, condição da curva perigosa, presença de acostamento e condição do pavimento do acostamento).
Subdividindo-se a qualidade das estradas por esses fatores, a pesquisa detectou que as piores avaliações estão relacionados à geometria (75,7% de classificações regular, ruim e péssima). Confira os percentuais:
Pelo relatório da CNT, 24,1% das estradas contam com pavimento em perfeito estado; 52,8% estão com piso desgastado; 18,9%, com trincas e remendos na malha; 3,4%, com afundamento, ondulações e buracos; 0,8% estão totalmente destruídas.
Entre os pontos críticos encontrados no pavimento, o mais numeroso foi o de buracos grandes na pista, com 313 casos, seguido por erosão na pista (124), queda de barreira (13) e ponte caída (4).
Em relação à sinalização, 23,6% das estradas apresentam pintura com faixas centrais desgastadas e 6,6% sequer têm faixa.
5,7% têm placas parcialmente cobertas por mato, sendo 6,4% com placas totalmente cobertas e 2,8% desprovidas de placa. Ainda, 12,2% possuem placas desgastadas e 0,8%, placas totalmente ilegíveis.
O estudo mostra que as ligações rodoviárias localizadas no estado de São Paulo continuam sendo as melhores do Brasil. As 10 primeiras colocadas num ranking formado por 109 ligações são da Unidade Federativa mais populosa do país. Confira:
Se levarmos em conta a ligação rodoviária mais bem classificada por região, veremos que apenas o Sudeste possui estradas avaliadas como ótimas. Veja qual a estrada líder de cada região:
Por fim, estes são os cinco piores entre os 109 trajetos avaliados pela CNT: