Novidades

08 MAI

Oficina cria hot rods enferrujados de até R$ 100 mil com base de Fusca

Erick Martins é o dono e a alma da Escuderia BadBug (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A cultura custom nunca esteve tão em alta no Brasil como agora. Surgida nos anos 50 na Califórnia, é definida pela personalização.

Nos carros, começou com os hot rods (modelos americanos dos anos 30 e 40 transformados), que ganharam a vertente chamada volksrods, construídos a partir do Fusca.

E ninguém entende mais disso do que Erick Martins, dono da Escuderia BadBug, única oficina do Brasil dedicada só aos volksrods. “Comecei fazendo os meus próprios carros. Os amigos gostaram e vieram as primeiras encomendas.

“É um trabalho artesanal, que costuma demorar meses”, diz Martins (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Aí nasceu a oficina”, relembra Erick Martins, 46 anos, proprietário da empresa que já conta com 13 anos de estrada e produz uma média de seis veículos por ano. “É um trabalho artesanal, que costuma demorar meses.”

Com tanto tempo investido nos carros, os projetos não são baratos. “Os mais caros podem passar dos R$ 100.000, dependendo da complexidade. Mas um projeto simples de volksrod sai em média R$ 15.000”, diz.

O volksrod V8 com motor dianteiro e tração traseira é a estrela da oficina (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A transformação consiste em retirar os para-lamas dianteiros e esticar o entre-eixos. Neste caso, o eixo dianteiro é deslocado para frente, criando uma estética que remete aos hot rods americanos.

A Escuderia BadBug se especializou tanto nesse processo que até desenvolveu seu próprio alongador (chamado de front head), peça que é aparafusada entre chassi e suspensão, para avançar o eixo dianteiro em cerca de 30 cm.

Outra modificação essencial é rebaixar o teto, onde carroceria e portas são cortadas e depois soldadas, para criar um visual mais agressivo.

O cliente pode escolher entre várias opções de acabamento, porém o sucesso na BadBug é o rat rod, que cria um visual mal acabado, com jeitão de ferrugem ao ponto de causar arrepios nos fãs mais puristas do Fusca.

Interior quase inacabado (vale até o assoalho vazado) define bem o estilo rat rod (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Erick diz que não usa produtos químicos. “Eu deixo as peças enferrujarem naturalmente, ao ar livre, o que às vezes pode levar meses”, explica.

Mas isso não é sinônimo de carro estragado ou sem condições. “O que mais acontece na oficina é negarmos o Fusca que o cliente traz para iniciar um projeto”, conta Erick.

“As pessoas acham que o rat rod é um carro podre, mas na verdade os nossos projetos são totalmente íntegros e legalizados para andar nas ruas”, conta Erick.

Picape volksrod: caçamba feita à mão com caixa falsa para cobrir o motor original (Fernando Pires/Quatro Rodas)

“Devido a uma parceria com o Automóvel Clube do Brasil, Denatran e Contran, hoje oferecemos toda a assessoria técnica para regularizar a documentação de veículos modificados.”

É isso que permite legalizar loucuras como um volksrod com motor V8 de um Dodge Charger R/T instalado na dianteira de um Fusca, mas com tração traseira. “Esse ficou tão legal que não vendi.”

Além de reconstruir automóveis, a BadBug organiza cursos e workshops dedicados à cultura hot rod. Eles atendem à demanda do público interessado. Primeiro uma pesquisa online determina o tema mais pedido.

A partir daí, as turmas são montadas e cada unidade é ministrada pela BadBug ou por um profissional convidado.

Os cursos contemplam mecânica básica, tipos de soldagem, acabamentos como pinstriping (decoração da carroceria com listras fininhas) e até rebaixamento de teto.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

23 ABR

EUA investigam airbags que equipam 12 milhões de carros e podem não abrir

A agência responsável pela segurança no trânsito dos Estados Unidos (NHTSA) ampliou as investigações sobre uma possível falha em airbags que pode ter resultado em 8 mortes no país. Estão sendo avaliados os equipamentos usados em 12 milhões de veículos fabricados por Hyundai, Kia, Fiat Chrysler (FCA), Toyota, Honda e Mitsubishi entre 2010 e 2019. Esses veículos usam airbags da TRW, fornecedora comprada pela alemã ZF em 2015, que podem não abrir mesmo quando deveriam... Leia mais
23 ABR

Lexus UX 250h, rival de X2, GLA e XC40, chega 100% híbrido por R$ 169.990

UX chama atenção pelo design cheio de recortes (Divulgação/Lexus)Para disputar espaço com BMW X2, Jaguar E-Pace e Volvo XC40, a Lexus lança este mês no Brasil o SUV compacto UX 250h. Detalhe: o modelo será oferecido somente com motorização híbrida.Com preços de R$ 169.990 a R$ 209.990, e em meio a um segmento dominado por europeus, o UX chega com visual chamativo e proposta de uso predominantemente urbana. Daí, o sentido de “UX”, que vem do inglês Urban Crossover.Lanternas... Leia mais
23 ABR

'Ferrari dos tratores' chega ao Brasil em investimento de R$ 150 milhões

Já presente no Brasil com as marcas de tratores Valtra e Massey Ferguson, o grupo alemão AGCO traz ao país a linha de máquinas agrícolas de tecnologia de ponta Fendt. Com um investimento de R$ 150 milhões em 2 anos, a empresa instalou escritório, centro comercial e estoque de peças na BR 163 em Sorriso, no Mato Grosso, principal estado produtor de soja. "Estamos no coração da agricultura brasileira", disse Luís Fernando Felli, presidente da AGCO na América Latina, em... Leia mais
23 ABR

Ford faz recall da Ranger por falha nas mangueiras do freio dianteiro

A Ford convocou nesta terça-feira (23) um recall da picape Ranger por uma falha nas mangueiras do freio dianteiro. As unidades envolvidas são dos modelos 2017, 2018 e 2019, com os chassis abaixo: De acordo com a fabricante, com a movimentação da direção e da suspensão dianteira, as mangueiras podem se desgastar prematuramente, podendo ser rompidas, e causando vazamento de fluido de freio. Com isso, a capacidade de frenagem pode ser comprometida. A solução é a... Leia mais
23 ABR

Alemã, conhecida por dirigir ao redor do mundo com carro de 1930, morre aos 81 anos

Heidi Hetzer, uma empresária de Berlim que decidiu no final da vida de dirigir ao redor do mundo em um carro antigo americano morreu aos 81 anos. A família de Hetzer, que tem muitos fãs em seu país, disse na terça-feira que ela morreu em sua casa na capital alemã no fim de semana; a causa da morte não foi divulgada. Mecânica treinada que uma vez perdeu um dedo consertando um motor, Hetzer assumiu o negócio de carros da família em 1969, transformando-o em um dos maiores... Leia mais
23 ABR

Trump ameaça União Europeia por tarifas aplicadas à Harley-Davidson

O presidente americano Donald Trump ameaçou, nesta terça-feira (23), adotar medidas de represália contra as tarifas da União Europeia aplicadas às motocicletas Harley-Davidson, que anunciou melhores resultados que os previstos, apesar de uma queda nas vendas nos Estados Unidos. "Harley-Davidson sofreu com as tarifas da UE, atualmente pagando 31%. Tiveram que transferir a sua produção para o exterior para tentar limitar algumas dessas tarifas que vão aumentar para 66% em junho... Leia mais