Derrapar é ótimo para fotos, mas péssimo para a segurança (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O controle de tração tira potência do motor ou influencia na aceleração e retomada do carro? – José Carvalho, Fortaleza (CE)
Ele reduz a potência, mas só quando o carro estiver em local com baixa aderência.
Essa é uma característica comum a qualquer modelo dotado de controle de tração, independentemente do modelo. Por outro lado, em algumas circunstâncias ele pode até tornar o veículo mais rápido.
Quando o equipamento detecta uma grande diferença de velocidade das rodas (indício de perda de tração), um sinal é enviado à injeção eletrônica para que a aceleração seja reduzida ou cortada completamente até que o carro volte a ter aderência plena.
Isso se reflete em uma perda de desempenho momentânea, mas que não gera impacto no uso do carro.
A única situação em que é recomendável desligar o controle de tração é quando o veículo está, por exemplo, em um lamaçal.
Como a aderência é quase nula, o equipamento não permite que o carro acelere e saia do lugar, exigindo sua desativação temporária. Veículos de competição também não costumam usar controle de tração.
O controle de largada está presente na maioria dos esportivos modernos (Divulgação/Audi)
Nos esportivos modernos o controle de tração pode tornar o carro mais rápido.
O problema desses veículos é que o motor despeja tanta potência nas rodas que a ausência de qualquer monitoramento eletrônico resultará apenas em muita fumaça e uma conta elevada na borracharia mais próxima.
Por isso as fabricantes criaram algoritmos específicos para auxiliar o modelo a arrancar da maneira mais rápida possível, sempre no limite da aderência dos pneus.
Isso só é possível com o controle de tração, que limita somente a potência que não seria transferida ao asfalto. Esse recurso também possibilita ao motorista arrancar com o motor na rotação ideal.