Novidades

05 MAI

Ainda sem regulamentação, patinetes elétricos têm explosão no número de usuários e causam dezenas de acidentes no Rio

O Rio viu nos últimos meses uma nova forma de mobilidade multiplicar seus usuários, mas também os acidentes causados por ela. Enquanto uma das concessionárias de patinetes elétricos registrou aumento de 1268% no número de seus usuários de dezembro a abril, dois hospitais que funcionam perto da orla da cidade registraram, cada um, quase 50 acidentes, incluindo casos com fraturas, de janeiro a abril.

Profissionais de saúde afirmam que a quantidade de acidentes pode ser bem maior, como os hospitais públicos não informam sua quantidade de atendimentos em casos do tipo e já que vários usuários dos patinetes não procuram atendimento médico após acidentes.

A prefeitura do Rio de Janeiro diz que está trabalhando para regulamentar a utilização dos patinetes elétricos na cidade e para isso vem conversando com as principais empresas que já operam o serviço no município. O objetivo é elaborar normas definitivas para o uso do equipamento.

O diálogo já abriu a possibilidade da Guarda Municipal passar a utilizar os veículos em breve para ajudar no patrulhamento das ciclovias do Rio.

Duas empresas operam o serviço no Rio. Ambas não informam o número total de usuários, mas somente a Tembici, operadora dos Patinetes Petrobras, que conta com 500 unidades, registrou um aumento de 1268% no número de usuários, da primeira semana de dezembro até o final de abril.

Decreto provisório regula o uso no momento

Responsável pela regulamentação, a Secretaria Municipal de Fazenda ainda tem dúvidas para definir as restrições de circulação. Quesitos como as áreas que serão permitidas; os horários de funcionamento; a segurança dos usuários e não usuários e o local de estacionamento dos veículo ainda não foram definidos.

De acordo com a Prefeitura, a partir da publicação do texto as empresas licenciadas que não cumprirem as regras, incluindo as de segurança, estarão sujeitas a punições.

Hoje, as regras que regulam a circulação dos patinetes elétricos são provisórias. Um decreto da prefeitura publicado em 2018, diz que a utilização dos patinetes, "em caráter experimental" deve respeitar as regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que permitem a circulação do veículo somente em áreas de tráfego de pedestres (com velocidade máxima de 6km/h), em ciclovias e ciclofaixas (velocidade máxima de 20km/h).

O decreto do poder municipal só autoriza os patinetes nas vias para carros quando as pistas estiverem fechadas para o lazer.

Número de acidentes preocupa

Uma preocupação do poder público e das empresas é o número de acidentes envolvendo o novo meio de transporte. Somente no Hospital São Lucas, localizado em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foram registrados mais de 50 acidentes envolvendo os patinetes elétricos, de janeiro até abril.

O coordenador do Centro de Trauma do Hospital São Lucas, Paulo Silveira, explica que esse número pode ser ainda maior, já que muitos casos não acabam no hospital. "Talvez seja um pouco mais que 50 casos nesses meses. Nós não temos esse número muito preciso porque nem sempre o paciente informa que aquela torção ou aquele trauma leve foi ocasionado por uma queda de patinete", disse Paulo Silveira.

A Secretaria Municipal de Saúde, alega o mesmo problema para não conseguir definir quantos casos foram registrados na rede pública. "A entrada dos pacientes nos hospitais se dá por conta de queda, mas não especifica se foi por patinete, bicicleta, etc".

Segundo o médico Paulo Silveira, a maioria dos casos são de pequenas fraturas, torções, hematomas e escoriações. "São raros os casos mais complexos. A maioria não precisa de internação", disse.

A Tembici diz acreditar que o importante para evitar quedas e batidas é educar os usuários sobre as normas de utilização. "Por se tratar de um modal novo, procuramos proporcionar o maior número de informações e orientações para os usuários, de forma a prevenir e reduzir o risco de lesões e acidentes. Para isso, nossa estratégia foi disponibilizar promotores em todas as estações, onde os usuários recebem instruções sobre o funcionamento, respeito à legislação e ao pedestre. Também são oferecidos capacetes para os usuários, sendo recomendado o uso de joelheiras, cotoveleiras e luvas, embora seu uso não seja obrigatório", disse a empresa, em resposta ao G1.

A Grow também acredita que a prevenção de acidentes deve ser uma prioridade. Para a empresa a utilização dos patinetes na rede de ciclovias seja uma maneira de diminuir os riscos. Além disso, a empresa considera que, por se tratar de um novo meio de locomoção, "é recomendável que todos os agentes envolvidos no sistema discutam maneiras de aumentar ainda mais os recursos para prevenção dos acidentes".

Pontos fixos ou ocupação das calçadas

Para chegar em um decreto definitivo, capaz de atender usuários, motoristas e pedestres, o poder público vem conversando com as principais empresas do ramo, como a Grow, que é detentora das marcas Grin e Yellow, e a Tembici, que opera na cidade desde dezembro de 2018 em parceria com a Petrobras Distribuidora.

Defensores da micromobilidade - uma categoria de veículos leves, elétricos e utilizados para pequenos deslocamentos - a Grow investe no aluguel de patinetes sem estações de retirada e devolução fixas. Segundo Milton Achel, diretor de relações com o governo da empresa, os patinetes elétricos são ideais para percorrer distâncias que seriam "muito longas para se fazer a pé e muito curtas para tirar o carro da garagem".

"Os nossos fundadores colocam para gente que temos que ser uma solução para as cidades. Por isso estamos conversando bastante com a prefeitura. Acreditamos que a regulamentação potencialize o modal limpo de transporte. Esse modal é o patinete", diz Milton. Ele afirma que está realizando um papel de esclarecimento junto à Prefeitura e apresentando modelos de regulamentação de outras cidades.

Os patinetes da empresa são monitorados por GPS e contam com dispositivos de segurança que controlam a movimentação dos veículos. Segundo a empresa, o modelo sem uma estação fixa permite mais mobilidade para os usuários.

"O papo tem sido interessante. Nós mostramos os benefícios do nosso modelo, com experiências nacionais e internacionais. A prefeitura tem trabalhado certo para buscar a segurança do usuário e para contribuir com a retirada das pessoas de dentro dos carros", comentou o diretor da Grow, que hoje está presente em 14 cidades do Brasil.

Já para os responsáveis da empresa Tembici, operadora dos Patinetes Petrobras, o modelo ideal de regulamentação é com estações fixas para a retirada e devolução dos patinetes. Segundo a empresa, essa diferença "colabora com o ordenamento urbano".

Guarda Municipal estuda utilização de patinetes

Os agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro que realizam o patrulhamento em ciclovias na cidade podem ser os próximos a utilizarem os patinetes elétricos. Esse é um possível acordo que vem sendo costurado pela Prefeitura com a empresa Grow.

Segundo a empresa, em paralelo as conversas sobre a regulamentação do serviço de alugueis, o poder público pode firmar essa parceria. Se tudo correr bem, a Guarda Municipal pode ter, em comodato, 15 patinetes para reforçar o policiamento nas ciclovias da cidade.

Fonte: G1

Mais Novidades

28 JAN

Novo BMW X5: SUV chega importado dos EUA entre R$ 450.000 e R$ 540.000

Quarta geração do BMW X5 (Divulgação/Quatro Rodas)A BMW inicia no fim de janeiro a pré-venda da quarta geração do X5. Bastante renovado, o SUV grande virá importado surpreendente dos Estados Unidos – fábrica de Spartanburg -, não da Europa, e será vendido em quatro versões.Preços variam entre R$ 449.950 e R$ 539.950. O modelo está 3,6 cm mais comprido (4,92 metros), 6,6 cm mais largo (2 metros), 1,9 cm mais alto (1,74 m) e 4,2 cm maior em entre-eixos (2,97). Porta-malas é de... Leia mais
28 JAN

Ar-condicionado: veja como manter o sistema limpo e saudável para o verão

Com um verão de temperaturas recordistas e sensações térmicas que ultrapassam fácil os 50°C, o ar-condicionado é um importante aliado no trânsito - em alguns casos, porém, ele pode tornar-se vilão por exalar um ar de má qualidade e com mau cheiro. Esse problema ocorre quando há a presença de micro-organismos como fungos e bactérias no sistema. Eles aparecem por resquícios de materiais orgânicos nos dutos e no filtro do ar-condicionado (também conhecido como filtro de... Leia mais
28 JAN

Audi Q5 Security: testamos o quanto blindagem de meia tonelada afeta o SUV

O SUV usa chapas de aço com 2 mm sob a carroceria e foi submetido a testes de colisão pela Audi (Divulgação/Quatro Rodas)Sabia que o Brasil tem a maior frota de blindados no mundo? Segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), foram 15.145 carros à prova de balas em 2017. Por isso, não é de estranhar que o Audi Q5 Security, opção blindada de fábrica, foi lançado aqui por R$ 370.990 – R$ 91.000 mais caro que o Q5 comum. Baseada na intermediária Prestige Plus –... Leia mais
28 JAN

Como é ter um carro elétrico no Brasil? Eles já se ligaram e contam

Glaucia Savin, dona de um BMW i3 sem extensor de autonomia em SP (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)Se para a maioria dos brasileiros o carro elétrico ainda é um enorme ponto de interrogação, uma pequenina parcela da população pode se gabar de já ter esse tipo de veículo na garagem. Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apontam que em 2018 há ínfimos 300 automóveis totalmente elétricos circulando no país. QUATRO RODAS conversou com proprietários de três deles,... Leia mais
26 JAN

Réplica é apreendida após Ferrari denunciar dentista por plágio em Cachoeira Paulista

Um dentista de Cachoeira Paulista (SP) é investigado por produzir e colocar à venda um protótipo de uma Ferrari modelo F40. O inquérito foi aberto depois que a fabricante italiana encontrou um registro do veículo na internet e fez uma denúncia à Polícia Civil. O carro foi apreendido para a perícia e, caso seja comprovada a cópia do modelo, pode ser destruído. Na rede social, o criador fez um apelo por temer que o veículo seja destruído (veja vídeo abaixo). A Ferrari diz que... Leia mais
26 JAN

BMW anuncia recall de M3 e M4 para substituir eixo cardã

A BMW anunciou um novo recall no Brasil para os modelos M4 Coupé, M4 GTS e M3 Sedan, todos fabricados em 2016. Eles podem apresentar problemas no acoplamento do eixo cardã ao diferencial traseiro. Há poucos dias, a marca iniciou uma campanha para modelos de até 25 anos. De acordo com a fabricante, as 33 unidades envolvidas podem ter o desprendimento do eixo cardã ao diferencial traseiro pela pouca resistência do material utilizado no dispositivo de acoplamento das peças. ... Leia mais