A Volkswagen anunciou nesta segunda-feira (29) a retomada do 2º turno de produção na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, e a contratação de novos funcionários para a unidade. A medida vem para acelerar e reforçar a produção do T-Cross.
Voltam ao trabalho 500 funcionários que estavam em regime de layoff (suspensão temporária de contrato) há cerca de dois anos e outros 60 serão contratados. Ao todo, a unidade emprega 2.600 pessoas.
De acordo com a fabricante, o 2º turno elevará não apenas a produção do T-Cross para abastecer o mercado interno, como também para a exportação, com foco em 50 localidades diferentes entre América Latina e África. O aumento, segundo a marca, será de 70% para o SUV.
Golf perde cidadania brasileira
Além da retomada do 2º turno e da contratação de novos funcionários, a fábrica de São José dos Pinhais tomou mais uma medida para reforçar a produção do T-Cross: a descontinuação da família Golf.
O hatch médio teve sua montagem nacional encerrada de forma oficial pela marca, que diz avaliar o futuro do modelo por aqui de acordo com a demanda do mercado. Por enquanto, apenas a versão esportiva GTI segue com estoques.
Por lucros maiores
Em um momento em que a General Motors ameaçou sair do país e a Ford anunciou o fechamento de uma fábrica e a saída do mercado de caminhões, a Volkswagen afirmou que abre mão de liderança em detrimento a uma maior rentabilidade da operação brasileira.
A declaração foi o presidente da marca no Brasil, Pablo Di Si. “Se o mercado tiver 60% de vendas diretas [menos rentáveis], posso ser 2º, 3º, 4º, até 5º colocado. Queremos a liderança com carros que as pessoas desejam e sejam rentáveis”, completou o executivo.
Atualmente, a marca é a vice-líder, mas já demonstrou em diversas ocasiões que tem trabalhado para ser a primeira colocada no país.
Parte da estratégia passa pelo lançamento de uma linha de 5 SUVs, produtos de maior valor agregado, e, consequentemente, maior lucratividade. O T-Cross é o principal deles.