Novidades

26 ABR

Quem é o dono dessa bike? Conheça as empresas por trás do compartilhamento de bicicletas e patinetes no Brasil

Desde o início do ano, patinetes e bicicletas compartilhadas tomaram conta das ciclovias, calçadas e ruas em uma grande parte das capitais brasileiras — uma movimentação que no ano passado já era comum em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro.

O serviço vai crescer ainda mais: a Uber, por exemplo, pretende chegar ao mercado brasileiro com bicicletas e patinetes ainda neste ano.

Por enquanto, o negócio é dominado por 3 empresas: Grin, empresa especializada em patinetes (os verdes); Yellow, que tem as bicicletas sem “docas”, que podem ser deixadas em qualquer lugar, e também patinetes amarelos; e TemBici, que opera as bicicletas laranjas, com docas e que precisam ser deixadas em pontos, em parceria com o Itaú, e também patinetes elétricos, em parceria com a Petrobras, no Rio de Janeiro.

Apesar da expansão, com pouco tempo de presença desses equipamentos na rua — os patinetes chegaram em São Paulo há poucos mais de 6 meses — não há muitas informações sobre o desempenho desses negócios.

“Há um ano ninguém achava que essa indústria iria virar o que virou", diz Marcelo Loureiro, que presidente da Grow, empresa resultante da fusão entre Grin e Yellow, que aconteceu em janeiro deste ano.

"Na época da Ride, as pessoas achavam que eu estava louco”, completa.

Grin e Yellow, anunciaram em fevereiro uma fusão para aumentar ainda mais a força das empresas no mercado. Dados da Grow afirmam que a união garantiu à nova companhia o lugar de 3ª maior empresa do mundo no chamado “mercado de micromobilidade”, além de uma linha de financiamento de US$ 150 milhões.

Ao G1, a Grow negou que a fusão tenha sido motivada pela entrada da concorrência no mercado, o que afirma ser benéfico para o desenvolvimento desse negócio por aqui. O presidente da Grow, Marcelo Loureiro, acredita que a empresa está melhor posicionado para lidar com as concorrentes por ser uma empresa local, que conhece os detalhes do Brasil.

A Grow comemorou, no final de março, 4 milhões de viagens realizadas desde o início da atividade das empresas, em outubro do ano passado. São mais de 135 mil patinetes e bikes em todas as cidades em que a empresa está presente.

Já a TemBici está funcionando desde 2017 e mostrou os resultados da operação em 2018. Entre fevereiro do ano passado e janeiro de 2019, por exemplo, o número de corridas subiu 330%.

Segundo a empresa, as bicicletas compartilhadas da empresa chegaram a 4 milhões de viagens nos primeiros 100 dias de 2019, operando em 15 cidades no Brasil, além de Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile. Em todos esses mercados, são cerca de 15 mil bicicletas e 1,5 mil estações.

“Nós percebemos que, dando um serviço de qualidade e confiável, as pessoas vão utilizar esses sistemas”, afirmou Maurício Villar, cofundador e diretor de operações da TemBici. Para ele, a mobilidade urbana mudou muito nos últimos meses, não só pela entrada dessas empresas, mas também por conta da greve dos caminhoneiros, que aconteceu em maio de 2018, e por fatores pontuais, como a ponte que cedeu em São Paulo.

Custos do negócio

As empresas envolvidas não divulgam os custos de operação, nem de faturamento, nem se esse negócio dá lucro. São informações estratégicas para essas startups nascentes. Mas existem algumas informações que são públicas, como autonomia de bateria e custos.

Segundo dados de Grin e Yellow, a bateria dos patinetes tem autonomia para rodar cerca de 30km a uma velocidade de 20km/h, o que garante por volta de 1h30 de funcionamento contínuo.

Como o custo de desbloqueio do veículo é R$ 3, mais R$ 0,50 por minuto adicional, um patinete rende, no mínimo, R$ 48 para a empresa por carga completa.

Segundo Loureiro, o custo de eletricidade da recarga é de R$ 0,06 por patinete, que precisa ser conectado por 3 a 4 horas para uma carga completa. Os veículos são retirados das ruas pelas equipes das empresas e por autônomos, que recebem entre R$ 5 a R$ 7, dependendo se devolvem ou não o patinete a um ponto de retirada para os usuários.

O problema? Não se sabe quanto tempo um patinete ou uma bicicleta dura nas ruas sem precisar ser substituído. Uma pesquisa do portal de negócios "Quartz" analisou dados públicos de Louisville — uma cidade de 770 mil habitantes nos EUA que tem uma política de abertura de dados — apontou que a vida média de um patinete elétrico na cidade era de apenas 28,8 dias.

Questionadas pelo G1, as empresas não divulgaram informações sobre o tempo de vida dos equipamentos no Brasil.

Mas se a duração deles, que são submetidos a uso intenso e às intempéries brasileiras (como as chuvas que castigaram as grandes cidades durante o verão), for semelhante à americana, as empresas conseguiriam arrecadar, durante 28 dias, cerca de R$ 1 mil por patinete.

Isso corresponde ao valor mínimo que cada unidade pode render por carga completa, menos o custo dessa recarga, e multiplicado pela vida útil média do veículo.

Ou seja, se um patinete custasse mais do R$ 1 mil, ele sequer conseguiria pagar a si mesmo durante o tempo em que fica na rua. As empresas, no entanto, não revelaram os custos da importação para o Brasil.

Segundo dados da companhia de investimentos Ark, para serem rentáveis, as companhias que operam patinetes elétricos precisam reduzir custos nos pagamentos às operadoras de cartão de crédito, nos reparos dos equipamentos, na realocação e também prolongar a vida útil dos patinetes.

A Grow não divulgou informações sobre rentabilidade do negócio e a TemBici afirmou que consegue ser “uma startup que dá lucro e que presta um serviço sustentável” e que “foi desenvolvida desde o começo para ser uma empresa sustentável economicamente, e não para ser uma startup que precisa de grandes investimentos para se segurar”.

E as bikes?

As bicicletas têm um cálculo diferente, já que o sistema de cobrança da Grow difere de cidade para cidade e o próprio custo de manutenção dos equipamentos não é o mesmo dos patinetes. A TemBici funciona por um modelo de “assinaturas”: a cobrança está mais próxima do Netflix do que da concorrente Grow.

Existem uma série de opções de planos: os mais usados são o plano mensal de R$ 20, e o anual, que custa R$ 160. Ambos os planos permitem usos ilimitados das bicicletas laranjas. O plano diário custa R$ 5. E há ainda o plano de três dias, de R$15; e o trimestral, R$ 50.

“O nosso modelo é garantir ao usuário que se ele precisar de um bicicleta em uma estação, ela vai estar lá. É uma característica forte de mobilidade, saber que esse sistema pode ser confiado, assim como um estação de metrô", afirma Villar, da TemBici.

"Tanto é que a maioria dos nossos usuários usam as bicicletas de 4 a 5 vezes por semana."

Uber e outras vêm aí

O número de empresas — e, consequentemente, de cores de patinetes e bicicletas — nesse mercado deve aumentar até o final do ano, com a entrada de concorrentes.

Segundo um comunicado enviado ao G1 pela Prefeitura de São Paulo, 11 empresas apresentaram documentação, em fevereiro último, para habilitar equipamentos e medidas de segurança dos patinetes na cidade.

Foram elas: Trunfo, TemBici, Serttel, Yellow, Grin, Bird, FlipOn, Lime, Scoo, Uber e Mobileasy — algumas delas, como Bird e Lime, conhecidas por fornecer esse tipo de serviço nos Estados Unidos.

Em nota, a Uber confirma que vai entrar nesse mercado no Brasil ainda neste ano, inclusive no nichos dos patinetes elétricos, em acordo com a startup americana Lime.

Fonte: G1

Mais Novidades

10 DEZ

Citroën altera versão PCD do C4 Cactus, mas mantém preço de R$ 69.990

O Citroën C4 Cactus tem novidades em sua configuração dedicada ao público PCD (Pessoas com deficiência). Antes baseado na intermediária Feel, ele passa a vir da Live, de entrada, mas continua sendo oferecido por R$ 69.990. Com as isenções previstas o preço final vai para R$ 55.228. Em relação ao anterior, o modelo está menos equipado e perde faróis de neblina, rodas de liga leve, alarme, piloto automático, limitador de velocidade, função "um toque" em todos os vidros,... Leia mais
10 DEZ

Promotores japoneses acusam formalmente Carlos Ghosn e Nissan por violações financeiras

Promotores no Japão acusaram formalmente, nesta segunda-feira (10) Carlos Ghosn, ex-presidente do conselho consultivo da Nissan, por burlar a lei de instrumentos financeiros ao fazer declarações falsas nos relatórios financeiros da montadora. As informações são da agência de notícias Kyodo. A acusação vem 3 semanas depois de Ghosn ter sido preso por suspeitas de ter otimido parte de seu salário nos relatórios financeiros que a Nissan apresentou a reguladores durante 5... Leia mais
09 DEZ

Nissan tenta bloquear acesso de Ghosn a apartamento no Rio de Janeiro

A Nissan afirmou que está tentando impedir que o ex-presidente da empresa, o brasileiro Carlos Ghosn, tenha acesso a um apartamento no Rio de Janeiro, citando o risco de que o executivo, preso e removido do seu posto por acusações de fraude financeira, possa destruir provas. Ghosn está detido em Tóquio desde a prisão, em 19 de novembro, suspeito de conspirar com o ex-diretor da Nissan Greg Kelly para encobrir, a partir de 2010, cerca de metade de seu rendimento real de US$ 88... Leia mais
07 DEZ

Novidades no Salão de Los Angeles são destaque no ‘AutoEsporte’

Picapes com portas removíveis, SUVs com foco no mercado americano e esportivos clássicos renovados: o ‘AutoEsporte’ deste domingo (9) mostra tudo que foi destaque no São de Los Angeles. A repórter Cris Amaral vai ao evento para ver de perto esses novos utilitários. O repórter Luiz Razia dirige um Jaguar XK120 e um Cobra Shelby, chamados de “Réplicas Brasileiras”, modelos que fazem sucesso no exterior, mas são fabricados no Brasil. Já o repórter Cesar Urnhani explica a... Leia mais
07 DEZ

Novo Mini Cabrio Cooper S: sem-teto e com desempenho de Golf GTI

Mini Cabrio ganhou mais duas versões no Brasil (Divulgação/Mini)O Mini Cabrio 2019 já estava em pré-venda desde outubro, mas só chegou agora às lojas do Brasil em três versões: Cooper (R$ 146.990), Cooper S (R$ 176.990) e JCW (R$ 196.990).Em relação ao modelo anterior, mudam poucos detalhes: há novos faróis, lanternas com desenho da bandeira do Reino Unido, logotipos e repetidores de seta nos para-lamas.Há três motorizações: 136 cv, 192 cv e 231 cv de... Leia mais
07 DEZ

VW Jetta perde equipamentos para custar menos de R$ 100.000

Jetta ganha nova versão de entrada com menos equipamentos (Divulgação/Volkswagen)A Volkswagen passa a oferecer uma nova versão de entrada para o Jetta, chamada 250 TSI, por R$ 99.990.O modelo traz o mesmo conjunto mecânico das versões Comfortline e R-Line, composto por motor 1.4 turbo de 150 cv de potência e 25,5 mkgf de torque, além de câmbio automático Tiptronic de seis marchas.Rodas de liga leve de 17? foram substituídas por um conjunto de 16? (Divulgação/Volkswagen)Para ficar... Leia mais