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23 ABR

Segredo: 20 picapes que vão invadir o Brasil nos próximos quatro anos

Picapes serão as únicas sobreviventes ao tsunami dos SUVs? (Arte/Quatro Rodas)

Antídoto para a febre dos SUVs, o segmento de picapes passará por uma enxurrada de novidades nos próximos anos.

Ligamos o radar e, entre versões especiais e projetos completamente novos, localizamos 20 exemplos que ganharão as concessionárias (e as garagens) brasileiras nos próximos anos.

E, a exemplo do que aconteceu com o tsunami SUV, há representantes de todas as nacionalidades (alemã, japonesa, americana, chinesa, francesa e italiana) e tamanhos (pequena, média e grande).

A carroceria com cabine dupla, no entanto,  desponta como uma unanimidade, mesmo nos modelos compactos.

Outra mostra de força dessa onda no Brasil está no número de marcas que entrarão em segmentos de picapes nos quais não atuam hoje (Volkswagen, RAM e Ford) ou que estrearão como picapeiras (Mercedes-Benz, JAC, Hyundai e Peugeot).

A maré já está subindo e a chance de você embarcar na onda é grande.

A X350d pode ser a picape média mais cara do Brasil (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A Mercedes-Benz vai elevar o nível do segmento de picapes médias. Isso porque a X 350d tem tudo para ser a picape mais refinada do Brasil quando chegar às lojas, o que deve acontecer entre o final deste ano e o início de 2020.

Isso mesmo compartilhando a plataforma e até a fábrica (localizada em Santa Isabel, Argentina) com a Nissan Frontier. Entretanto, as duas picapes são completamente diferentes por dentro e por fora.

Toda a estamparia da Classe X é nova, assim como seu painel, que tem elementos como volante, quadro de instrumentos e central multimídia (com tela de 8,4 polegadas) compartilhados com outros Mercedes.

As saídas de ar-condicionado repetem no visual o X do nome da picape. Da Frontier, restam alguns botões e a alavanca de câmbio, que, para a alegria de muitos, não ficam na coluna de direção como nos automóveis da marca.

Interior traz elementos dos carros da marca alemã (Mercedes-Benz/Divulgação)

Da picape japonesa, fica a suspensão traseira do tipo 5-link: um eixo rígido com cinco pontos de apoio no chassi e molas elicoidais, que confere mais estabilidade que o conjunto tradicional. Mas seu acerto será diferente na Classe X.

A Mercedes X 350d tem mecânica alemã. O motor V6 3.0 turbodiesel de 258 cv é combinado ao câmbio automático de sete marchas e tração integral.

Será exclusivo da versão Power, com assistente de permanência em faixas, frenagem de emergência, leitor de placas, ar-condicionado de duas zonas com saídas traseiras e faróis full-led. Os preços podem passar dos R$ 250.000.

Abaixo dela, estará a X 230d Progressive, com mecânica Nissan: motor 2.3 biturbo a diesel de 190 cv, outro câmbio de sete marchas e tração 4×4.

Mais simples, custará cerca de R$ 190.000 para concorrer com Chevrolet S10, Toyota Hilux e com a própria Nissan Frontier.

Ficha técnica

Estreia: Início de 2020
Preço: R$ 190.000 a R$ 260.000
Os rivais: Ford Ranger, VW Amarok, RAM 1500 e Toyota Hilux
O que é legal: Mecânica de SUV alemão em uma picape cheia de equipamentos de segurança.

Preparação apenas na suspensão, que tem amortecedores e molas especiais (Toyota/Divulgação)

Com sistema de pré-venda iniciado simultaneamente à sua apresentação durante o Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de 2018, a Hilux Gazoo Racing Sport (ou simplesmente GR-S) tem produção limitada a 420 unidades.

Apesar de ser o primeiro produto com a grife Gazoo Racing no Brasil, a Hilux GR-S não tem nenhuma novidade no powertrain, o que significa que ela é empurrada pelo mesmo motor 2.8 turbodiesel com 177 cv de potência e 45,9 mkgf de torque da Hilux SRX, versão topo de linha na qual é baseada.

Série é limitada a apenas 420 unidades (Toyota/Divulgação)

Como os sistemas de câmbio (automático de seis marchas) e tração (4×4 com seletor eletrônico e reduzida) também se mantiveram inalterados, a única pimenta foi aplicada à suspensão, com amortecedores e molas mais duros.

A alteração busca agradar quem curte misturar alta velocidade e baixa aderência.

A Hilux GR-S é vendida (por R$ 206.990, ante os R$ 198.190 da SRX) nas cores vermelha, preta e branca – esta, a mais chamativa.

Além dos adesivos externos, a estética da série limitada inclui rodas pretas e, no interior, friso vermelho no painel e assinatura Gazoo Racing nos bancos, botão de partida do motor e na plaqueta numerada fixada no console.

Ficha técnica

Estreia: já está à venda
Preço: R$ 206.990
Os rivais: Ford Ranger, Chevrolet S10 e VW Amarok
O que é legal: apesar de não ter preparação de motor, a suspensão mais rígida vai agradar aos fãs de uma tocada mais radical, ao estilo piloto de rali

Snorkel e pneus lameiros do protótipo ficarão de fora da Storm de linha (Ford/Divulgação)

Motivada por uma demanda por picapes com apelo visual esportivo detectada em pesquisas realizadas nos últimos anos, a Ford criou a Ranger Storm.

Sua aparição no Salão do Automóvel de São Paulo em 2018 foi a maneira que a marca encontrou para aferir junto ao público o que poderia mudar (e também o que deveria manter) entre a atual fase de protótipo e o modelo de produção.

Uma fonte ligada à marca diz: “O motor e o pacote de equipamentos serão os mesmos da versão Limited. No visual, muda pouca coisa. O snorkel e os pneus lameiros ficam de fora, mas itens como a grade dianteira já são praticamente definitivos”.

Ou seja, sob o capô da Storm teremos o bom motor cinco-cilindros 3.2 20V turbodiesel de 200 cv e itens de série como central multimídia, piloto automático adaptativo, sete airbags, frenagem de emergência e farol alto automático.

Design da Ranger será renovado no Brasil conforme esta versão da picape vendida na Tailândia (Divulgação/Ford)

Nosso informante não soube dar mais detalhes sobre a suspensão, mas o que se dizia no Salão era que o sistema sofreria alterações leves, apenas recalibragem de molas e amortecedores.

No interior, a versão de produção deverá exibir basicamente o mesmo tratamento estético aplicado ao EcoSport Storm, lançado no começo de 2018.

Ou seja, entram detalhes como quadro de instrumentos estilizado, filetes coloridos no painel, no console e nas forrações de portas e a assinatura Storm nos bancos.

Nosso informante também avisa que o catálogo de cores será ampliado. “O plano inicial era manter a cor laranja como única disponível para a versão Storm, mas o público do Salão deixou claro que essa não era a melhor estratégia”, disse.

A Ranger Storm estreia no último trimestre deste ano. Alguns meses depois, chega a Ranger Black, também mostrada no Salão de 2018. Detalhe: ambas devem contar já com o visual reestilizado a ser adotado pelo restante da gama no mesmo período.

Ficha técnica

Estreia: Último trimestre de 2019
Preço: R$ 200.000 (estimado)
Os rivais: Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Nissan Frontier
O que é legal: Baseada na versão top de linha, Limited, terá um rico pacote de equipamentos de série.

6. RAM 1500

Picape virá com motor V6 diesel atualizado (Divulgação/Ram)

Demorou, mas a FCA enfim venderá no Brasil a RAM 1500. A marca precisou esperar o lançamento da nova geração da picape, desenvolvida para ser um produto global, para bater o martelo em sua importação dos Estados Unidos.

A ideia é fazer dela uma opção mais acessível à mexicana RAM 2500, de R$ 249.900. Além do preço por volta dos R$200.000, não exige carteira C como a maior.

As diferenças continuam na mecânica. Em vez do enorme seis cilindros 6.7 de 330 cv e 102 mkgf de torque, ela chegará com uma versão atualizada do motor V6 3.0 EcoDiesel, que hoje gera 241 cv e 56 mkgf no Jeep Grand Cherokee.

Multimídia comanda som e ar-condicionado (Ram/Divulgação)

Se a mecânica e seu possível preço colocam a RAM 1500 no patamar de VW Amarok V6 e da Mercedes Classe X V6, a picape americana se impõe pelo tamanho.

São 5,92 m de comprimento e 2,08 m de largura, contra 5,25 m e 1,95m, respectivamente, da Amarok.

É tão grande que o seletor do câmbio não fica no largo console central, mas sim abaixo do botão de ignição. O que mais chama a atenção por dentro, porém, é a central Uconnect, com tela de 12 polegadas instalada na vertical, à moda dos Tesla.

Ficha técnica

Estreia: quarto trimestre
Preço: entre R$ 200.000 e R$ 250.000 (estimado)
Os rivais: VW Amarok V6 e Mercedes Classe X V6
O que é legal: é uma picapona à moda americana, mas com mecânica – e preço – de picape média.

RAM 1500 deve ganhar uma irmã menor no Brasil nos próximos anos (Divulgação/Ram)

Se a RAM 1500 soa muito grande, saiba que a FCA está trabalhando em uma picape menor, de porte médio, como Chevrolet S10 e Toyota Hilux, que será posicionada imediatamente acima da Fiat Toro.

O modelo é conhecido internamente como “metric ton pick-up truck”, ou simplesmente… “picape de uma tonelada”, que já crava que a nova picape terá a mesma capacidade de carga de uma Fiat Toro equipada com motor 2.0 diesel, de 170 cv.

O nome RAM 1200 já está em uso no Oriente Médio: trata-se de uma versão simplificada da Mitsubishi L200.

E a FCA não descarta que o modelo japonês servirá de base para a nova picape, por ser mais fácil aproveitar uma parceria já estabelecida do que desenvolver um novo chassi do zero.

A nova picape poderá receber o mesmo V6 da RAM 1500 e o 2.0 da Toro. Global, deverá ser apresentada nos EUA em 2020 como modelo 2021. Chega ao Brasil entre 2021 e 2022.

Dela, a FCA ainda deve gerar um segundo modelo, a ser vendido com o logotipo da Fiat, posicionado numa faixa de preços inferior, voltada ao mercado de frotas.

Volkswagen Tarok será a primeira rival direta da Toro (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Fiat Toro que se cuide. A picape mais vendida do Brasil terá que lidar com a pressão da Volkswagen Tarok a partir do início de 2020, quando começa sua produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR).

Enquanto a Toro é baseada no Jeep Renegade, a Tarok usará a mesma base do Tarek, SUV médio com lançamento previsto para o último trimestre e que ocupará o espaço entre o T-Cross e o Tiguan.

Mas terá suspensão traseira multilink, que o Golf e o Jetta 1.4 não têm.

Tarok terá opção de quadro de instrumentos digital (Volkswagen/Divulgação)

Além de capacidade de carga de 1 tonelada, ele poderá manter um dos principais destaques do seu conceito: um acesso da caçamba para a cabine e bancos traseiros rebatíveis, o que permitirá o transporte de volumes mais longos.

Seu motor será o 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 mkgf de torque, combinado principalmente com o câmbio automático de seis marchas, mas o manual também estará disponível. Como opcional, terá o sistema de tração integral 4Motion.

Ficha técnica

Estreia: início de 2020
Preço: entre R$ 100.000 a R$ 300.000 (estimado)
Os rivais: Fiat Toro e Renault Oroch
O que é legal:Uma picape intermediária versátil e com tecnologias do Polo.

Motor V6 3.0 ficará mais potente na linha 2020 (Volkswagen/Divulgação)

A Volkswagen Amarok não deixará a Mercedes Classe X assumir o posto de picape mais potente do Brasil sozinha. Em resposta, a única picape média com motor V6 vendida hoje no país ficará ainda mais potente para a linha 2020. 

Hoje o motor 3.0 que equipa as versões Highline e Extreme gera 225 cv, podendo chegar a 245 cv por alguns momentos com a função Overboost.

A nova versão, já disponível na Europa, terá 258 cv, assim como a picape Mercedes, mas pode chegar aos 272 cv com Overboost.

Em vez de uma nova geração, a Mitsubishi aposta num facelift contundente para a L200 (Mitsubishi/Divulgação)

Contagem regressiva! Fãs de L200 Triton – e de picapes em geral – estão contando as horas (e as economias) para a estreia do novo modelo, prevista para ocorrer ao longo do segundo trimestre de 2020.

Os detratores alegarão se tratar de um mero facelift, não de uma nova geração. Eles têm lá sua razão.

A dianteira absolutamente nova exibe um resultado tão mais impactante que o do modelo atual que a impressão é de que se trata de uma picape inteiramente inédita. Ou seja, é um facelift com cara de virada de geração.

A grade superior vive em harmonia visual com os faróis, mais afilados e com bloco óptico modernizado, com direito a projetores do tipo canhão e filetes de led cumprindo a função de DRL (luz de rodagem diurna).

Os faróis de neblina foram posicionados mais nas extremidades do para-choque, emoldurados por enormes apliques em forma de colchetes cromados.

Ou seja, deixam o atual jeitão de acessório colocado em loja e passam a ser mais integrados, assumindo papel importante na composição do design.

O interior permanece quase igual (Mitsubishi/Divulgação)

Por dentro, apenas um tratamento leve de atualização, com uma central multimídia mais moderna (com Apple CarPlay e Android Auto), volante com novo desenho e quadro de instrumentos com grafismo esportivo.

No conjunto de força, quase tudo igual. O motor 2.4 turbodiesel deve continuar em campo, mas tocado por um câmbio de seis marchas – o atual tem cinco –, sepultando as esperanças de quem aguardava a caixa de oito marchas do Pajero Sport.

Outra novidade da L200 é o ar-condicionado (digital e com ajuste independente para motorista e passageiro) com dois difusores no teto que direcionam o ar resfriado da dianteira para a traseira.

Ficha técnica

Estreia: segundo trimestre de 2020
Preço: R$ 180.000 (estimado para a versão top de linha)
Os rivais: Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10
O que é legal: Nem sempre uma virada de mesa em termos de design exige uma nova geração

Facelift da Toro deve seguir padrão visual dianteiro do conceito Fastback (Du Oliveira/Quatro Rodas)

O conceito Fiat Fastback, mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado como uma proposta de SUV cupê, será produzido. Mas não sem antes inspirar a reestilização da Fiat Toro, que lhe emprestará a plataforma e a mecânica.

O excêntrico conjunto óptico dianteiro em três níveis será mantido, mas as luzes diurnas de led terão dois recortes, enquanto os faróis, imediatamente abaixo, passam a ser mais estreitos, para ficarem alinhados com os vincos cromados da nova grade.

O para-choque ganhará um friso cromado, o que deslocará os faróis de neblina para cima. Por fim, o logotipo da Fiat se resumirá às letras na grade.

Com lançamento previsto para junho de 2020, a nova Fiat Toro será responsável por estrear no Brasil o motor T4, um 1.3 Firefly turbo com injeção direta, que na Europa gera 180 cv e 27,5 mkgf.

Ele enterra, de uma só vez, os atuais 1.8 E.torQ de 139 cv e 2.4 Tigershark de 186 cv. Em seguida, esse motor será usado no Jeep Compass.

Estreia: junho de 2020
Preço: entre R$ 100.000 a R$ 160.000
Os rivais: Volkswagen Tarok e Renault Oroch
O que é legal: Terá motor mais potente e, principalmente, mais econômico.

Picapes Peugeot chegarão em meados de 2021 (Peugeot/Divulgação)

Sem picapes à venda no Brasil desde 2014, quando a pequena Hoggar saiu de linha, a Peugeot começou a testar picapes médias vendidas por aqui.

Ela tem motivo: está desenvolvendo com a Changan, uma de suas parceiras na China, uma média de cabine dupla inédita, que será vendida na China, na América Latina e até na Europa.

Sua base é a Kaicene F70, que ainda nem foi lançada na China, mas já foi flagrada com grade da Peugeot e novos faróis.

A versão com toque francês terá acabamento refinado (com direito a tela flutuante no painel) e mais equipamentos de segurança para ser vendida na Europa.

A F70 tem 5,33 m de comprimento, 1,92 m de largura, 1,88 m de altura e 3,18 m de comprimento, e terá motores 1.9 e 2.5 turbodiesel. Antes de fazer o novo modelo na fábrica de El Palomar, na Argentina, a Peugeot precisará fazer um investimento.

Hoje a unidade está se atualizando para fazer as novas gerações dos Peugeot 208 e 2008. Por isso, não chega antes de 2021.

Estreia: meados de 2021
Preço: entre R$ 140.000 a R$ 170.000 (estimado)
Os rivais: Chevrolet S10, Ford Ranger e Toyota Hilux
O que é legal: Uma picape com projeto chinês feita para agradar europeus e brasileiros.

A parceria entre Ford e Volkswagen irá gerar a Ford “Anti-Toro” (Ford/Divulgação)

A parceria entre Ford e Volkswagen, anunciada em junho de 2018, dará frutos entre os veículos comerciais das duas empresas: as próximas gerações de Ranger e Amarok, que devem chegar em 2022 e serão desenvolvidas pela Ford.

Depois, seria a vez dos furgões VW Caddy/Ford Transit Connect e VW Transporter/Ford Transit Custom compartilharem as plataformas. Os primeiros seriam derivados da matriz VW MQB. Os outros teriam estrutura Ford.

Fontes de QUATRO RODAS dizem que, logo após o início da parceria entre as duas empresas, um antigo projeto de picape intermediária voltou a ser analisado.

Se antes o problema seria a falta de demanda  que justificasse o investimento, agora a possibilidade de usar a Volkswagen Tarok poderia viabilizar o projeto.

A ideia é amortizar o custo de desenvolvimento, o que é a essência do acordo entre as duas fabricantes. Vale lembrar que a nova diretriz da Ford é focar em picapes e SUVs.

Se o projeto, ainda em estágio embrionário, for para a frente, a nova picape só chegaria em 2023. Mas ainda há um grande ponto de interrogação sobre onde seria produzida.

Estreia: 2023
Preço: entre R$ 100.000 a R$ 130.000 (estimado)
Os rivais: Fiat Toro, Volkswagen Tarok e Renault Oroch
O que é legal: Uma picape com projeto chinês feita para agradar europeus e brasileiros.

Picapes Hyundai estão previstas para chegar em 2025 (Hyundai/Divulgação)

Foi no Salão de Detroit de 2015 que a Hyundai ensaiou pela primeira vez como seria uma possível picape média.

O conceito Santa Cruz fez tanto sucesso que ganhará uma versão de produção em 2020 no mercado americano, e que poderá também chegar por aqui.

Com carroceria monobloco, como a Fiat Toro e suas futuras concorrentes, a picape da Hyundai será baseada no New Tucson.

Por isso, os motores mais cotados são os 1.6 turbo com 204 cv e o 2.4 aspirado de 185 cv, ambos a gasolina – o conceito tinha um 2.0 turbodiesel de 190 cv.

Por causa da idade do conceito, a fabricante sul-coreana já assumiu que a versão de produção da Santa Cruz será muito diferente e estará alinhada com suas novas diretrizes de design.

Para checar a receptividade do mercado brasileiro, a Hyundai também apresentou aqui uma picape-conceito, a Creta STC, no Salão de São Paulo de 2016.

Por ora, a Hyundai não tem capacidade suficiente para produzir um novo carro na fábrica de Piracicaba (SP). A picape só sairia do papel após o lançamento da nova geração do Creta, entre o fim de 2020 e o começo de 2021.

Estreia: Após 2021
Preço: entre R$ 100.000 a R$ 170.000 (estimado)
Os rivais: Fiat Toro, Toyota Hilux e Chevrolet S10
O que é legal: Serão as primeiras picapes da Hyundai no mundo.

A picape média recebeu nova frente, mais imponente, antes de chegar no Brasil (JAC/Divulgação)

A JAC lançará sua primeira picape no Brasil no segundo semestre deste ano. A intenção da marca é vender uma picape média com motor turbodiesel e tração 4×4 pelo preço de picapes com motor flex.

Mais do que isso, há a promessa de que o modelo será a primeira picape comercializada no Brasil com versões 100% elétricas.

Na China, o modelo é vendido como Shuailing T8, mas chegará ao Brasil com um nome inédito, pois T8 já é o usado na van da marca por aqui.

O modelo é uma atualização da Frison T6, que QUATRO RODAS avaliou em 2018. As principais mudanças estão concentradas na dianteira, com grade maior e faróis mais estreitos, que passam a integrar as luzes diurnas de led.

Modelo tem até partida por botão (JAC/Divulgação)

O para-choque avançou para baixo, para acomodar a nova grade e os faróis de neblina mais largos.

Na lateral, as novidades ficam por conta das molduras plásticas na caixa de roda, que conferem aspecto mais robusto, e das novas rodas aro 17 diamantadas.

Mas a traseira pouco mudou: recebeu apenas novas lanternas que passam a ser iluminadas por leds.

A picape também mudou pouco por dentro, onde elementos que antes eram cinza agora têm tom de cobre. De novo, só a central multimídia atualizada e o sistema de partida por botão.

O único motor disponível na China é um 2.0 turbodiesel de 139 cv e 32,6 mkgf atuais, combinado com câmbio manual de seis marchas. A marca pretende aumentar a potência e ainda oferecer câmbio automático para o Brasil.

Se por um lado o projeto lembra as gerações anteriores das Mitsubishi L200 e Nissan Frontier, por outro as dimensões são equivalentes às picapes de hoje.

Tem 5,32 metros de comprimento e 3,10 m de entre-eixos, contra 5,33 m e 3,08 m da Toyota Hilux. Com preço na casa dos R$ 110.000, atenderia um público que precisa das picapes para o trabalho.

Ficha técnica

Estreia: segundo trimestre
Preço: R$ 110.000 e R$ 120.000 (estimado)
Os rivais: Toyota Hilux flex, Ford Ranger e Chevrolet S10
O que é legal: É uma picape diesel pelo preço das picapes médias flex.

Picape combina frente de Mobi e caçamba de Strada (Fábio Abreu Queiroz/Quatro Rodas)

Chamada anteriormente de Projeto X1P e 2810, a nova picape de entrada da Fiat está em estágio avançado de desenvolvimento.

Ela aproveitará a estrutura da Fiat Fiorino para garantir a suspensão traseira com eixo rígido e molas semielípticas – uma das características mais valorizadas na Fiat Strada.

Sua cabine terá muito em comum com Uno e Mobi, mas o design será uma mistura entre os estilos do Mobi e do Argo – e que deve marcar a reestilização de meia-vida do próprio Mobi.

Estará disponível em cabines simples e dupla, com motores 1.4 Evo de 88 cv e 1.3 Firefly de 109 cv. Sua apresentação deverá ficar para o começo de 2020.

Diz a Chevrolet que as novas saias laterais reduzem o barulho do vento com o carro em movimento (Divulgação/Chevrolet)

A General Motors declarou que a família de compactos baseada na plataforma GEM, cujo pontapé inicial será dado no segundo semestre deste ano pelo Chevrolet Onix Sedan – sucessor do prisma -, terá cinco diferentes tipos de carroceria.

Uma delas será uma picape, que substituirá a velha Montana e colocará a marca na moda das picapes intermediárias a partir de 2022.

Desenvolvida junto à SAIC, parceira da GM na China, a plataforma GEM é global. Contudo, a nova picape será um projeto local, que interessa mais aos países do Mercosul e México.

Entre seus destaques estará o motor 1.2 turbo CCS Prime, com injeção direta e cerca de 150 cv, que estreará com o novo Tracker em 2020.

 

Volkswagen Saveiro é atualmente desenvolvida a partir da costela do Gol (Acervo/Quatro Rodas)

Enquanto os atuais Gol e Voyage deixarão de ser produzidos em 2021 na fábrica de Taubaté (SP), dando lugar a uma família sucessora – que pode ou não manter os respectivos nome – a Saveiro que conhecemos terá um tempo a mais de vida na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

A marca precisa lançar, além da Tarok, dois novos SUVs compactos antes de pensar em uma nova picape compacta.

Enquanto a Tarok será baseada na plataforma MQB A (a mesma de Golf, Tiguan e Tarek), o mais plausível é que a nova geração da Saveiro adotará a MQB A0 (de Polo e Virtus).

Contudo, a intenção da Volkswagen é desvincular a nova picape de qualquer outro de seus modelos, tornando-a independente.

Fonte: Quatro Rodas

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