A Nissan vai rejeitar uma proposta de integração gerencial de sua parceira francesa, Renault, e pedirá uma relação de capital igual, disse o jornal japonês "Nikkei" nesta segunda-feira (22), citando fontes.
Segundo a publicação, a administração da montadora japonesa acha que a empresa não foi tratada como igual à Renault sob os laços existentes - a chamada aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, e uma fusão tornaria essa desigualdade permanente.
A Renault argumentou em sua proposta que uma integração maximizaria as sinergias dentro da aliança franco-japonesa, segundo o "Nikkei".
No fim de março, o jornal "Financial Times" havia informado a intenção da Renault de retomar as negociações de fusão com a Nissan dentro de 12 meses.
A união das montadoras seria uma ideia do brasileiro Carlos Ghosn, que foi preso em novembro passado sob acusação de irregularidades na Nissan.
Ghosn foi o criador da aliança entre as duas montadoras, iniciada em 1999, e era o comandante dela. Após ser preso, ele afirmou que é vítima de um complô dos diretores da Nissan, que não aceitavam a ideia da fusão.
Um porta-voz da Nissan se recusou a comentar, enquanto a Renault não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.