Nova geração do GLS está maior – e mais parecida com o GLE (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
O Mercedes GLS passou por sua primeira grande revolução desde seu lançamento, como Classe GL, em 2006.
Com carroceria maior, novas opções de motorização, sistema de entretenimento atualizado e funcionalidades surpreendentes, agora o modelo volta a poder ser chamado de Classe S dos SUVs. Ou quase isso.
Lanternas estreitas são regra na nova identidade de design da Mercedes (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Ao passar a seguir a nova linguagem de design da Mercedes, o novo GLS se transformou em algo como uma versão bombada do GLE. Conjuntos ópticos (especialmente as lanternas, estreitinhas) são bem parecidos, mas o GLS tem capô mais longo e grade menor.
A relação com o GLE é ainda mais forte dentro do carro. O Mercedes GLS usa o mesmo quadro de instrumentos, com direito às duas telas gêmeas: uma para o quadro de instrumentos e outra para os sistemas de entretenimento.
Painel é o mesmo do GLE, mas o console central muda no GLS (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
É uma evolução e tanto para o modelo, cujo interior parecia antiquado há alguns anos. Agora ele passa a usar interface MBUX, que tem recursos de inteligência artificial capaz de aprender a rotina do usuário e até mesmo sugerir ações.
A central eletrônica integra comandos para todas as partes do veículo. Por ali é possível até mesmo ativar um modo de funcionamento exclusivo para lava a jatos – o estabelecimento, não a operação.
Agora todos os bancos são operados eletricamente, inclusive os da terceira fila (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
Ao ativar esta função, a suspensão assume sua posição mais alta, o que, por conta da sua geometria, torna o carro mais estreito e ainda facilita a limpeza das caixas de roda.
Os espelhos retrovisores se dobram, as janelas e o teto solar se fecham, os sensores de chuva são desligados para que os limpadores são sejam ativados e o ar-condicionado ativa o modo de recirculação do ar.
Além disso, após oito segundos as câmeras 360 graus são ativadas para facilitar o deslocamento do carro pelo lava a jato. Tudo volta ao normal quando o carro atinge os 20 km/h.
Bancos rebatidos formam assoalho plano e garante 2.400 litros de capacidade (Divulgação/Mercedes-Benz)
Mais inteligente, o SUV de sete lugares da Mercedes também está maior para todos os lados.
Cresceu 7,7 cm no comprimento, chegando a 5,21 m, além de estar 2,2 cm mais largo e ter ganhado 6 cm no entre-eixos, totalizando 3,14 m – mais que uma picape média.
Não à toa, a Mercedes afirma que a terceira fileira de assentos pode acomodar com conforto pessoas com até 1,94 m de altura.
Isso, claro, valendo-se dos comandos elétricos para a segunda e a terceira fileira de assentos, uma das novidades desta nova geração. Com elas rebatidas o compartimento de carga chega a 2.400 litros de capacidade.
– (Divulgação/Mercedes-Benz)
A Mercedes ainda oferece versão de seis lugares, na qual a terceira fileira tem dois assentos individuais e mais confortáveis.
O novo Mercedes GLS também faz bom uso do sistema elétrico de 48 volts. Ele é usado pela suspensão adaptativa E-Active Body Control, opcional, que promete ser mais ágil, confortável e dar melhor controle da carroceria no off-road.
O sistema padrão é a suspensão pneumática Airmatic, que também é adaptativa.
– (Divulgação/Mercedes-Benz)
O sistema de 48 volts também dá suporte aos motores a combustão em algumas versões.
No GLS 580, o motor V8 4.0 gera 489 cv e 71,4 mkgf de torque e ainda ganha impulso extra do sistema EQ Boost, com motor elétrico que também funciona como motor de partida que gera 25,5 mkgf e 22 cv.
– (Divulgação/Mercedes-Benz)
Essa combinação também é oferecida no GLS 450, com motor seis cilindros 3.0 de 367 cv e 51 mkgf.
No Brasil, porém, as chances de receber o novo motor seis cilindros 2.9 são maiores. Agora o GLS 350d tem 286 cv e 61,2 mkgf enquanto o GLS 400d tem 330 cv e 71,4 mkgf. O câmbio é sempre o 9G-Tronic, automático de nove marchas.
O GLS ainda terá versões AMG e Maybach com motores turbo mais potentes.