Novidades

18 ABR

O dia em que participamos de um rali com uma picape Jeep Willys 1965

QUATRO RODAS dirigiu o Jeep Willys 1695 (Leonardo Azevedo/Quatro Rodas)

Com a trégua da chuva, o seis-cilindros de 2,6 litros urrava a 4.400 rpm, rotação de potência máxima. Na planilha, uma placa azul servia de referência para o próximo posto de controle. Uma luz vermelha se acende no painel.

A fumaça saindo pelo capô anunciava que as nossas chances de vitória tinham acabado.

O mau tempo castigava a equipe QUATRO RODAS desde o Teatro Municipal de São Paulo, ponto inicial da Copa Paulista de Rallye Histórico.

Organizado pela restauradora Rusty Barn em fevereiro, o rali de regularidade percorreu no total 450 km até Caçapava (SP), sede do Museu do Automóvel, fundado em 1963 pelo famoso colecionador Roberto Lee.

Após 450 km ao volante, nosso repórter cumpriu sua missão (Leonardo Azevedo/Quatro Rodas)

No rali de regularidade, pouco importa a velocidade. O navegador orienta o piloto a manter uma média horária baseada no trajeto e nos pontos de controle indicados na planilha.

Para melhor controle, é permitido o uso de cronômetros e de um aplicativo específico para sistema Android.

Nossa Willys Pick-Up Jeep integrou o pelotão de 35 antigos inscritos. O evento também foi aberto a carros de menos de 30 anos com potencial para se tornar um clássico.

Para cruzar o Vale do Paraíba, o pré-requisito era estar em perfeita condição mecânica. Ou quase, já que a bateria da nossa picape insistia em arriar a cada partida.

A planilha indica o caminho e as distâncias exatas para o piloto se manter dentro do tempo (Leonardo Azevedo/Quatro Rodas)

Entre os mais antigos, estavam Ford Thunderbird 1956, Buick LeSabre 1959 e Chevrolet Corvette 1959. Nos destaques da década seguinte, havia os Ford Mustang e europeus como Renault 8 1965 e Alfa Giulia GT 1967.

Os nacionais Envemo Super 90 1981 e Alfa Romeo 2300 ti 1983 contrastavam com Porsche 911 Carrera 1975 e Mercedes 190 E 2.3-16 1988, raridades que podem passar dos R$ 400.000.

Após a largada, atravessamos o centro de São Paulo em direção ao interior, sempre nos limites da via.

Parecíamos um peixe fora d’água na Rodovia Ayrton Senna, onde o câmbio de três marchas limitou a velocidade de cruzeiro a 80 km/h, apesar de o limite da estrada ser de 120 km/h.

A largada no Teatro Municipal e a chegada ao Museu Roberto Lee: a história motorizada (Leonardo Azevedo/Quatro Rodas)

Os 70 anos do projeto original ficaram evidentes assim que ultrapassamos os 100 km/h. Sobrecarregada, a correia de acionamento do dínamo e da bomba d’água rompeu-se.

O reparo no acostamento custou 20 preciosos minutos, que não poderiam mais ser compensados, já que o próximo trecho entre Mogi das Cruzes e Salesópolis seria em pista simples limitada a 70 km/h.

Mas só o fato de terminar a prova já seria uma vitória. Por isso decidimos curtir o passeio.

A Willys brilha abaixo dos 80 km/h. Quase sem folga, a direção não é assistida, exigindo pouco esforço e muitas voltas. O câmbio tem engates precisos e a falta de sincronização na primeira não chega a ser um problema.

Veteranos experientes: BMW E21, 911 Targa e Alfa 2300 (Leonardo Azevedo/Quatro Rodas)

Os freios a tambor exigem atenção em frenagens sucessivas e os eixos rígidos demandam cautela no asfalto irregular. Os 18,6 mkgf a 2.000 rpm e 90 cv a 4.400 rpm são mais que suficientes para impulsionar seus 1.530 kg.

O ronco do seis-cilindros empolga e assim contornamos velozmente as curvas até São José dos Campos. Nem a baixa aderência dos pneus lameiros diagonais 6.50 16 estragou o prazer de dirigir aquele enorme utilitário.

Renault 8, réplica de AC Cobra (Leonardo Azevedo/Quatro Rodas)

Paramos para o almoço mais à frente e retornamos para a segunda etapa, pela Rodovia dos Tamoios.

A alegria de conduzir a Willys por uma via de pista simples voltou assim que pegamos a estrada de Jambeiro a Caçapava. Com problemas mecânicos, o LeSabre 1959 foi o único a não terminar a prova.

Isso nos poupou de ficar na última colocação da categoria, mas ainda assim fomos ovacionados pelo público em Caçapava: nada melhor para enaltecer o lema de que “carro parado não conta história”.

Quem quiser participar das próximas quatro etapas da Copa Paulista de Rallye Histórico (11/04 a 9/11) deve ter um carro antigo ou neocolecionável e pagar a inscrição de R$ 450 no site http://www.cprh.com.br.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

18 MAR
Chevrolet Tracker 2021 é econômico. Só não espere chegar tão longe com ele

Chevrolet Tracker 2021 é econômico. Só não espere chegar tão longe com ele

– (Divulgação/Chevrolet)Uma das grandes apostas da GM ao lançar a nova geração do Chevrolet Tracker é divulgar a eficiência dos motores 1.0 e 1.2 três-cilindros turbo que equipam as seis versões do SUV compacto.Também pudera: segundo o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, a configuração com motor de menor capacidade cúbica é a mais econômica do segmento rodando na cidade com gasolina no tanque.Na estrada, os números tanto do Tracker 1.0 quanto do 1.2 são inferiores... Leia mais
18 MAR
Pneu do futuro será conectado à rede 5G se comunicará com o seu carro

Pneu do futuro será conectado à rede 5G se comunicará com o seu carro

Sensor é instalado na banda de rodagem do pneu (Pirelli/Divulgação)Até agora, os projetos de veículos com recursos de direção autônoma têm empregado essencialmente câmeras para reconhecer o ambiente das ruas, detectando pedestres, outros veículos e as condições das vias.Novos sistemas que usam sensores instalados nos pneus, porém, prometem fornecer informações igualmente importantes e bastante precisas de outros parâmetros relevantes para a orientação dos veículos e dos... Leia mais
18 MAR
Conheça os verdadeiros (e inusitados) donos das marcas mais vendidas

Conheça os verdadeiros (e inusitados) donos das marcas mais vendidas

– (Divulgação/Chevrolet)Você sabia que Honda e Toyota são controladas por bancos? E, como assim, uma mesma família é dona de Fiat e Jeep – que têm relação até com o clube de futebol italiano Juventus?Veja abaixo quem manda nas marcas de automóveis mais vendidas no Brasil:– (Christian Castanho/Quatro Rodas)O atual líder do mercado brasileiro foi adquirido definitivamente pela General Motors em 1918. A marca da gravata dourada está no Brasil desde 1925, quando começou a... Leia mais
17 MAR
Toyota Corona veio da Ásia como ameaça, mas foi exterminado pelo Corolla

Toyota Corona veio da Ásia como ameaça, mas foi exterminado pelo Corolla

Em tempos de pandemia do coronavírus, QUATRO RODAS resolveu relembrar a curiosa história do Toyota Corona. Posicionado entre Corolla e Camry, o sedã médio-grande foi lançado no Brasil em 1993, originário da Ásia (assim como o surto).Seguiu vivo até 98, quando acabou exterminado pelo próprio Corolla, que cresceu em dimensões e o deixou sem espaço. Acabou descontinuado mundialmente dois anos mais tarde. Relembre o que falamos do Corona quase 24 anos atrás:Reportagem e teste feitos... Leia mais
17 MAR
VW estuda paralisar produção e dar férias a 7.000 por risco do coronavírus

VW estuda paralisar produção e dar férias a 7.000 por risco do coronavírus

Unidade é responsável, atualmente, pela produção de Polo, Virtus e Saveiro (Divulgação/Volkswagen)A Volkswagen deverá interromper as operações de sua maior fábrica no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), por conta da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.De acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Segundo a entidade, cerca de 7.000 dos 9.000 trabalhadores do complexo serão liberados no dia 31 de março, com retorno previsto somente para 13 de... Leia mais
17 MAR
Novo coronavírus: como higienizar seu carro para evitar o contágio

Novo coronavírus: como higienizar seu carro para evitar o contágio

Limpeza das superfícies com álcool isopropílico é uma das precauções do motorista (Reprodução/Internet)Um dos cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em meio à pandemia do novo coronavírus que assola o mundo é manter os ambientes higienizados.Nesta esteira, QUATRO RODAS foi atrás de especialistas em higienização automotiva para saber os cuidados necessários que os motoristas devem tomar com seus carros a fim de minimizar os riscos de contágio.Para... Leia mais