Visual do Corolla híbrido europeu será o mesmo adotado pelo híbrido flex brasileiro (Divulgação/Toyota)
A Toyota confirmou na manhã desta quarta-feira (17), em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo estadual de São Paulo), com direito a presença do governador, João Doria, que o primeiro veículo híbrido flex de sua história, e também no mundo, será mesmo o Corolla.
Mais do que isso: ratificou que o sedã médio trocará de geração, ganhando a plataforma modular global TNGA, e que todas essas novidade serão lançadas no mercado brasileiro no último trimestre deste ano.
Design é mais conservador que o da esportiva versão americana (Divulgação/Toyota)
Embora aguardada, a notícia não chega a ser tão impactante para quem acompanha QUATRO RODAS.
Nossa equipe já havia antecipado que o Corolla seria o responsável por estrear a tecnologia híbrida flex da fabricante japonesa, e que a fábrica de Indaiatuba (SP) já estava recebendo atualizações para iniciar o fabrico do modelo ainda em 2019.
Segundo a Toyota, o complexo localizado no interior paulista recebeu R$ 1 bilhão em investimentos para receber a nova matriz veicular que servirá como base para a 12ª geração do Corolla. Nossa reportagem pode afirmar que o lançamento ocorrerá em outubro.
Motor 1.8 trabalha junto a um elétrico cuja energia é regenerada pelo próprio motor a combustão ou durante as frenagens (Divulgação/Toyota)
Entretanto, conforme revelado com exclusividade pelo então presidente da marca na América Latina, Steve St. Angelo, durante o Salão de Detroit, em janeiro, o motor híbrido flex virá inicialmente importado do Japão.
A Toyota mantém segredo sobre as especificações técnicas do propulsor, mas espera-se pelo uso do mesmo 1.8 de ciclo Atkinson e auxiliado por motor elétrico do Prius, porém com as devidas adaptações para aceitar a injeção de gasolinam, etanol ou os dois misturados.
Dessa forma, o Corola híbrido flex será um híbrido puro, ou seja, sem recarga externa. E a potência tende ficar acima dos 122 cv combinados gerados pelo 1.8 híbrido a gasolina no Prius.
Além disso, a tecnologia permitirá à Toyota obter descontos em IPI e outros incentivos fiscais dentro do programa Rota 2030.
Novo desenho do painel romperá completamente com a geração atual do modelo. (Divulgação/Toyota)
Ainda de acordo com a marca, os índices de abatimento da emissão de CO² na atmosfera com a combinação etanol mais motor elétrico estão “entre os melhores do mundo”.
Caso a tecnologia seja assimilada e aceita pelos consumidores brasileiros, é bem possível – para não dizer provável – que a Toyota decida nacionalizar a produção do motor e inclui-lo em outros modelos.
Vale menção especial um SUV compacto que vem sendo desenvolvido para ganhar o mercado nacional em 2021.