Novidades

04 ABR

Estudos nos EUA e na Europa defendem eficácia dos radares na redução de acidentes e mortes

O governo federal suspendeu a instalação de novos radares em rodovias federais não concedidas à iniciativa privada para revisar a necessidade desses equipamentos. A fiscalização eletrônica é defendida em dois estudos internacionais como uma das formas de prevenir acidentes.

O Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), organização independente financiada pelas seguradoras americanas, apontou em 2014 que a instalação de radares levou a uma mudança de longo prazo no comportamento de motoristas e à "redução substancial" de mortes e ferimentos no condado de Montgomery, próximo a Washington, nos Estados Unidos.

"Radares de velocidade fazem com que os motoristas tirem o pé do acelerador, e é menos provável que as batidas sejam fatais a velocidades mais baixas", disse em nota Adrian Lund, presidente do instituto.

A comunidade começou a receber mecanismos de contle de velocidade em 2007 e, em 2014, contava com 56 câmeras fixas, 30 câmeras portáteis e 6 vans de controle. Na área residencial, o limite de velocidade permitido era de 35 mph (56 km/h).

O IIHS analisou o programa durante o seu primeiro ano e constatou que, já nos primeiros 6 meses, houve redução da proporção de motoristas que dirigiam a ao menos mais de 10 mph (16 km/h) acima do limite nas ruas onde as câmeras foram instaladas.

O estudo também comparou os acidentes ocorridos nessas estradas monitoradas com estradas similares nas proximidades de Virgínia que não tinham câmeras. Foi constatado que a probabilidade de morte ou lesão incapacitante nas colisões era 19% menor em Montgomery.

Corredores de câmeras

O estudo mostrou ainda que, embora a presença de câmeras, por si só, seja eficaz para melhorar a segurança no trânsito, há uma maneira mais eficiente de controlar a velocidade dos motoristas.

Em 2012, Montgomery implementou os chamados "corredores" de câmera de velocidade. Nesse sistema, as câmeras monitoram não um ponto específico, mas um longo trajeto da estrada. Elas são movidas de lugar periodicamente, para que os motoristas não memorizem onde estão instaladas.

Os pesquisadores concluíram que, sob esse sistema, a probabilidade de um acidente levar à morte ou a algum ferimento incapacitante caiu em 30% em relação a instalação das câmeras, simplesmente.

"Os corredores forçam os motoristas a observar sua velocidade durante toda a estrada, em vez de brecar em um local específico e depois voltar a acelerar", diz Anne McCartt, vice-presidente sênior de pesquisa e uma das autoras do estudo.

No geral, o programa (incluindo as câmeras fixas e corredores) reduz o risco de mortes ou ferimentos incapacitantes no trânsito em 39% nas estradas de área residencial com limites de velocidade de 25 a 35 mph (40 e 56 km/h, respectivamente) - o que, em escala, representaria 21 mil vítimas a menos graças aos radares em todo os Estados Unidos, de acordo com o estudo.

Exemplos da Austrália e Grã-Bretanha

Em uma publicação de 2005, o IIHS também cita resultados de longo prazo em programas de controle de velocidade por radares na Grã-Bretanha e no estado de Victoria, na Austrália.

Segundo o instituto, Victoria adota radares desde 1985 e a Grã-Bretanha, desde 1991. Ambos tinham cerca de 4,5 mil câmeras instaladas no início dos anos 2000.

De acordo com IIHS, a proporção de motoristas que dirigem acima dos limites de velocidade diminuiu em até 66% em Victoria e em cerca de 32% na Grã-Bretanha desde o início dos programas. No primeiro, o número de acidentes caiu de 6% a 35%, dependendo do ponto analisado. No segundo, a redução de mortes e ferimentos foi de aproximadamente 40%.

A London School of Economics and Political Science (LSE) obteve resultados parecidos com o do instituto norte-americano.

O universidade britânica analisou cerca de 2,5 mil pontos monitorados na Inglaterra, na Escócia e no País de Gales, baseado em órgãos locais e no Departamento de Transporte (DfT).

Segundo a universidade britânica, de 1992 a 2016, o número de acidentes nesses países caiu em até 39%, enquanto o número de mortes diminuiu até 68% no perímetro de 500 metros dos novos radares de velocidade instalados.

A cerca de 1,5 km das câmeras, os acidentes voltam a ser mais recorrentes. Por isso, o estudo sugere a cobertura de uma área maior pela fiscalização - como os "corredores" de Montgomery citados no relatório do IIHS.

De acordo com Cheng Keat Tang, que liderou as pesquisas, “o estudo mostra claramente que as câmeras de velocidade reduzem tanto o número quanto a gravidade dos acidentes de trânsito".

"Dado o grande número de acidentes fatais que acontecem em nossas estradas a cada ano, a introdução de mais câmeras poderia salvar centenas de vidas anualmente e tornar nossas estradas mais seguras para os usuários", completou.

Fonte: G1

Mais Novidades

30 SET
VW T-Sport: cinco detalhes que o primeiro flagra do SUV cupê revelou

VW T-Sport: cinco detalhes que o primeiro flagra do SUV cupê revelou

Eis o primeiro flagra do VW New Urban Coupé, o provável T-Sport (Revista Carro/Internet)Passaram-se três meses desde que QUATRO RODAS avisou que a Volkswagen preparava a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) para produzir um SUV cupê derivado do Polo.Desde então, a fabricante já confirmou um investimento de R$ 2,4 bilhões no complexo da rodovia Anchieta e exibiu o primeiro esboço oficial do modelo, chamado provisoriamente de New Urban Coupé, mas cujo código interno é o VW270 CUV e... Leia mais
27 SET
Autodefesa: freios do Renault Kwid empenam, falham e geram até acidente

Autodefesa: freios do Renault Kwid empenam, falham e geram até acidente

Eduardo Bonifácio: troca de discos após 5.000 km (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)Desde que foi lançado no Brasil, em agosto de 2017, o Renault Kwid causou polêmica por causa dos freios. Começou com um recall (trincas que provocavam mau funcionamento) e prosseguiu com reclamações de proprietários que criticam a substituição precoce de peças e a eficiência reduzida.Tais problemas também afetaram o Kwid do nosso teste de Longa Duração (as pastilhas duraram só 20.000 km, contra... Leia mais
27 SET
Toyota passa a ter 20% da Subaru e se torna a maior acionista da empresa

Toyota passa a ter 20% da Subaru e se torna a maior acionista da empresa

As fabricantes japonesas Toyota e Subaru modificaram os termos de sua aliança, firmada em 2005. O novo acordo foi divulgado nesta sexta-feira (27) e inclui a compra de 80 bilhões de ienes de ações entre as empresas. Na cotação do dia, a quantia é equivalente a R$ 3,07 bilhões. Com a movimentação, a Toyota passa a ser dona de 20% da Subaru, e se torna a maior acionista da empresa. Até então, a participação era de cerca de 17%. Há um mês, Toyota a Suzuki anunciaram... Leia mais
27 SET
Koenigsegg Regera leva 31,49 segundos para ir a 400 km/h e frear completamente

Koenigsegg Regera leva 31,49 segundos para ir a 400 km/h e frear completamente

A Koenigsegg anunciou nesta sexta-feira (27) que seu superesportivo Regera acelerou de 0 a 400 km/h e depois parou por completo em 31,49 segundos, em teste realizado no início da semana, na pista de Rada, na Suécia. Com o resultado, a montadora reivindica a quebra do próprio recorde registrado com um Agera RS em 2017. Dois anos atrás, o Agera fez de 0-400-0 km/h em 33,29 segundos, ou seja, o Regera conseguiu ser 1,8 segundo mais rápido que seu antecessor. No entanto, a empresa... Leia mais
27 SET
Os recalls de carro no Brasil em 2019

Os recalls de carro no Brasil em 2019

– (Divulgação/Chevrolet)Confira a lista de todos os recalls realizados em 2019:A Porsche convocou 46 unidades de Panamera, Boxter, Cayman e 911 por falha nos airbags. Mais informações no site da marca.A Ford anunciou recall de 146.290 unidades de Ecosport, Ka e Ka Sedan por falha na trava do mecanismo de reclinação manual do encosto dos bancos dianteiros. Confira detalhes aqui.A Audi chamou 753 unidades de RSQ3 e Q3 devido a uma falha nas setas dianteiras. Mais detalhes aqui.A Ford... Leia mais
27 SET

Maior e mais confortável, Novo Onix chama atenção pelo espaço interno

Carro mais vendido do Brasil, o Onix chega ao mercado com muitas novidades, da tecnologia ao design. Uma das mudanças na versão 2020 é no tamanho. O carro está maior, seja o hatch ou sedã. Com as novas dimensões, o Onix se destaca pelo amplo espaço interno, um dos maiores da categoria. Praticamente todas as medidas do Novo Onix estão maiores, especialmente a largura, a distância entre-eixos e o comprimento. O sedã, que passa a ser chamado de Onix Plus, agora tem 1.746 mm de... Leia mais