O monóxido de carbono é um dos gases emitidos pelo escapamento (Divulgação/Ford)
Problema afeta principalmente a penúltima geração do Explorer (Divulgação/Ford)
Tem muita gente que é tão fã de um carro que se considera doente por determinado modelo. O problema é que muitos donos do Ford Explorer estão ficando — literalmente — adoecidos por causa de seus carros.
Segundo a agência Bloomberg, milhares de clientes do Explorer (que acabou de trocar de geração) têm reclamado de sonolência, fadiga e dores de cabeça provocadas pelo automóvel.
Os gases entrariam pela porção traseira do carro (Divulgação/Ford)
Os proprietários relatam que foram diagnosticados com intoxicação por monóxido de carbono. Esse gás inodoro e incolor é um dos produtos que o carro emite pelo escapamento, e pode ser fatal em caso de inalação excessiva.
Segundo os donos do Explorer, passageiros da segunda e terceira fileira do SUV chegam a sentir um cheiro incomum (provocado por outros gases emitidos juntos ao monóxido de carbono) quando o carro está com os vidros fechados e o sistema de ventilação acionado.
Um proprietário entrevistado pela Bloomberg chegou a colocar um detector de monóxido de carbono na última fileira de bancos de seu Explorer, e afirmou ao veículo que o aparelho alerta o excesso de gases ao menos uma vez por semana.
O monóxido de carbono é um dos gases emitidos pelo escapamento (Divulgação/Ford)
Segundo especialistas o problema acontece quando o sistema de ventilação do Explorer está com a recirculação acionada.
Nessa situação forma-se uma área de baixa pressão na parte posterior da cabine, permitindo a entrada de gases do escapamento para dentro do carro.
Em 2017 a Ford enfrentou o mesmo problema com o Explorer, mas na versão policial do SUV. Na ocasião, a marca afirmou que furações extras para passar o cabeamento de luzes e sirenes abriam caminho para os gases externos.
Advogados dos clientes afetados, porém, afirmam que se trata do mesmo problema.
A Ford afirmou à Bloomberg que está acompanhando caso a caso e já recomprou 50 Explorer de clientes entre 2011 e 2016 como sinal de boa vontade.