Novidades

28 MAR

Mercedes 600: o carro unanimidade entre artistas, ditadores e o Papa

Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip em Munique a bordo do Mercedes 600 Landaulet, 1966 (Divulgação/Mercedes-Benz)

O que o Saddam Hussein, David Bowie, Pablo Escobar e o Papa Paulo VI tinham em comum? O gosto refinado para carros. 

Eles fazem parte do rol de personalidades que tiveram um exclusivíssimo Mercedes 600 à disposição na garagem.

Versão Pullman tem 3,9 m de entre-eixos (Divulgação/Mercedes-Benz)

Lançado em 1963, o Mercedes 600 foi o carro mais luxuoso e caro do mundo em seu tempo. Também era o mais complexo.

Suspensão era pneumática e amortecedores tinham pressão ajustável (Divulgação/Mercedes-Benz)

Entre os mimos, estavam a abertura e fechamento automático do porta-malas, trava das portas e tampa do tanque, além da automatização do ajuste dos bancos, da abertura do teto solar e dos vidros das portas.

Elton John teve seu Mercedes 600 (Reprodução/Internet)

Na falta de sistemas elétricos robustos e confiáveis, tudo isso era operado por um sistema hidráulico concentrado no porta-malas.

Até os comandos do ar-condicionado eram hidráulicos e havia um sistema engenhoso para desligar o freio de estacionamento ao ligar o motor.

Isso quando ter direção hidráulica já era luxo.

Kit de reparo do sistema hidráulico ainda incluía mangueiras sobressalentes (Reprodução/Internet)

O sistema era operado por óleo mineral pressurizado a 220 bar (praticamente a mesma pressão usada em kits de GNV).

Era um equipamento feito para durar nunca dar problema, mas havia um kit de reparos no porta-malas.

Apesar do tamanho do carro, o espaço reservado para o motorista não era dos melhores (Divulgação/Mercedes-Benz)

O 600 ainda ia um pouco além. Havia freios a disco com pistões duplos nas quatro rodas, que ainda tinham suspensão independente. Em vez de molas, havia bolsas pneumáticas e os amortecedores eram ajustáveis.

Para os passageiros, espaço é o que não falta (Divulgação/Mercedes-Benz)

Ainda era possível mudar a altura ou a rigidez do conjunto por meio de comandos no painel.

Ter uma TV dentro do carro obrigava a instalar uma enorme antena na traseira do carro (Divulgação/Mercedes-Benz)

Mas o acabamento não fica de lado. O interior é todo revestido de couro, veludo e madeira legítima, além de dezenas de apliques cromados.

Cores e texturas podiam ser escolhidos, assim como opcionais diversos, como TV, geladeira, mesinhas retráteis, barbeador (este sim, elétrico) e duas portas a mais, no caso da versão Pullman, mais longa.

Carro do Papa tem apenas um assento na traseira (Divulgação/Mercedes-Benz)

As configurações dos bancos eram diversas. Poderia der duas ou três fileiras de bancos, ou com a segunda virada para a frente ou para trás. No caso do carro do Papa, a última tinha apenas um assento dedicado ao pontífice.

O Papa Paulo VI em seu Landaulet (Reprodução/Internet)

De 1963 a 1981 foram produzidas 2.677 unidades do Mercedes 600. A maioria era da versão Grosser, mais curta, com 5,45 metros de comprimento e 3,2 metros de entre-eixos.

Carro mais luxuoso do mundo nos anos 1960 era vendido com três opções de carroceria (Divulgação/Mercedes-Benz)

Da versão Pullman, com 6,24 metros de comprimento e entre-eixos de 3,9 metros foram feitas 428 unidades, além de 59 do Landaulet, o Pullman conversível apenas na traseira, e somente duas unidades cupê.

Cupê teve apenas duas unidades produzidas (Divulgação/Mercedes-Benz)

O Mercedes 600 era tão pesado para a época (o Pullman tem 2.770 kg), que o motor mais potente da marca na época, o seis cilindros 3.0 de 160 cv que equipava o Mercedes 300, não dava conta. Assim nasceu o V8 6.3 de 250 cv e 51 mkgf de torque.

O motor chamado M100 gerava 250 cv (Divulgação/Mercedes-Benz)

Combinado ao câmbio automático de quatro marchas, levava o sedã aos 100 km/h em 10 s e fazia o 600 superar os 200 km/h com facilidade.

David Bowie e seu 600 Landaulet (Reprodução/Internet)

Quem queria ser visto a bordo do Mercedes 600 escolhia o Landaulet. É o caso do Papa Paulo VI, da Rainha Elizabeth II – que não usava seus Rolls-Royce e Bentley em algumas viagens –, Saddam Hussein, Josip Broz Tito (ex-ditador da antiga Iugoslávia), Hosni Mubarak (ex-ditador do Egito), Kim il Sung (ex-ditador da Coreia do Norte) e… David Bowie.  

Rei Fahd bin Abdulaziz da Arábia Saudita e Hosni Mubarak (Reprodução/Internet)

A maior parte dos estadistas optavam pelo 600 Pullman. É o caso dos exemplares do rei Hussein da Jordânia, de Idi Amin Dada (ex-ditador de Uganda), Nicolae Ceau?escu (ex-ditador da Romênia), Jean-Bedel Bokassa (ex-ditador da República Centro Africana), Francois Tombalbaye (ex-ditador do Chade) e Jomo Kenyatta (ex-primeiro-ministro do Quênia), que não raramente se debruçavam no teto solar metálico para serem vistos.

O líder soviético Leonid Brezhnev e o ex-ditador da Iugoslavia Josip Broz Tito em Belgrado, 1971 (Reprodução/Internet)

Mas o líder da União Soviética Leonid Brezhnev e o líder comunista chinês Mao Tsé-Tung optaram por exemplares blindados de fábrica do Mercedes 600 Pullman. 

Tudo que sobrou do Mercedes 600 de Pablo Escobar (Reprodução/Internet)

Pablo Escobar não escolheu esse opcional: seu carro foi alvejado por tiros e incendiado durante um confronto com um cartel de drogas rival.

Personalidades se dividiram entre os Pullman e os Grosser. O magnata grego Aristóteles Onassis, a atriz Elizabeth Taylor, o ator Rowan Atkinson e os apresentadores Jay Leno e Jeremy Clarkson optaram pela versão mais curta.

O carro de Jack Nicholson sofreu uma colisão proposital em As Bruxas de Eastwick. O ator reformou o veículo e, anos depois, doou ele para um museu em Los Angeles (Reprodução/Internet)

Já os cantores Elton John e Elvis Presley, a estilista Coco Chanel (cujo carro seria vendido posteriormente a Jay Kay do Jamiroquai), o fundador da Playboy, Hugh Hefner, e Jack Nicholson (que comprou o carro usado no filme As Bruxas de Eastwick) optaram pela versão longa. 

George Harrison foi o primeiro dos Beatles a comprar um Mercedes 600, um Grosser branco. No ano seguinte John Lennon comprou um Pullman branco.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

21 JAN
Toyota terá carro híbrido fabricado na Argentina, e deve ser a Hilux

Toyota terá carro híbrido fabricado na Argentina, e deve ser a Hilux

– (Divulgação/Toyota)A Toyota irá fabricar um veículo híbrido na Argentina, segundo o presidente local da empresa, Daniel Herrero, em entrevista ao site argentino AutoBlog.Herrero afirmou que “a Argentina fabricará um veículo eletrificado com base no modelo Hilux, para poder exportar para toda a América Latina” – ainda sem data definida.Não existe uma informação exata sobre qual veículo entrará para a família ecológica da marca japonesa, mas alguns detalhes esquentaram a... Leia mais
21 JAN
Impressões: Ford Mustang mais barato dos EUA custa menos que nosso Corolla

Impressões: Ford Mustang mais barato dos EUA custa menos que nosso Corolla

Versões de entrada do Mustang têm motor 2.3 EcoBoost (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)É isso mesmo. O Ford Mustang mais barato à venda nos Estados Unidos custa quase tanto quanto um Toyota Corolla no Brasil.A marca pede US$ 26.670 pela versão inicial do esportivo, com motor quatro-cilindros 2.3 turbo, câmbio manual e um rádio simples. Mesmo com o dólar cotado a desfavoráveis R$ 4,22, dá R$ 112.640 na conversão direta.Inteirando R$ 300 você pode comprar um Toyota Corolla XEi, de R$... Leia mais
21 JAN
Correio Técnico: por que alguns carros têm dois botões no porta-malas?

Correio Técnico: por que alguns carros têm dois botões no porta-malas?

No Prius o botão da esquerda abre o porta-malas e o da direita tranca o carro (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)Por que alguns carros têm dois botões na tampa do porta-malas? Marco Galvão, Porto Alegre (RS)Um é para abrir a tampa, o outro é para trancar o carro. Esse comando extra equipa apenas os modelos dotados de chave presencial.Seu objetivo é permitir que o motorista tranque o carro após fechar o compartimento sem precisar tirar a chave do bolso ou ir até uma das portas.Mais comum... Leia mais
20 JAN
Segredo: Chevrolet Tracker nacional chega às lojas no fim de fevereiro

Segredo: Chevrolet Tracker nacional chega às lojas no fim de fevereiro

Novo Chevrolet Tracker já é transportado em cegonha (@rcarminati_/Jorge Moraes/Reprodução)Os testes intensivos com o novo Chevrolet Tracker têm motivo: a nova geração do SUV compacto está prestes de chegar às lojas.O treinamento da rede para a nova geração está marcado para começar em 3 de fevereiro. Enquanto isso, as unidades remanescentes da geração anterior (ainda modelos 2018/2019) são negociadas com descontos que beiram os R$ 10.000.Fontes de Quatro Rodas antecipam que o... Leia mais
20 JAN
Chevrolet Bolt terá mais autonomia em segundo lote. Mas e o preço?

Chevrolet Bolt terá mais autonomia em segundo lote. Mas e o preço?

Segundo lote importados dos EUA chega em fevereiro (Divulgação/Chevrolet)O segundo lote do elétrico Chevrolet Bolt está chegando ao Brasil. A GM informou que as unidades destinadas ao Brasil já estão sendo produzidas, na fábrica da empresa em Michigan, nos Estados Unidos.A fabricante não sabe dizer quantas unidades virão desta vez nem quanto vão custar, apesar de anunciar o início das vendas para fevereiro.No primeiro lote, a empresa trouxe 50 unidades, vendidas a R$ 175.000 cada.Na... Leia mais
20 JAN
Chevrolet Blazer troca motor 2.5 da S10 pelo 2.0 turbo do Camaro

Chevrolet Blazer troca motor 2.5 da S10 pelo 2.0 turbo do Camaro

Chevrolet Blazer (Divulgação/Chevrolet)A linha 2020 do SUV Chevrolet Blazer já está no catálogo da GM nos Estados Unidos. O SUV manteve o visual agressivo, mas  recebeu mudanças em motorização e pacote de equipamentos.As principais novidades estão no novo motor e também na preferência de usar – ou não – o sistema start-stop, algo que a atual geração do Cruze também não tinha no Brasil, mas ganhou depois do facelift.Sobre o motor, a linha 2019 tinha duas variações: um... Leia mais