A Uber vai pagar US$ 3,1 bilhões para adquirir a Careem, rival da empresa no Oriente Médio. Com a compra, a Uber assume uma posição dominante em uma região competitiva antes da aguardada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
A transação encerra mais de nove meses de negociações entre as duas empresas e dá à Uber a tão necessária vitória após uma série de desinvestimentos no exterior. Pelo acordo, a empresa terá propriedade total da Careem.
A aquisição torna a Careem uma subsidiária integral da Uber e manterá a marca e o aplicativo Careem intactos, pelo menos inicialmente. Os co-fundadores da Careem, Mudassir Sheikha, Magnus Olsson e Abdulla Elyas, continuam na empresa depois da aquisição, disseram as companhias.
No entanto, a diretoria da Careem será revisada, com três assentos indo para representantes da Uber e dois pertencentes à Careem. Sheikha, que é presidente-executivo da Careem, e Olsson terão assentos no conselho. Um porta-voz da Uber se recusou a dizer quem seria nomeado para o conselho.
O acordo está sujeito a aprovações regulatórias, inclusive por autoridades antitruste nos países onde a Careem opera, o que poderia impedir que o negócio avance ou obrigar as empresas a modificar os termos.
A Uber informou que pagará US$ 1,4 bilhão em dinheiro e US$ 1,7 bilhão em notas conversíveis em ações da Uber a um preço de US$ 55 cada. Esse preço garante um aumento de quase 13% sobre o preço das ações em sua última rodada de financiamento liderada pelo SoftBank Group mais de um ano atrás.