Novidades

18 MAR

Impressões: VW T-Cross aposta em turbo e espaço para compensar o atraso

Na versão Highline, T-Cross tem grade preta com frisos e detalhes cromados (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Demorou, mas a VW finalmente está lançando aqui seu primeiro SUV compacto, feito no Brasil.

O pioneiro no segmento é o Ford EcoSport, em 2003. De lá para cá, surgiram Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade e Nissan Kicks, citando só os mais vendidos.

Agora, a VW quer recuperar o tempo perdido: “Nosso objetivo é ficar em primeiro ou segundo lugar no segmento”, diz o CEO da VW, Pablo Di Si.

O T-Cross chega em quatro versões: 200 1.0 TSI (R$ 84.990), 200 TSI 1.0 automático (R$ 94.490), Confortline 200 1.0 TSI (R$ 99.990) e Highline 250 1.4 TSI (R$ 109.990). Confira a lista completa de preços e versões. E também a dos opcionais.

O teto preto é opcional e ajuda a tornar o visual mais chamativo (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Na apresentação, a VW disponibilizou apenas a versão Highline 250 TSI, mais completa, para avaliação.

Entre os equipamentos de série, a Highline traz central multimídia, chave presencial, rodas de liga leve aro 17, câmera de ré e o sistema Connect que, através do aplicativo App Connect, permite ao usuário acessar informações do veículo, como gastos com combustível, histórico de viagens e agenda de manutenção.

Painel na cor Bronze Namíbia é opcional na Comfortline (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Ainda no caso da versão mostrada aqui, há também os opcionais como painel digital, central multimídia com GPS, tela touch e comandos de voz, seletor de modos de condução, assistente de estacionamento, faróis full-led, sistema de som Beats e teto solar panorâmico.

Com todos esses recursos, o preço vai a R$ 124.840.

A boa notícia para quem busca uma versão com quase tudo é que agora, no lançamento, a VW está oferecendo a série especial First Edition.

Ela acrescenta à Highline painel digital, seletor de modo de condução, central multimídia com GPS, tela touch e comandos de voz e sistema de som Beats, pelo mesmo preço básico de R$ 109.990. Serão produzidas 1.000 unidades.

Câmbio automático tem borboletas em todas as versões (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Dirigimos o T-Cross em um roteiro de cerca de 200 km, que partiu da fábrica da VW em São José dos Pinhais (PR), onde o carro será produzido, e foi até a Praia dos Amores, em Balneário Camboriú (SC).

Antes mesmo de entrar no carro, pudemos analisar seu design bastante trabalhado, cheio de vincos e superfícies com efeito de luz e sombra.

Por dentro, o visual segue a linguagem apresentada por Polo e Virtus, com linhas retas predominantemente horizontais, mas com a parte frontal retrabalhada que na versão Highline tem acabamento bicolor e aplique que imita alumínio.

Na traseira, o espaço é amplo (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Da mesma forma que na dupla Polo e Virtus, o acabamento do T-Cross é de boa qualidade no que diz respeito a confecção e encaixe das peças, mas, em relação aos materiais, predominam os plásticos duros.

A única superfície macia, na versão Highline, está no descanso de braço, nas laterais das portas, revestido de material que imita couro. Nesse aspecto, o Renegade, com seu painel emborrachado, é superior.

A posição de dirigir elevada, típica de SUV, é confortável. Porém, mesmo na versão Highline, os bancos só têm ajustes mecânicos e faltam alças de apoio no teto, tanto na dianteira quanto na traseira.

Os ocupantes de trás viajam com conforto: os joelhos ficam na mesma altura da bacia e a altura do teto é suficiente para pessoas de estatura mediana (até 1,75 m).

Versão First Edition traz sistema de som Beats (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Cinco pessoas se acomodam sem aperto a bordo do T-Cross.

Apesar de ser ligeiramente menor que seus pares nas medidas de comprimento, altura e largura, o VW é o dono da maior distância entre-eixos, dimensão que tem relação direta com o tamanho da cabine. O VW mede 2,65 m no entre-eixos, enquanto os concorrentes têm 2,57 m (Renegade), 2,59 m (Creta) e 2,61 m (Kicks e HR-V).

No que diz respeito ao porta-malas, o T-Cross conta com um recurso engenhoso na fixação do encosto do banco traseiro, que permite ajustar o espaço destinado à bagagem, aumentando a capacidade do porta-malas de 373 litros para 420 litros.

Mas isso projeta demais o encosto para a frente, comprometendo a postura dos ocupantes. Na comparação com os rivais, o porta-malas do T-Cross, ganha do Renegade (320 litros), mas perde para os demais: HR-V (437), Kicks (432) e Creta (431).

Há saídas de ar-condicionado e duas entradas USB (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Ao volante, o T-Cross é um carro dócil e fácil de manobrar. A direção é leve e um pouco indireta. E a suspensão é macia na medida do possível.

Mesmo no asfalto liso, o T-Cross apresenta uma certa aspereza ao rodar, mas isso, segundo os engenheiros, se deve à calibragem feita em função das características de peso e altura do carro, que exigem maior firmeza ao conjunto para tornar o SUV mais estável.

A direção é leve, mas o T-Cross ficou bem assentado. Para os que apreciam maior interação com o carro, quando existe o seletor de modos de condução, é possível regular a assistência (elétrica) da direção para deixar o volante mais firme.

Motor 1.4 TSI gera 128 cv (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

O desempenho do T-Cross equipado com o motor 1.4 TSI turbo flex de 150 cv é bem interessante. Em nosso roteiro, o SUV desenvolveu boa velocidade na estrada, fez ultrapassagens com folga e nos trechos urbanos se comportou bem no trânsito.

De acordo com a fábrica, o T-Cross 250 TSI acelera de 0 a 100 em 8,7 segundos e chega a 198 km/h de velocidade.

O consumo, segundo a fábrica, é de 11 km/l, na cidade, e 13,2 km/l, na estrada, rodando com gasolina. Na hora de parar, vindo a 100 km/h, ele freia em 37,8 metros.

Com preços entre R$ 84.990 e R$ 109.990, o T-Cross tem opções para vários gostos e bolsos.

Mas, levando em conta a relação custo/benefício, a melhor opção é a versão 200 TSI automática, com propulsor 1.0 também turbo flex de 128 cv.

Ela tem conteúdo mais que suficiente: seis airbags, ESP, auxiliar de partidas em rampa, ar-condicionado, App Connect, trocas de marchas no modo manual no volante e sensor de estacionamento.

Só não conta com recursos tão sofisticados como teto solar e som Beats, que não fazem lá muita diferença na segurança e na dirigibilidade do SUV.

Roda de liga leve tem aro 17 (Pedro Danthas/Quatro Rodas)

Em relação aos rivais, o T-Cross desafia todos os principais competidores do segmento, do Renegade Sport (R$ 83.990) a HR-V ELX (R$ 108.500) e, pelo que apresentou no test-drive, deverá dar trabalho à concorrência.

À primeira vista, o T-Cross leva vantagem simplesmente por ser um lançamento diante dos rivais, que estão em meio de ciclo de vida, já com mais de três anos no mercado.

E não é só a jovialidade o ponto forte do VW: ele chega com recursos tecnológicos inovadores, como o App Connect, assistente de estacionamento, painel digital e seletor de modos de condução.

Como a VW não permitiu que fizéssemos medições em pista, o veredicto exato de quem é quem no segmento só será possível nas próximas edições, quando vamos alinhar todos eles num comparativo. Antes de começar a faturar o carro para a rede, a VW abriu uma pré-venda online.

A empresa disponibilizou 800 unidades (400 Comfortline e 400 Highline) aos consumidores com uma série de vantagens, como taxa de 0,99% no financiamento e brindes como cooler e bicicleta dobrável.

Nas primeiras 24 horas foram vendidas 480 unidades, sendo a totalidade de versões Highline disponíveis e 80 Comfortline. Ou seja: mesmo com tantas opções de SUVs compactos no mercado, o consumidor também ansiava por essa novidade.   

Veredicto

O T-Cross vem renovar a oferta de SUVs compactos. Ele é bem equipado, tem estilo, espaço interno confortável e bom desempenho.

Ficha Técnica

VW T-Cross Highline 250 TSI – R$ 109.990

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

26 AGO
Morre Ferdinand Piëch, pai de Audi Quattro, Bugatti Veyron e do Golf 4

Morre Ferdinand Piëch, pai de Audi Quattro, Bugatti Veyron e do Golf 4

Ferdinand Piëch morre aos 82 anos na Bavária, Alemanha (Divulgação/Volkswagen)Morreu Ferdinand Piëch, neto de Ferdinand Porsche, que nasceu na Áustria em 1937 e ficará eternizado na memória dos fãs de automóveis como pai do Bugatti Veyron.Nos 82 anos de vida, o executivo foi o responsável por outros ícones, como os Audi Quattro e 100, que foram essenciais para a consolidação da marca no mercado de luxo.O Audi Sport Quattro S1 era uma das máquinas mais badaladas do Grupo... Leia mais
26 AGO
Impressões: Volvo S60 é o melhor sedã alemão que não vem da Alemanha

Impressões: Volvo S60 é o melhor sedã alemão que não vem da Alemanha

Linhas e vincos horizontais deixaram o visual do S60 mais alargado e próximo ao solo (Divulgação/Volvo)Faróis totalmente em leds são de série em todas as versões (Divulgação/Volvo)No papel, a terceira geração do Volvo S60 tem atributos de sobra para superar a concorrência germânica. Em todas as versões ele supera ou equipara potência, equipamentos e desempenho do Audi A4, Mercedes Classe C e do novo BMW Série 3.Isso elevou as expectativas para nosso primeiro contato com o... Leia mais
26 AGO
Conheça a Cupra, marca de carros esportivos que substitui a Audi no FC Barcelona

Conheça a Cupra, marca de carros esportivos que substitui a Audi no FC Barcelona

Alteração no Barcelona. Sai a Audi, entra a Cupra. Depois de 13 anos, a fabricante alemã deixou de ser patrocinadora da equipe de futebol catalã. A Audi será substituída pela divisão de carros esportivos da Seat. O acordo com a fabricante espanhola, com sede em Barcelona, vale pelos próximos 5 anos, e foi anunciado oficialmente neste domingo (25). Vale lembrar que a Cupra também pertence ao Grupo Volkswagen. Ela nasceu em 1996, como uma divisão de competições da Seat.... Leia mais
26 AGO
Renault deve apresentar SUV pequeno baseado no Kwid em 2020

Renault deve apresentar SUV pequeno baseado no Kwid em 2020

Novo SUV terá menos de 4 metros com cinco lugares, usando a mesma plataforma do Kwid (CarToq/Reprodução)Apostando no mercado indiano, a Renault prometeu lançar um novo SUV em 2020: o nome ainda não está definido, mas internamente o projeto é conhecido pelo código HBC.Usando a plataforma CMF-A, mesma do subcompacto Kwid – bastante conhecido dos brasileiros – e da minivan Triber, o veículo vem para o mercado de SUVs compactos.O objetivo da Renault é fazer do veículo o SUV mais... Leia mais
26 AGO
Amigas criam curso de mecânica básica para ensinar mulheres na BA: 'Independência automotiva'

Amigas criam curso de mecânica básica para ensinar mulheres na BA: 'Independência automotiva'

Um grupo de amigas de Salvador que produz conteúdo automotivo para internet criou um curso de mecânica básica para ensinar outras mulheres dicas de como trocar pneus, identificar defeitos e conhecer um pouco mais sobre a manutenção do próprio carro. A jornalista Lhays Feliciano, uma das criadoras do conteúdo, explica que a ideia surgiu a partir de dúvidas deixadas pelas motoristas, em um perfil nas redes sociais das empreendedoras. “Nós recebemos muitas perguntas nas... Leia mais
26 AGO
Seria este o primeiro desenho do VW T-Sport, o SUV cupê do Polo?

Seria este o primeiro desenho do VW T-Sport, o SUV cupê do Polo?

Novo CUV mistura elementos do Polo e do T-Cross com perfil de cupê (Twitter/Reprodução)Se tudo ocorrer como o planejado há alguns meses, a Volkswagen começa a produzir um CUV (um SUV cupê) baseado na plataforma MQB A0, do Polo, entre setembro e outubro. Este modelo inédito pode ter sido revelado por um desenho feito durante um evento interno da Volkswagen do Brasil. A imagem foi divulgada por Jürgen Stackmann,  membro do conselho de administração da Volkswagen para vendas,... Leia mais