Novidades

13 MAR

Impressões: Caoa Chery Tiggo 7 não deve (quase) nada aos SUVs coreanos

Produzido em Anápolis (GO), Tiggo 7 estreou em fevereiro (Caoa Chery/Divulgação)

Os carros de marcas chinesas ainda não estão no mesmo patamar de qualidade geral dos produtos de marcas consagradas. Mas, a julgar pelo Tiggo 7, SUV que a Caoa Chery começou a vender em fevereiro, o jogo pode estar prestes a mudar.

Com 4,51 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,67 m de altura, o Tiggo 7 tem porte de Jeep Compass (respectivamente, 4,42 m, 1,82 m e 1,64 m).

O conteúdo também é de gente grande, com chave presencial, saída de ar-condicionado para a traseira, multimídia, computador de bordo, piloto automático, sensor de chuva, volante multifuncional, DRL de led, controles de estabilidade e tração e indicador de pressão e temperatura dos pneus de série desde a versão T, de entrada.

Rodas são aro 18 na versão TXS e 17 na T (Caoa Chery/Divulgação)

A versão TXS, mais completa, tem ainda ar-condicionado bizona, câmera 360 graus (similar ao sistema do Nissan Kicks), teto solar panorâmico elétrico, bancos de couro com aquecimento, banco do motorista com ajuste elétrico e airbags laterais e do tipo cortina.

Muito se falou que a versão de entrada ficaria abaixo dos R$ 100.000 e que a versão top de linha não passaria dos R$ 110.000. Infelizmente, ambos os prognósticos estavam errados e o Tiggo 7 estreia custando R$ 106.990 (versão T) e R$ 116.990 (TXS).

Painel lembra o do GM Agile (Caoa Chery/Divulgação)

Não são preços desanimadores, mas esfriam o desejo de quem ficou de olho no SUV por conta das primeiras estimativas.

Para efeito de comparação, um Renegade Limited (muito menor que o Tiggo, mas produzido por uma marca consagrada como a Jeep) custa de R$ 105.990 a R$ 115.860.

Diferentemente da primeira onda de chineses – em que o pacote de equipamentos era bom, mas os materiais e a construção eram sofríveis –, o Tiggo 7 mostra acabamento e montagem quase no mesmo nível dos coreanos Hyundai e Kia.

Tela multimídia: 9 polegadas (Caoa Chery/Divulgação)

Produzido em Anápolis (GO), ao lado dos Hyundai ix35 e New Tucson, além o irmão menor Tiggo 5X, Tiggo 7 tem painel com superfície emborrachada de toque agradável e brilho reduzido.

Já as portas exibem plásticos rentes às partes metálicas, sem folgas, o que evita ruídos, além de guarnições duplas de borracha. O nível de isolamento de ruído é bom, exceto por uma invasão proveniente da rolagem dos pneus de uso misto, na traseira.

Esqueça aquela iluminação de painel e console que fazia lembrar os carro básicos dos anos 90: no SUV, a luz é até mais agradável do que, por exemplo, o azul exagerado de alguns Hyundai.

Até a pintura mostra sinais de evolução, sem acúmulo nas extremidades de chapa nem na parte baixa da carroceria.

Acabamento imita aço escovado (Caoa Chery/Divulgação)

O motor é um 1.5 turbo flex com 16 válvulas e cabeçote de alumínio capaz de gerar 150/147 cv (o do Chevrolet Tracker 1.4 turbo tem 153/150 cv).

O câmbio, fornecido pela Getrag, tem acoplamento por dupla embreagem de caixa seca, seis marchas e transmissão de força apenas para o eixo dianteiro.

Motor 1.5 T tem 150/147 cv (Caoa Chery/Divulgação)

Em nosso test-drive (a marca não cedeu o carro para teste de pista), motor e câmbio trabalharam bem, com mudanças rápidas, suaves e silenciosas.

Só os mais exigentes sentirão, em algumas situações, o efeito do turbo lag: uma certa dificuldade do motor para vencer as faixas mais baixas de rotação.

Faz falta também um par de borboletas no volante, para a troca manual das marchas, possível apenas por meio da alavanca.

Teto panorâmico é elétrico (Caoa Chery/Divulgação)

Sobre a segurança, a Caoa divulga orgulhosa a obtenção da pontuação máxima no C Ncap (órgão similar ao nosso Latin Ncap), com cinco estrelas.

Outro ponto abordado pela marca durante o evento de apresentação foi o investimento em pós-venda. “O Tiggo 7 terá uma cesta de peças e de revisões com preços abaixo dos da concorrência.

Porta-malas tem volume de 414 l (Caoa Chery/Divulgação)

Quanto ao seguro, também teremos um esquema especial, que garantirá um preço alinhado ao dos rivais nos primeiros anos”, disse Márcio Alfonso, CEO da Caoa Chery.

A cesta de peças custará R$ 7.219 e a de revisões, R$ 3.553, mas até o fechamento desta edição a empresa não revelou os valores de seguro.

Veredicto

A marca não cedeu o Tiggo 7 para teste de pista nem forneceu os custos após a compra. Mas neste primeiro contato o SUV mostrou atributos técnicos e de qualidade suficientes para encarar até rivais já consagrados em nosso mercado.

Ficha Técnica

Tiggo 7 – R$ 116.990 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

20 SET

Novo Onix chega com visual dinâmico e sofisticado

Basta uma rápida olhada para perceber que o Onix 2020 chega com novo visual: um design dinâmico e, ao mesmo tempo, sofisticado, como você pode ver no vídeo. São duas versões: o hatch e o sedã, que passa a ser chamado de Onix Plus. Ambos chamam atenção pelas proporções marcantes e linhas atléticas, mas cada um tem personalidade própria, com a traseira com dimensões distintas. O Onix está maior em largura, distância entre-eixos e comprimento, em suas duas versões.... Leia mais
20 SET
Kwid, Polo, Toro: carros que teriam nota pior na nova regra do Latin NCAP

Kwid, Polo, Toro: carros que teriam nota pior na nova regra do Latin NCAP

Novo protocolo do Latin Ncap entra em vigor no ano que vem (Latin NCAP/Divulgação)O novo protocolo do Latin NCAP começa a valer apenas no ano que vem. Mas como se sairiam os carros com base no novo modelo?O resultado exato é um mistério, pois os procedimentos futuros vão exigir provas que muitos modelos que já passaram pela instituição não fizeram.Entre eles está a colisão lateral, colisão contra poste, teste do ESC e avaliação de frenagem autônoma de emergência.Por conta... Leia mais
20 SET
Audi faz 2 recalls para Q5 e SQ5 por falhas no acabamento do para-lama e no cilindro de freio

Audi faz 2 recalls para Q5 e SQ5 por falhas no acabamento do para-lama e no cilindro de freio

A Audi convovou dois recalls diferentes para os modelos Q5 e SQ5. Ao todo, são 1.990 unidades, produzidas dos modelos 2017, 2018 e 2019. Veja abaixo os detalhes de cada campanha: Q5 2.0 e SQ5 3.0 - 1.850 unidades, ano-modelo 2017, 2018 e 2019, com chassis não sequenciais de WAU_FY_J2012503 a WAU_FY_K2040063 (Q5) e WAU_FY_H2026997 a WAU_FY_K2039705 (SQ5) e produção entre abril de 2017 e dezembro de 2018. Neste caso, a falha está no acabamento da parte interna do para-lama, que... Leia mais
20 SET
Porsche faz recall em 6 modelos por falha em airbag

Porsche faz recall em 6 modelos por falha em airbag

A Porsche convocou um recall por uma falha no sistema de airbag dos modelos Panamera, Boxster, 718 Boxster, Cayman, 718 Cayman e 911, dos anos 2016 e 2017 e produção entre 23 de junho de 2015 e 16 de junho de 2016. A numeração inicial dos chassis é: WPOAA29, WPOAB29, WPOAC29, WPOAF29, WPOCB29 e WPOCC29. São 7 unidades do Panamera, 16 de Cayman, Boxster, 718 Cayman e 718 Boxster e 23 do 911. Veja todos os recalls de veículos anunciados em 2019 De acordo com a empresa, a... Leia mais
20 SET
Toyota estuda criar avião da Lexus para brigar com o HondaJet

Toyota estuda criar avião da Lexus para brigar com o HondaJet

HondaJet seria o principal concorrente da aeronave da Lexus (Reprodução/Internet)A Toyota parece não estar satisfeita em concorrer apenas no setor automotivo.A fabricante quer usar sua divisão de luxo, a Lexus, para explorar novas áreas de transporte. E depois de lançar o Iate LY 650 Luxury, está querendo dar voos mais altos… Literalmente!Pelo menos é o que diz o presidente global da Toyota, Akio Toyoda.Segundo ele, “a própria Toyota está tentando passar de uma empresa automotiva... Leia mais
20 SET
Governo e indústria automotiva criam fundo de R$ 1 bilhão para desenvolver tecnologias no Brasil

Governo e indústria automotiva criam fundo de R$ 1 bilhão para desenvolver tecnologias no Brasil

Governo e entidades privadas da indústria automotiva anunciaram nesta sexta-feira (20) a criação de um programa de investimento para fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e aumentar a competitividade da indústria nacional. O objetivo, nos próximos 5 anos, é recolher R$ 1 bilhão – o valor será repassado para 6 entidades, que ficarão responsáveis por desenvolver as tecnologias a serem usadas pela própria indústria, na produção de veículos e componentes mais... Leia mais