Novidades

12 MAR

Câmbio automático dura bem mais que automatizado, mas reparo dói no bolso

O automatizado era o padrão nos VW, Fiat e Ford mais baratos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os câmbios automatizados em modelos compactos rumam no mesmo caminho da extinção que as peruas e minivans. Opção mais barata que o automático convencional, as caixas robotizadas caem em desuso nos segmentos de entrada.

Defeitos e problemas de adaptação por parte dos motoristas estão entre as causas. O apelo do custo, porém, ainda é forte na questão do pós-venda. Só que as visitas ao mecânico são bem mais frequentes do que se deseja.

Em carros abaixo dos R$ 60.000, só a Fiat mantém o GSR, ex-Dualogic.

A GM foi a primeira a trocar o Easytronic por um automático com conversor de torque, de seis marchas, mesma estratégia adotada pela VW com o Gol e Voyage 2019, que deram adeus ao I-Motion.

Na Ford, o PowerShift, de dupla embreagem, também sumiu junto do Fiesta, e o Easy’R, da Renault, durou bem pouco no mercado.

Segundo mecânicos independentes, os constantes problemas nesses câmbios automatizados são uma das razões para a descontinuidade do equipamento em prol das caixas convencionais.

“Já tive de consertar Dualogic com 13.000 km, Easytronic com 20.000 km. A manutenção não é tão barata e 90% deles têm problemas na embreagem”, alerta Edson de Carvalho, dono da Rio Auto Center, na zona central carioca.

Fiat Argo 1.3 GSR é um dos poucos compactos a insistirem no uso de caixa automatizada (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Consertar a transmissão robotizada realmente não é algo barato, porém nem se compara ao custo de manutenção das automáticas.

Até porque a automatizada tem componentes na maioria nacionalizados e iguais aos do câmbio manual. Embreagem, platô e lubrificante geralmente se assemelham e são os itens mais trocados nas lojas.

O atuador da embreagem, porém, costuma ser diferente. E caro. Pesquisa com oficinas especializadas em São Paulo e no Rio mostra que o item custa entre R$ 1.000 e R$ 1.500. A peça similar que serve ao câmbio manual fica abaixo de R$ 500.

No geral, o custo do reparo do Easytronic tem preço médio de R$ 3.000, enquanto o do Dualogic/GSR é de R$ 3.500 e o I-Motion, entre R$ 4.000 e R$ 5.000.

E não são raros os casos de estabelecimentos que já negam serviços em certos equipamentos. Isso devido às peças que começam a ficar escassas e caras no mercado, como é o caso do Easytronic.

Tem oficina que também não mexe em Dualogic ou no PowerShift, o câmbio que fez a Ford tomar uma dura do Procon-SP e realizar reparos gratuitos, além de estender sua garantia para 160.000 km.

DURÁVEL, MAS CARO

Agora, investem em um automático mais convencional (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em relação aos câmbios automáticos, o abismo é grande. Até porque os modelos de caixa em oferta no Brasil são todos importados.

Os novos de seis marchas da GM e da VW, por exemplo, podem apresentar uma conta de conserto acima dos R$ 10.000, segundo informações de revendedores de ambas as marcas.

Na Fiat, profissionais de concessionárias dizem que a orientação é fazer a troca de qualquer câmbio automático que der defeito dentro da garantia. “A ordem é nem abrir a caixa”, diz um funcionário que pediu anonimato.

Além disso, tem mecânico que cobra R$ 5.000 só para abrir a transmissão com conversor de torque.

“O automático tem mais peças e custo alto. Esse câmbio não é fácil de mexer, tem que ter um bom técnico e um bom equipamento de diagnóstico”, observa Diego Oliveira dos Santos, gerente da Foca Rio, outra oficina especializada do Rio de Janeiro.

Contudo, enquanto os dispositivos robotizados têm intervalos de manutenção a cada 60.000 ou 70.000 km, os conjuntos automáticos já são projetados para durar mais de 200.000 km.

Mesmo os itens mais caros do equipamento, como o módulo, raramente dão problemas, segundo os próprios donos de oficinas. Ou seja: o valor de compra é maior, mas as visitas aos técnicos podem nem existir.

E sempre tem aquela dica para preservar a caixa robotizada. Ricardo Silva, chefe de oficina da concessionária Recreio, da Volkswagen, aconselha colocar o câmbio em Neutro quando parar em algum semáforo ou mesmo no trânsito.

Afinal, o equipamento funciona quase como a caixa manual. “Em Drive, a todo o momento o disco da embreagem fica acionado, gerando desgaste e aquecimento, mesmo com o carro parado”, diz.

Com o câmbio automático, algumas dicas também são úteis em prol da durabilidade do conjunto. Ao estacionar, primeiro acionar o freio de estacionamento para depois colocar a alavanca gradativamente em Parking.

E mesmo nos casos em que a montadora não recomenda, a partir do momento que não se tem mais a garantia, vale fazer uma checagem na transmissão – as oficinas fazem o diagnóstico do sistema por custos entre R$ 300 e R$ 500.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

21 AGO
Teste: novo Toyota RAV4 vira híbrido para encarar Compass, Tiguan e cia

Teste: novo Toyota RAV4 vira híbrido para encarar Compass, Tiguan e cia

Grade avantajada e frente alta e reta conferem o aspecto parrudo da dianteira (Christian Castanho/Quatro Rodas)A trajetória de vendas do Toyota RAV4 no Brasil revela um SUV de porte médio que vendeu muito bem. Mas que também vendeu muito mal. E, em alguns momentos, desapareceu das concessionárias. Ou seja, um utilitário de uma marca fortíssima, mas com performance local que passa longe do sucesso obtido ao redor do planeta – é até difícil para um brasileiro acreditar, mas o RAV4 é... Leia mais
21 AGO
SUVs líderes perdem mais valor que franceses e chineses, diz consultoria

SUVs líderes perdem mais valor que franceses e chineses, diz consultoria

Líderes de vendas entre SUVs também estão na ponta da tabela da desvalorização (Arte/Quatro Rodas)Os SUVs ganham cada dia mais mercado no Brasil. São veículos que dão maior status e mais visibilidade na direção e, com isso, vêm se destacando cada vez mais nos rankings de vendas de veículos novos.Isso é comprovado pela tabela de emplacamentos da Fenabrave (associação nacional dos concessionários), que aponta que cinco dos 20 veículos mais vendidos em território nacional,... Leia mais
21 AGO
Autodefesa: Jeep Compass apresenta apagão no motor, mesmo após recall

Autodefesa: Jeep Compass apresenta apagão no motor, mesmo após recall

Andressa (à esq.) atendeu ao recall, mas o carro apresentou a falha e agora voltou à oficina (Alexandre Battiblugi/Quatro Rodas)Em junho de 2018, a Jeep chamou 92.081 unidades de Renegade e Compass para reparar uma falha nos relês dos sistemas de ignição e injeção de combustível, que pode levar ao desligamento inesperado do motor. Apesar do procedimento, recebemos relatos de proprietários de Compass reclamando que seus veículos passaram a conviver com o apagão no motor mesmo após... Leia mais
21 AGO
Clássicos brasileiros da Volkswagen vão participar de rali na Alemanha

Clássicos brasileiros da Volkswagen vão participar de rali na Alemanha

Um Volkswagen SP2, um Karmann-Ghia TC e uma Brasília, clássicos brasileiros dos anos 1970 e 1980, vão participar de um rali na Alemanha no final desta semana. O trio, que pertence ao acervo de carros clássicos da própria Volkswagen, vai percorrer os 580 km entre as cidades de Dresden e Liepzig no Sachsen Classic. O percurso terá duração de 3 dias e, é importante lembrar, não se trata de um rali de velocidade. Veja mais notícias de carros clássicosVolkswagen encerra... Leia mais
20 AGO
Audi lança a nova RS 6 com 600 cavalos e sistema híbrido leve

Audi lança a nova RS 6 com 600 cavalos e sistema híbrido leve

A Audi resolveu não esperar até o Salão de Frankfurt, no início de setembro, e revelou nesta terça-feira (20) a nova geração da perua esportiva RS 6, um dos modelos mais desejados da marca. Na nova geração, a perua traz motor V8 biturbo de 4 litros com 600 cavalos e 81,6 kgfm de torque. Com esse conjunto, a RS 6 acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos – quase o mesmo tempo de uma Ferrari Portofino. A máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h. Um câmbio... Leia mais
20 AGO
Segredo: com A3 Sedan e Q3 importados, Audi encerrará produção no Brasil

Segredo: com A3 Sedan e Q3 importados, Audi encerrará produção no Brasil

Geração atual do A3 Sedan será substituída até o final do ano, na Europa (Divulgação/Audi)Como diz o dito popular que antecipa notícias ruins, o gato pode ter subido no telhado para a fabricação das novas gerações de Audi Q3 e A3 Sedan no Brasil.Segundo uma fonte de QUATRO RODAS, esses dois modelos continuarão a ser comercializados no país, mas somente importados.O encerramento da produção local em São José dos Pinhais (PR) ocorre em razão dos elevados investimentos... Leia mais