Podemos dizer que são versáteis a ponto de terem o tipo de carroceria confundido, ou que simplesmente sofrem de crise de identidade. QUATRO RODAS elenca dez carros que às vezes nem o fabricante sabe dizer direito a que categoria pertence.
Perua assumida
Kombi foi o carro com maior tempo de produção no Brasil (Reprodução/Quatro Rodas)
A VW Kombi foi o carro com maior tempo de produção no Brasil, com 56 anos (1957-2013). Ganhou vários apelidos, mas foi erroneamente chamada pelo mercado de perua, principalmente no transporte escolar. Na verdade não passava de uma van, além de ter feito uns bicos nas versões picape e furgão.
Ovelha negra da família
FF não segue a linha cupê (Reprodução/Quatro Rodas)
Ao contrário da anterior 612 Scaglietti, a FF (Ferrari Four) não seguia a linhagem cupê. Obra de Pininfarina, é definida pela marca como shotting brake (perua-cupê), porém está mais para hatch: tem quatro bancos e de carona trouxe a ousadia da tração 4×4.
Volume morto
Fusca só que tinha duas portas e apenas dois volumes na carroceria (Reprodução/Quatro Rodas)
Sedã é o termo usado para designar um automóvel com três volumes (capô, teto e porta-malas saliente), em geral com quatro portas. Aí um dia nasceu o VW Sedan (depois chamado Fusca).
Título da nobreza
Renault Kwid, também chamado pela marca de o ˜SUV dos compactos˜ (Reprodução/Quatro Rodas)
A Renault queria elevar o nível do seu hatch Kwid não só na suspensão, mas também no nível de desafios. Por isso, ela chamou-o de “SUV dos compactos”. Coincidência ou não, alguns ficaram com a impressão de que ele seria um SUV compacto. O que ele não é.
Fruto de uma aventura
Parati Crossover foi criada para batalhar com o Palio Adventure (Reprodução/Quatro Rodas)
Para peitar a Palio Adventure, a Volkswagen criou a Parati Crossover. Apesar da suspensão alta, o sobrenome não fazia dela um crossover, que é a mistura de estilos ou configurações técnicas. Ela nada mais era do que a velha perua de sempre, 2,7 cm mais elevada.
Vazio interior
Corcel foi sucesso de inovação da Ford no catálogo de 1978 (Reprodução/Quatro Rodas)
Não, não é Belina na foto que você vê acima, e sim Corcel II Van. Pelo menos é o que dizia o catálogo da Ford em 1978. A fábrica deve ter achado que ia enganar todo mundo ao tirar banco e vidros traseiros para dar lugar a um assoalho plano com ripas de madeira.
Só levando na esportiva
Sem sucesso, A Ford usou o nome da famosa carroceria do Mustang para levantar as vendas (Reprodução/Quatro Rodas)
Em 2015, dois anos após a estreia da terceira geração, o Focus Sedan ganhou a primeira reestilização e o pomposo título Fastback. A Ford usou o nome da famosa carroceria do Mustang para levantar (sem sucesso) as vendas. Só se esqueceram de colocar o V8.
Tamanho não é documento
O gol ganhou capacidade para levar mais de 1.000 litros de carga (Reprodução/Quatro Rodas)
Furgão é sempre longo, sem vidros laterais, e usado no transporte de grandes volumes, né? Não para a VW e a Fiat. Elas adotaram o nome nos hatches Gol e Uno que perderam
o banco traseiro e ganharam capacidade para levar mais de 1.000 litros de carga.
Gênero indefinido
Um sedã de quatro portas? Pois é! (Reprodução/Quatro Rodas)
Um sedã de quatro portas? Sim! A Porsche se refere ao Panamera desse jeito. Até título de sedã mais rápido do mundo ele já ganhou. Mas há quem o defina como cupê de quatro portas, hatch de cinco portas ou até uma perua esportiva. Você escolhe o seu.
Pequenos luxos
Não é preciso ser muito grande para ter luxo. o A3 Limousine cumpre bem este papel (Reprodução/Quatro Rodas)
Quem ouve falar de limusine já pensa em um modelo de luxo feito para viajar atrás, como um Rolls-Royce ou Mercedes ClasseS, certo? Imagine, então, a surpresa do comprador de um Audi A3 ou A4 Limousine, que nada mais são do que versões com entre-eixos maior.