Novidades

01 MAR

VW Polo, Virtus e T-Cross: como gerar hatch, sedã e SUV com uma mesma base

VW T-Cross, Polo e Virtus nasceram da mesma plataforma: a MQB A0 (Arte/Quatro Rodas)

Grosso modo, com as atuais plataformas modulares fazer carros diferentes a partir de mesma estrutura é como desenvolver carrocerias para encaixá-las sobre uma base comum.

Mas é só grosso modo, porque cada projeto tem suas características de peso, dimensões e condições de uso próprias que requerem calibragens, reforços e ajustes específicos.

Essas diferenças entre projetos podem ser observadas na linha VW com o recém-lançado SUV T-Cross, desenvolvido a partir da mesma plataforma MQB-A0 de Polo (hatch) e Virtus (sedã).

A plataforma reúne a base do carro mais diversos sistemas agregados, como motor e câmbio (divulgação/Volkswagen)

O nome MQB vem de Modularer Querbaukasten, que em alemão significa Matriz Modular Transversal. O A0 identifica uma versão de dimensões ligeiramente reduzidas em relação à MQB empregada em modelos como Golf, Tiguan e Passat.

MQB que tem como característica servir de base para modelos equipados com motores dianteiros transversais com tração dianteira. Essa plataforma é chamada modular porque divide o carro em módulos.

A MQB permite mudanças em quatro das cinco seções do projeto (Divulgação/Volkswagen)

No caso, são cinco partes: do para-choque ao eixo dianteiro, do eixo dianteiro aos pedais, dos pedais até o final do piso do carro, desse ponto até o eixo traseiro e do eixo traseiro até o para-choque traseiro.

E todas as partes, com exceção da segunda, do eixo dianteiro aos pedais, podem ser alteradas.

A segunda seção é fixa porque é ela que define um padrão para instalação dos principais componentes como motor, transmissão, chicote elétrico e painel de instrumentos – itens que são compartilhados.

Plataformas modulares reduzem custos e tempo investido nos projetos (Reprodução/Youtube)

Esse tipo de plataforma economiza muito tempo e dinheiro para as fábricas, porque, partindo dessa seção já definida, as engenharias só precisam desenvolver as partes em que os veículos se diferenciam, ao invés de iniciar um projeto inteiramente do zero.

Comparando a ficha técnica de Polo, Virtus e T-Cross, encontramos diferenças importantes.

O Virtus, como convém a um sedã, tem o porta-malas maior: 521 litros contra 300 do Polo e 373 do T-Cross. Também é o dono do maior comprimento, 4,48 metros, e, em razão disso, carrega maior concentração de peso na traseira.

Para ampliar a capacidade do porta-malas, VW aumentou o comprimento do sedã (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Polo, como hatch, prioriza a dirigibilidade e por isso desfruta da menor distância entre-eixos, 2,56 metros. Assim, melhor assentado, ele permite um sistema de direção mais rápido e direto.

Mas é no T-Cross que surgem as maiores diferenças em relação aos outros modelos, em razão de ele ser um SUV com características bastante distintas.

O hatch é mais compacto e mais leve que o o sedã e o SUV (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Começa pela altura da carroceria, porque SUVs têm suspensões mais altas e oferecem posição de dirigir elevada.

Por conta disso, o motor do T-Cross foi instalado em posição superior, os bancos foram elevados por uma espécie de platô colocado sobre o piso original da plataforma e o painel subiu junto com a linha de cintura do carro.

Na comparação com seus irmãos, o T-Cross tem 1,570 mm de altura, enquanto o Virtus mede 1.472 mm e o Polo, 1.468 mm.

Por conta das mudanças na carroceria (e na estrutura), o T-Cross ficou mais pesado (o 1.4 TSI pesa 1.292 kg, enquanto o Polo 1.0 TSI pesa 1.147 kg).

Ainda assim, é um bom peso para um SUV compacto, apesar do uso de aços de ultra alta resistência em boa parte da carroceria e até moldados a quente em partes como colunas A e B, arco do teto e parte do túnel central.

Centro de gravidade elevado obrigou VW a enrijecer a suspensão (Divulgação/Volkswagen)

Ainda assim, a diferença de peso obrigou a fábrica a redimensionar o sistema de freios, por exemplo. E não foi só isso.

Além de mais pesado, por ser mais alto, O T-Cross tem o seu centro de gravidade em uma posição mais elevada, o que exigiu uma calibragem mais firme para as molas e os amortecedores da suspensão, a fim de diminuir a rolagem da carroceria nas curvas – e até evitar maiores riscos de capotamento.

Cada projeto tem suas próprias características de comportamento dinâmico (Divulgação/Volkswagen)

A calibragem de sistemas depende de como a fábrica quer que o carro se comporte: que seja mais confortável, mais esportivo. Mas, independentemente disso, há limites que cada veículo impõe, em razão de suas características.

Como se vê, apesar de ter diminuído muito o trabalho de desenvolvimento, a plataforma modular não libera as fábricas para produzirem simplesmente belas carrocerias diferentes.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

04 FEV

Recall: FCA convoca 740 donos de 300C e Wrangler por falha no airbag

Chrysler 300C tem 70 unidades envolvidas no recall (Divulgação/Chrysler)O Grupo FCA anunciou um recall para os veículos Chrysler 300C, anos/modelo 2014 e 2015 e Jeep Wrangler anos/modelo 2014 a 2016, para a troca do inflador do airbag dianteiro do lado do passageiro.Segundo a empresa, o deflagrador do dispositivo pode ficar degradado após ser exposto a variações elevadas de temperatura ou por infiltração de umidade. Trata-se do famoso escândalo da Takata.Dessa forma, fragmentos... Leia mais
04 FEV

Honda Elite 125: primeiras impressões

Depois de tornar o PCX 150 o scooter mais vendido do Brasil, a Honda lança agora o Elite 125, modelo que vira a opção mais barata da marca no segmento. Custando R$ 8.250, ele chega para rivalizar diretamente com o Yamaha Neo 125, vendido a R$ 8.290. Motos 2019: veja 25 lançamentos esperadosFOTOS: detalhes do Elite 125 O Honda PCX 150 acabou de ser atualizado e parte de R$ 11.620, se distanciado ainda mais da faixa de preços dos modelos de entrada, dando mais espaço para eles. ... Leia mais
04 FEV

Teste: Volvo V60 é uma alternativa de luxo aos fãs de SUVs

A perua antecipa o sedã S60, que chega ao Brasil em 2019 (Christian Castanho/Quatro Rodas)Sempre que alguma novidade chega à minha garagem, tento convidar o maior número possível de cobaias para andar no banco do passageiro e dar alguns pitacos sobre o carro. Afinal, nenhuma avaliação deve levar em consideração apenas as preferências do jornalista. Então, é claro que não seria diferente com a recém-lançada Volvo V60.Para ser sincero, eu e boa parte dos colegas de QUATRO RODAS... Leia mais
04 FEV

Seguro de carro elétrico ou híbrido é mais barato no Brasil; por quê?

– (Maurício Planel/Quatro Rodas)Quem pensa em comprar um carro elétrico ou híbrido em breve precisa considerar diversos aspectos, como locais de recarga, autonomia, manutenção… Mas como fica o seguro? O que muda em relação a um carro a combustão?No Brasil, esse mercado ainda é incerto. Não há volume suficiente para que as seguradoras possam definir uma diferença clara entre cotações.A dúvida é maior quando se fala de elétricos. Modelos recém-chegados, como Renault Zoe, ou... Leia mais
04 FEV

GM promete investir R$ 10 bilhões no Brasil “se negociações derem certo”

GM faz cara feia em negociação com sindicatos, governo, fornecedores e concessionários (Divulgação/Chevrolet)A General Motors emitiu no sábado (2) um comunicado em que afirma ter a intenção de investir R$ 10 bilhões no Brasil entre 2020 e 24. Entretanto, o plano só sairá do papel “caso as negociações de viabilidade no país tenham sucesso”.O montante se somaria aos R$ 13 bilhões que, segundo a empresa, já teriam sido aplicados entre 2014 e 2019, totalizando R$ 23 bilhões... Leia mais