Novidades

01 MAR

Especial Óleo Lubrificante: como escolher a especificação certa

Viscosidade não se vê no óleo escorrendo, mas na embalagem (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Comprar leite nunca foi uma tarefa tão complicada quanto hoje em dia. Antigamente, você ia até a padaria, pegava um saquinho do tipo A, B ou C e estava tudo certo. Agora a prateleira de leites no supermercado parece um cardápio.

Tem leite integral, desnatado, semidesnatado, leite de soja, leite sem lactose, com ferro…  Se para comprar uma simples embalagem de leite já está complicado, o que dizer do óleo lubrificante do motor do seu automóvel?

Também há uma série de requerimentos e especificações e, conforme a evolução dos motores, os óleos também foram ficando mais sofisticados.

Afinal, como ler a embalagem do lubrificante e saber que ele é exatamente o que seu motor precisa? 

As informações listadas no rótulo dos lubrificantes são regulamentadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Os rótulos devem informar a natureza do produto (mineral, semissintético ou sintético), a quantidade embalada, a composição, a aplicação a que se destina (motores ou tipos de combustível, transmissões, diferenciais etc.), o grau de viscosidade, os níveis de desempenho e benefícios, assim como advertências e precauções quanto ao manuseio, estocagem, transporte e descarte depois de utilizado ou sem uso.

Destas, as principais informações são a viscosidade e o requerimento de performance. Elas deverão estar de acordo com o que está estabelecido no manual do veículo.

“A viscosidade é a unidade de medida de fluidez de um lubrificante, ou seja, quanto maior a viscosidade, menor é a fluidez do lubrificante, e vice-versa”, explica Otávio Campos, consultor técnico da Shell.

Ele usa como exemplo a diferença entre a água e o mel. “Em uma mesma temperatura, a água flui mais rapidamente que o mel. Portanto, a viscosidade do mel é maior que a da água”, compara.

Para definir o nível de viscosidade, é utilizado o grau SAE (sigla em inglês para Sociedade dos Engenheiros Automotivos) (Reprodução/Quatro Rodas)

Para definir o nível de viscosidade, é utilizado o grau SAE (sigla em inglês para Sociedade dos Engenheiros Automotivos) expresso em números. Quanto maior o número, mais alta a viscosidade.

Por exemplo, um óleo SAE 40 é mais viscoso que um SAE 30. Atualmente, as montadoras indicam o uso de lubrificantes com multiviscosidade, ou seja, que têm um grau de viscosidade em baixas temperaturas e outro diferente em altas temperaturas.

Isso porque o principal influenciador da viscosidade é a temperatura. “É preciso ter um óleo que seja fluido o suficiente para a partida, com o motor frio, e eficiente para proteger os componentes do motor na temperatura normal de trabalho”, define Campos.

Daí vem a classificação feita por dois números separados pela letra W (do inglês winter, que significa inverno). Um lubrificante 5W30, por exemplo, tem viscosidade SAE 5W em baixas temperaturas e SAE 30 em temperatura de trabalho.

Já os requerimentos de performance são estabelecidos por associações automotivas reconhecidas na indústria, como a API (americana) e a ACEA (europeia), que definem um nível mínimo de desempenho que o lubrificante precisa atender, como degradação e evaporação, compatibilidade com componentes do motor e economia de combustível, entre outros aspectos.

Consultor da gerência de tecnologia e desenvolvimento da Petrobras, Marco Antonio de Almeida explica que a especificação de desempenho API para motores a gasolina, etanol, flex ou a gás (GNV) varia de SJ a SN.

Para motores a diesel ou biodiesel, ela vai de CH-4 a CK-4. E qual usar no seu carro? Simples: utilize o óleo com o desempenho que consta do manual do veículo ou superior. 

Campos, da Shell, lembra que a segunda letra da especificação acompanha o alfabeto, ou seja, quanto mais avançada no alfabeto, maior o índice de performance.

Isso significa que a SN supera a SJ em termos de tecnologias. “Atualmente, a API SL é a mais antiga especificação do mercado, enquanto a SN é a mais moderna”, diz o consultor.

Também não é raro que algumas montadoras estabeleçam seus próprios requerimentos de performance, definidos por testes adicionais aos da API.

A Volkswagen, por exemplo, dispõe de uma especificação própria para seus motores bicombustíveis, chamada norma VW 50888 / 50999, para uso nos seus modelos em garantia a partir de 2014.

Fique de olho na garrafa

NATUREZA DO ÓLEO

Revela a origem do produto: mineral, semissintético (às vezes indicado como de “base sintética”) ou sintético. Quando a informação não está na parte frontal, geralmente é porque é do tipo mineral,  mas sempre deve constar no verso.

ÍNDICE DE VISCOSIDADE

É indicado pelo número que vai depois da palavra SAE. Quanto maior esse valor, mais viscoso (espesso) é o lubrificante. Quando há dois números, o que vai antes da letra W revela a viscosidade em baixas temperaturas e o que vai depois, em temperatura de serviço.

NÍVEL DE DESEMPENHO 

O padrão de performance mais comum no mercado brasileiro é o API, que atualmente começa no nível SJ (o mais baixo), passa por SL, SK e SM e vai até o SN (o mais elevado). Para motores a diesel, o padrão varia de CH-4 até CK-4.

DETALHES DA EMBALAGEM

Pelas regras da ANP, todo frasco deve exibir a quantidade de produto (geralmente é de 1 litro, mas há embalagens de 5 e 20 litros). Boa parte das marcas passou a adotar também um filete translúcido na lateral, que permite ver o nível do óleo depois que o frasco é aberto.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

16 NOV
Flagra: picape coreana é carro de apoio do GP Brasil antes de lançamento

Flagra: picape coreana é carro de apoio do GP Brasil antes de lançamento

Protótipo da SsangYong Musso é carro de apoio do GP do Brasil (Leonardo Felix/Quatro Rodas)A reportagem de QUATRO RODAS participa da cobertura do GP do Brasil de F1 em 2019.De sexta-feira a domingo, nosso editor fotográfico e de arte, Fernando Pires, alimenta nosso perfil do Instagram com imagens exclusivas dos pilotos em ação na pista.Mas não é porque viramos a chave para as corridas que deixamos de ficar atentos aos carros de produção. E Interlagos está cheio de veículos de apoio... Leia mais
16 NOV
Além das novas motos, Salão Duas Rodas terá rock, manobras aéreas e motocross; veja atrações

Além das novas motos, Salão Duas Rodas terá rock, manobras aéreas e motocross; veja atrações

As atrações do Salão Duas Rodas não ficarão restritas aos estandes das fabricantes no pavilhão do São Paulo Expo. O evento, que começa na próxima terça-feira (19), terá atividades para o público também do lado de fora do centro de exposições. Tem opções para os mais variados gostos, incluindo shows de rock e exibições de motocross. A maioria é gratuita para quem já está visitando a feira. Salão Duas Rodas terá mais de 60 motos para andar em 3 pistas; veja... Leia mais
15 NOV
Volkspod: a incrível mini-moto com peças e charme do VW Fusca

Volkspod: a incrível mini-moto com peças e charme do VW Fusca

– (Brent Walter/Reprodução)O Volkswagen Fusca é o xodó do Brasil. São mais de 80 anos de história e diversas variações do veículo que já foi o mais vendido do mundo e é um marco da indústria automobilística mundial.Utilizar o Fusca como base para outros projetos sempre foi normal, mas e para criar uma mini-moto?– (Brent Walter/Reprodução)É difícil de acreditar, mas foi isso que Brent Walter, que se descreve como “construtor de uma variedade de coisas”, fez!Em sua... Leia mais
15 NOV
Itens de segurança saem da lista de produtos controlados pelo Exército

Itens de segurança saem da lista de produtos controlados pelo Exército

O Onix Plus sedã foi testado duas semanas antes da divulgação dos resultados (Latin NCAP/Divulgação)A Portaria nº 118, publicada no último dia 4 pelo Ministério da Defesa, retirou cintos de segurança com pré-tensor e airbags da lista de produtos controlados pelo Exército.Menos burocracia: cintos com pré-tensor e airbags têm importação facilitada (Latin NCAP/Divulgação)A mudança faz com que agora a importação de tais itens de segurança não dependam mais de carimbos do... Leia mais
15 NOV
Correio Técnico: o mesmo carro pode ter dois tamanhos de porta-malas?

Correio Técnico: o mesmo carro pode ter dois tamanhos de porta-malas?

Onix Plus perdeu 31 litros de volume no porta-malas (Divulgação/Chevrolet)Medir o porta-malas é como colocar centenas de pequenas bagagens (Divulgação/Chevrolet)O tamanho do porta-malas é para muita gente um índice essencial na compra de um carro, sobretudo se o uso será familiar. No entanto, às vezes um mesmo modelo pode ter diferentes capacidades.E não se sinta enganado: dois números podem estar certos, cada um à sua maneira.O principal motivo para a discrepância se dá pela... Leia mais
14 NOV
SUV elétrico da Ford vai se chamar Mustang Mach-E

SUV elétrico da Ford vai se chamar Mustang Mach-E

O novo SUV elétrico da Ford já tem nome. Será Mustang Mach-E. O modelo será revelado no próximo domingo (17), em um evento em Los Angeles, nos Estados Unidos. Mustang elétrico é realidade! Veja conceito de 900 cv Na ocasião, também será aberta a possibilidade reservar o veículo, com entregas a partir do ano que vem. No entanto, a opção só é válida para clientes do Estados Unidos e Europa - não há qualquer indício de que o modelo será vendido no Brasil. Para... Leia mais