Novidades

27 FEV

Volkswagen T-Cross: primeiras impressões

Das fábricas da Volkswagen no Brasil já saíram veículos de enorme sucesso: Fusca, Kombi, Gol são os mais conhecidos. Só que a marca do “carro do povo” quer transformar um outro modelo, bem menos acessível, em seu novo “best-seller”.

Custando entre R$ 85 mil e mais de R$ 125 mil, o T-Cross é o primeiro SUV compacto da Volkswagen, e a maior aposta da marca para 2019. Para convencer, aposta em bom equilíbrio entre conforto, equipamentos e espaço interno.

O T-Cross chega às lojas no final do mês que vem, em 4 versões. Veja os preços e os equipamentos de cada uma aqui.

Fôlego de sobra

No evento de lançamento, apenas a configuração mais completa, a Highline, estava disponível para um test-drive de 200 km entre a “casa” do T-Cross, a fábrica da Volkswagen de São José dos Pinhais (PR), e Balneário Camboriú (SC).

Ela tem motor 1.4 turbo de 150 cavalos. As demais versões do T-Cross saem de fábrica com o também conhecido 1.0 turbo de 3 cilindros de 128 cv e 20,4 kgfm, presente em Polo, Virtus e na versão de entrada do Golf. Elas estarão disponíveis para avaliação posteriormente.

Veja como andam os rivais do T-Cross

Atrasado

A nova “cria” da Volkswagen tem a ambição de ser um dos dois modelos mais vendidos da categoria, segundo Pablo Di Si, presidente da empresa para a América Latina.

Mas o T-Cross chega atrasado na disputa e vai encontrar um terreno repleto de concorrentes prontos para “minar” os planos da Volkswagen.

São ao menos 4 nomes extremamente fortes e conhecidos: Hyundai Creta, Honda HR-V, Nissan Kicks e Jeep Renegade, nesta ordem, foram os SUVs compactos mais vendidos de 2018.

O T-Cross Highline é mais caro entre todos eles. Seus R$ 109.990 (sem opcionais) superam os R$ 104.990 do Creta Prestige, os R$ 108.500 do HR-V EXL, os R$ 102.390 do Kicks SL Pack e os R$ 105.990 do Renegade Limited.

A Volkswagen se defende com uma respeitável lista de itens de série. Todas as versões têm 6 airbags (incluindo os 2 obrigatórios), controles de tração e estabilidade e freios a disco nas 4 rodas.

A Highline ainda inclui ar-condicionado digital, sensores de luz e chuva, detector de fadiga, retrovisor interno antiofuscante, start-stop (que desliga o carro em paradas rápidas), acesso e partida com chave presencial, bancos de couro, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, rodas de 17 polegadas, controle de velocidade de cruzeiro e central multimídia de 6,5 polegadas.

A bordo do T-Cross, ninguém deve ficar com o celular descarregado. Além de 2 entradas USB na dianteira, a partir da versão 200 TSI automática, há outros 2 pontos USB para os bancos traseiros. Acima destas, ainda há saída de ventilação.

A versão Highline até pode ser mais cara, só que o veículo sai mais bem equipado do que seus maiores concorrentes.

Além disso, há outros diferenciais. É o caso do quadro de instrumentos digital e do sistema de estacionamento autônomo-- uma pena que eles sejam cobrados à parte. Para tê-los, é preciso pagar mais R$ 10 mil por 2 pacotes de opcionais.

Ao todo, 3 pacotes são oferecidos para essa versão (veja abaixo), podendo elevar o preço do SUV para quase R$ 125 mil, chegando perto dos SUVs médios mais em conta, como o Jeep Compass.

Espaço tem

Na Volkswagen, a sigla MQB é praticamente um mantra. A multiversátil plataforma está presente em todos os recentes lançamentos da marca: Polo, Virtus, Tiguan, Golf, Jetta, e agora, T-Cross.

A Volkswagen conseguiu um espaço interno surpreendente para uma carroceria relativamente compacta, de 4,20 metros de comprimento, cerca de 10 cm menos do que os grandes rivais.

O bom espaço interno se deve à distância entre-eixos de 2,65 m, que é a mesma do sedã Virtus, 28 cm mais comprido, e maior que as de todos os concorrentes diretos, que ficam na casa dos 2,60 m (veja tabela comparativa).

Porém, "não há almoço grátis”, e a conta vem em um porta-malas com menor volume. Seus 373 litros são inferiores aos cerca de 430 litros do trio “queridinho”, HR-V, Creta e Kicks.

Entre os líderes da categoria, ele só supera o minúsculo compartimento de 320 litros do Renegade.

Há um “truque” para aumentar a capacidade para 420 litros, deixando o encosto dos assentos mais vertical e prendendo os bancos nas travas laterais. Com o volume maior, o conforto de quem viaja atrás acaba sacrificado.

O bem-estar a bordo só não é completo porque o acabamento destoa de um carro desta faixa de preço.

Com exceção de uma pequena faixa do painel e nas portas, praticamente todo o interior é de plástico duro. A marca tentou disfarçar com um tom diferente nas portas dianteiras.

Na versão Highline, há uma faixa colorida com textura, mas ela não é suficiente para apagar totalmente a má impressão deixada pelos materiais, apesar de a montagem ser cuidadosa.

Coração

O motor 1.4 turbo de 4 cilindros é um velho conhecido dos brasileiros. Ele entrega 150 cv e 25,5 kgfm, e está presente também em Golf, Jetta e Tiguan.

Com exceção do Golf, o T-Cross é o Volkswagen que melhor aproveita o conjunto formado pelo competente motor 1.4 turbo e a transmissão automática de 6 marchas da japonesa Aisin.

Por ser bem menor e mais leve do que Tiguan e Jetta, por exemplo, o T-Cross também é consideravelmente mais ágil. Se, no SUV médio, por exemplo, o motor fica no limite do aceitável, no “irmão menor”, ele sobra.

A suavidade do funcionamento do câmbio chama a atenção. Mais uma vez, o T-Cross mostra que se sai melhor com este conjunto do que modelos mais pesados. As trocas de marcha são bastante silenciosas e acontecem quase sempre no momento certo.

Os 150 cv não fazem do T-Cross o mais potente entre seus pares – o posto atualmente é do C4 Cactus, de 173 cv com seu motor turbo. Entre os aspirados, o feito é do Hyundai Creta, de 166 cv.

Mas o torque de 25,5 kgfm garante acelerações e retomadas de respeito.

De acordo com números de fábrica, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,7 segundos, contra 9,7 segundos do Creta 2.0, 12 segundos do Kicks 1.6 e uma eternidade a frente dos 12,8 segundos do Renegade 1.8. A Honda não informa números de aceleração.

Mais Jetta do que Golf

De forma geral, a dirigibilidade é bastante parecida com todos os modelos mais novos da fabricante alemã. É muito fácil encontrar uma posição de dirigir confortável e todos os comandos estão sempre ao alcance das mãos.

Uma pequena diferença para os demais modelos é que o motorista fica em posição elevada, o que deve agradar bastante o consumidor típico de SUVs.

Em se tratando de suspensão, é possível imaginar uma escala. Nela, o Jetta é o mais confortável, enquanto o Golf é o mais firme.

O T-Cross seria colocado mais próximo do sedã, comprovando que a Volkswagen tem pensado mais no público que preza pelo conforto.

A parte boa é que não há prejuízo nas tocadas mais agressivas. A plataforma MQB (olha ela, outra vez) tem como uma das grandes virtudes proporcionar ótima rigidez torcional, mantendo a cabine estável, mesmo em curvas mais fechadas e em velocidades mais altas.

Conclusão

A Volkswagen demorou mais do que deveria para lançar seu SUV compacto. Durante anos, várias concorrentes fizeram sucesso no segmento, tornando a tarefa da marca alemã ainda mais árdua.

Agora, em vez de um ou dois, o T-Cross terá que desbancar praticamente uma dúzia de concorrentes, se quiser se tornar mais um Volkswagen de sucesso.

Para isso, ele tem mais qualidades do que defeitos. Considerando a versão topo de linha, o elevado preço de compra pode espantar os clientes, mas seu conjunto é melhor do que todos seus concorrentes diretos.

Fonte: G1

Mais Novidades

05 NOV
Toyota lança SUV compacto do tamanho do Onix que deve chegar ao Brasil em 2021

Toyota lança SUV compacto do tamanho do Onix que deve chegar ao Brasil em 2021

A Toyota apresentou nesta terça-feira (5) no Japão o SUV compacto Raize. Ele é baseado no modelo apresentado no Salão de Tóquio pela Daihatsu, marca de entrada que pertence à Toyota. Ainda que tenha sido lançado apenas no mercado japonês, o Raize pode ser a solução para a Toyota no mercado de SUV compactos no Brasil. A fabricante é a única das grandes marcas presentes por aqui que não tem um representante nesta categoria. Por que o Raize é o favorito para o Brasil ... Leia mais
05 NOV
BMW confirma nova F 900 R para o Brasil e promete 'rival da Harley'

BMW confirma nova F 900 R para o Brasil e promete 'rival da Harley'

A BMW apresentou nesta terça-feira (5) as novas F 900 R, F 900 XR e S 1000 XR no Salão de Milão, na Itália. Os lançamentos ocorrem no dia reservado para a imprensa no evento, que é o principal do setor. Veja 10 motos que devem ser destaque As novidades foram confirmadas para o Brasil pelo chefe de vendas e marketing da BMW Motorrad, Timo Resch, ao G1. As datas dos lançamentos, porém, ainda não estão definidas. "F 900 R e F 900 XR devem demorar mais para chegar, mas a... Leia mais
05 NOV
Teste: Suzuki Jimny Sierra mostra se vale R$ 122.990 no asfalto e na terra

Teste: Suzuki Jimny Sierra mostra se vale R$ 122.990 no asfalto e na terra

Novo design ganhou linhas mais retas e verticais (Fernando Pires/Quatro Rodas)Reconhecido pela valentia nas trilhas, o Jimny nunca foi dado a mudanças. A última ocorreu há 20 anos. Agora, na quarta geração, o Jimny mudou e não foi pouco.O jipinho ainda mantém sua construção robusta com chassi separado da carroceria, tração integral e suspensões de eixos rígidos. Mas ganhou câmbio automático, ESP, Hill Descent Control e Brake Hold de série.Com mais torque, jipinho ficou mais... Leia mais
05 NOV
Guia de Usados: Honda HR-V, o seminovo com preço de carro zero

Guia de Usados: Honda HR-V, o seminovo com preço de carro zero

Os 2,61 m de entre-eixos fazem do HR-V um dos SUVs mais espaçosos da sua categoria (Arquivo/Quatro Rodas)É fácil entender o domínio que o HR-V exerceu no segmento desde sua estreia, em março de 2015. A liderança da categoria foi resultado não só do prestígio da Honda mas também por virtudes como espaço interno, rendimento e confiabilidade.O motor 1.8 flex do irmão Civic gera 140/139 cv e impulsiona bem seus 1.270 kg, quase sempre acoplado a um câmbio CVT (nas versões EXL e... Leia mais
05 NOV
Parceria de Fiat e Peugeot (e GM) existe há 50 anos e rendeu até o Punto

Parceria de Fiat e Peugeot (e GM) existe há 50 anos e rendeu até o Punto

– (Arte/Quatro Rodas)O grupo FCA tenta conquistar a PSA desde 2012, quando Sergio Marchionne, então CEO da empresa, assumiu publicamente o interesse na fusão com os franceses.Desde então, muitas coisas aconteceram: naquele mesmo ano, PSA e General Motors formaram a parceria que, em 2017, acabou em casamento com Opel e Vauxhall.Só que há outras conexões entre as 13 marcas agora unidas no conglomerado ítalo-francês – inclusive no Brasil, com os acordos de cooperação entre Fiat e... Leia mais
04 NOV
Chevrolet Onix Plus mal foi lançado e já tem dois incêndios registrados

Chevrolet Onix Plus mal foi lançado e já tem dois incêndios registrados

– (Reprodução/Internet)Em setembro uma unidade do Chevrolet Onix Plus pegou fogo enquanto era manobrada no pátio da fábrica em Gravataí (RS). Agora, outro exemplar do sedã compacto pegou fogo no Maranhão.O caso aconteceu na cidade de Mirador (MA), quando o proprietário retornava para sua casa em Teresina (PI).– (Reprodução/Internet)O dono do carro é Kleiton James, que relatou o ocorrido com seu Onix Plus Premier à pagina Notícias com Maritonio Dantas.“Eu senti um barulho na... Leia mais