Novidades

22 FEV

SsangYong Tivoli: primeiras impressões

Já ouviu falar na SsangYong? A fabricante, originária da Coreia do Sul, ainda é uma ilustre desconhecida no mercado automotivo brasileiro. Na verdade, ela é mais lembrada por ter deixado nosso mercado em duas ocasiões. Mas nunca é tarde para um novo recomeço.

Nesta nova incursão, a fabricante tem como principal produto o SUV compacto Tivoli, lançado no Salão de Genebra de 2015.

Além dele, há outros 3 modelos: XLV (um Tivoli com carroceria alongada), o SUV médio Korando e a picape Actyon Sports. A marca ainda promete lançar em 2019 o Rexton, um SUV grande, e outra picape, a Musso.

Onde está Wally?

Mas encontrar o Tivoli – ou qualquer modelo da SsangYong – será tarefa semelhante ao de achar o personagem Wally nas famosas ilustrações, onde o homem franzino de roupas listradas se “camufla” nas paisagens.

Atualmente, a rede da SsangYong tem apenas 10 concessionárias, concentradas nos estados de Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal.

O objetivo é expandir para 20 pontos de vendas até o final do ano, em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza e Florianópolis.

Interessados que persistirem na busca encontrarão duas versões do Tivoli à venda. Ambas possuem motor 1.6 de 128 cavalos e 16 kgfm de torque, aliado ao câmbio automático de 6 marchas fornecido pela japonesa Aisin – essa transmissão também está presente em Jeep Renegade e Volkswagen Polo, por exemplo.

A configuração de entrada não tem “sobrenome”, e custa R$ 84.990, enquanto a Deluxe, topo de linha, chega a R$ 99.990.

De acordo com a SsangYong, esta é a opção preferida da maioria dos clientes da marca no país. Por isso, foi a escolhida pelo G1 para ser avaliada por uma semana.

Os preços estão longe de serem uma barganha – especialmente para um veículo de marca que ainda tenta se estabelecer no país.

No entanto, o pacote da Deluxe é interessante, se comparado com rivais da mesma faixa de valores.

De série, ela oferece acesso e partida por chave presencial, sensores de luz e chuva, start-stop, controle de velocidade de cruzeiro, bancos de couro, câmera de ré, controles de tração e estabilidade, freios a disco nas 4 rodas, retrovisor interno antiofuscante, rodas de 18 polegadas e central multimídia com espelhamento de celular via Wi-Fi.

Da lista acima, há itens incomuns no segmento, como os freios a disco nas quatro rodas e retrovisor interno eletrocrômico. No entanto, fazem falta os airbags adicionais (são apenas 2, obrigatórios por lei) e o ar-condicionado digital, por exemplo.

Ainda que a central multimídia tenha conexão com a internet e mostre o trânsito em tempo real, faltam emparelhamentos via Android Auto e Apple CarPlay.

Visual maduro

Um ponto bem resolvido no Tivoli é o desenho. O visual, aliás, era uma barreira adicional para os carros da SsangYong.

Ainda que gostar ou não do visual seja uma decisão subjetiva e pessoal, é difícil encontrar beleza nos antigos Actyon, Kyron e Rodius, por exemplo. O Tivoli avança muito neste sentido. O SUV faz parte da mais recente identidade visual da empresa, e tem seu desenho assinado pelo consagrado estúdio italiano Pininfarina.

O resultado é bem menos polêmico, com proporções corretas e certas ousadias estilísticas, como o vinco que acompanha a lanterna até as portas traseiras.

Entrando no veículo, parece que as equipes de design do exterior e do interior não conversaram tão bem. A cabine é bastante conservadora.

Um ponto curioso é a forma como a temperatura do ar-condicionado é exibida. Em vez de uma escala, há barras de LED, que variam entre azul e vermelho para ar frio e quente, respectivamente.

A parte boa é que tanto montagem, como a qualidade dos materiais são condizentes com a categoria. A área superior do painel, por exemplo, traz plástico emborrachado, algo raro no segmento.

Opção única

Assim como nos países europeus onde é vendido, o Tivoli só tem uma opção de motor a gasolina, um 1.6 aspirado, que ainda não é flex. No uso cotidiano, seus 128 cv e 16,5 kgfm garantem desempenho satisfatório para um veículo de pouco mais de 1.300 kg.

Comparando com os SUVs compactos mais vendidos, a relação peso potência, que indica quanto cada cavalo precisa puxar, o Tivoli vai pior do que Hyundai Creta 2.0, Honda HR-V, Nissan Kicks, Ford EcoSport, mas é melhor do que de Jeep Renegade e Hyundai Creta 1.6.

Pacato, mas beberrão

Claramente, a proposta do Tivoli é atender ao motorista que não tem tanta pressa. Ainda assim, se o condutor preferir, pode escolher entre três modos de direção: Eco, Winter e Power, com respostas levemente mais ágeis neste último.

Câmbio e suspensão confirmam a intenção de entregar o máximo de conforto aos ocupantes. Enquanto a transmissão entrega trocas bastante suaves e no tempo certo, a carroceria absorve bem as imperfeições do solo.

A direção também pode ser configurada para entregar 3 níveis de respostas: Normal, Comfort e Sport. Na prática, a diferença entre elas é pequena, mas garante que motoristas com diferentes gostos possam ser atendidos.

Ao contrário do que costuma acontecer, a parcimônia nas acelerações não é recompensada com um bom consumo de combustível. Durante o período em que foi testado pelo G1, o consumo urbano ficou próximo de 10 km/l.

Os dados do Inmetro são ainda menos animadores. Seus 9,1 km/l no ciclo urbano são inferiores à todos os rivais citados mais acima, considerando, obviamente, a gasolina como combustível.

Na estrada, o consumo, segundo o Inmetro, é de 11,8 km/l, pouco melhor do que o Hyundai Creta, tanto nas versões 1.6, como na 2.0, e inferior a todos os demais SUVs compactos. No fim das contas, ele recebe nota “E” em sua categoria.

Na medida

Apesar de ser alguns centímetros mais curto do que os SUV compactos mais vendidos, o Tivoli surpreende ao oferecer um bom espaço interno.

Há um “empate técnico” no entre-eixos de 2,60 metros. É 1 cm mais curto do que Honda HR-V e Nissan Kicks, mas 1 cm maior do que o Hyundai Creta. E supera o Jeep Renegade em consideráveis 3 cm.

Por ter uma carroceria em formato de “caixote”, o espaço para a cabeça é bom para todos os ocupantes.

No porta-malas, vão 423 litros. Novamente, um pouco menor do que seus concorrentes. Creta, HR-V e Kicks carregam cerca de 430 litros, enquanto o Renegade só acomoda 320 litros.

Conclusão

A SsangYong falhou nas duas tentativas anteriores de se firmar no Brasil. Desta vez, as chances da fabricante coreana são consideravelmente maiores. Em primeiro lugar, porque conseguiu evoluir muito no design de seus carros.

Outro fator de peso é ter seu principal produto em um dos maiores segmentos do mercado brasileiro.

Falando especificamente do Tivoli, há virtudes como acabamento, visual e conforto para aos ocupantes. Mas o consumo elevado de combustível joga contra.

No fim das contas, faltam diferenciais para justificar a compra do modelo diante de concorrentes já consolidados.

Fonte: G1

Mais Novidades

18 NOV

De guarda-chuva a cara de mau: 10 detalhes de carros do Salão do Automóvel

O Salão do Automóvel acaba neste domingo (18). Durante a visita, o público pode observar centenas de veículos diferentes. Com tantos carros, é normal que alguns modelos acabem sendo vistos apenas superficialmente. Vai visitar o Salão de SP? Veja GUIA COMPLETO Porém, alguns carros e estandes possuem certos charmes que merecem uma atenção maior nos pequenos detalhes. O G1 listou 10 coisas que poderiam passaram despercebidas, mas valem um olhar mais próximo: Guarda-chuva... Leia mais
18 NOV

Salão do Automóvel 2018 termina hoje; saiba como visitar

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo 2018 termina neste domingo (18), depois de 11 dias aberto ao público. Salão tem 17 carros com preço confirmado; cifras vão de R$ 65 mil a R$ 4,4 milhões A edição deste ano foi marcada pelo lançamento de 3 "elétricos populares": Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe. Além de ver os carros, também é possível fazer o test-drive em uma área externa do São Paulo Expo. Veja abaixo informações para visitar o... Leia mais
17 NOV

Destaque no Salão do Automóvel, Volkswagen Tarok será picape 'anti-Toro'

Um dos modelos mais importantes do Salão do Automóvel de São Paulo ainda não está pronto. É o show-car Tarok, da Volkswagen. O nome se refere a um veículo que já passou da fase de conceito, mas ainda não está pronto para ser vendido. A Tarok será lançada no Brasil até 2020, já com rivais definidas. A principal delas é a Fiat Toro, picape média da marca italiana. O modelo também deve encarar a Renault Oroch e versões mais simples de modelos maiores, como Chevrolet S10... Leia mais
17 NOV

Hipercarros do Salão de SP têm homenagem a Senna, 'F1 para as ruas' e até guarda-chuvas

O Salão do Automóvel 2018 vai até domingo (18), no São Paulo Expo, e os principais destaques são os "elétricos populares" que vão chegar ao Brasil. AINDA DÁ TEMPO: saiba como visitar o Salão de SP Mesmo assim, também não falta espaço para modelos luxuosos e superpotentes como Mercedes-Benz AMG One, McLaren Senna e Rolls-Royce Cullinan. Com preços milionários, eles se destacam não só pela motorização, mas também pelo acabamento requintado e até excêntrico. ... Leia mais
16 NOV

Toyota Corolla sedã chega a sua 12ª geração

O Toyota Corolla sedã chegou a sua 12ª geração nesta sexta-feira (16), em apresentação no Salão de Guangzhou, na China. Depois de ser apresentado nas versões hatch e perua, enfim, o modelo foi revelado em sua configuração que mais importa ao mercado brasileiro, já que é a única vendida por aqui. Adotando nova estética, o modelo foi apresentado em diferentes versões para Europa, China e Estados Unidos. Dentre as novidades, a versão híbrida com motor 1.8 de 122... Leia mais
16 NOV

Opala lançado no Salão do Automóvel de 1968 volta ao evento 50 anos depois

50 anos depois, o primeiro Opala volta ao Salão do Automóvel. Uma das unidades lançadas na edição de 1968 do salão, ainda no Pavilhão do Ibirapuera, marcou presença no no São Paulo Expo nesta sexta-feira (16). Além do Opala DeLuxo 3800, outros 14 exemplares de vários anos e modelos passaram o dia estacionadas no lado externo do pavilhão que recebe centenas de lançamentos da indústria. Entre os destaques, um SS 1976, um Old Stock que compete na categoria de veículos... Leia mais