Novidades

21 FEV

Por lucros maiores, Volkswagen diz abrir mão de buscar liderança do mercado

Em um momento em que a General Motors ameaçou sair do país e a Ford anuncia o fechamento de uma fábrica e a saída do mercado de caminhões, a Volkswagen afirmou que abre mão de liderança em detrimento a uma maior rentabilidade da operação brasileira.

A declaração foi o presidente da marca no Brasil, Pablo Di Si. “Se o mercado tiver 60% de vendas diretas [menos rentáveis], posso ser 2º, 3º, 4º, até 5º colocado. Queremos a liderança com carros que as pessoas desejam e sejam rentáveis”, completou o executivo.

Atualmente, a marca é a vice-líder, mas já demonstrou em diversas ocasiões que tem trabalhado para ser a primeira colocada no país.

Parte da estratégia passa pelo lançamento de uma linha de 5 SUVs, produtos de maior valor agregado, e, consequentemente, maior lucratividade.

O principal deles, o T-Cross, teve os preços revelados na última terça-feira (19). Para executivos da empresa, o modelo deve brigar pela liderança do segmento, ocupada em 2018 pelo Hyundai Creta, com Honda HR-V, Nissan Kicks e Jeep Renegade muito próximos, com diferença de 3 mil unidades.

Dos 630 carros que a fábrica de São José dos Pinhais (PR) produz diariamente, 400 devem ser T-Cross. Além disso, a partir de abril, a unidade voltará a ter um segundo turno de produção. Com a medida, 500 funcionários que estavam em layoff voltarão ao trabalho depois de quase dois anos.

Do Brasil para o mundo

Além das grandes expectativas de vendas do modelo no Brasil, a Volkswagen também anunciou que irá exportar o T-Cross, a partir do ano que vem, para 20 países fora da América Latina.

Entre as localidades que devem receber o SUV compacto feito no Paraná estão Argélia, Egito e Turquia. Ele será o primeiro produto da linha atual a ser enviado para estes países.

Contudo, o sucesso do T-Cross, além da chegada de novos produtos para a fábrica paranaense, pode acabar decretando a morte de um outro modelo, o Golf.

“Se vier a decisão de produzir outros modelos [no Paraná], vamos ter que rever”, apontou Pablo Di Si. Uma possível alta demanda pelo T-Cross pode ser outro fator decisivo para o futuro do Golf nacional.

Vale lembrar que a nova geração do hatch médio será apresentada ainda este ano na Europa.

Fox revive e Golf pode morrer

Curiosamente, o Fox, outro modelo feito no Paraná e que tinha a morte dada como certa, ganhou sobrevida com números sólidos de vendas. Em janeiro, foram mais de 4 mil unidades.

De acordo com a Volkswagen, o hatch é um bom exemplo de sucesso da estratégia de reduzir o número de versões.

“Simplificamos a gama em 90% e as vendas cresceram 35%”, falou Di Si. Hoje, são apenas duas versões do Fox, ambas com motor 1.6 de 104 cavalos. Os preços vão de R$ 50.990 a R$ 56.090.

Aliás, a jornada do modelo está garantida, pelo menos, até 2021, quando começa o novo ciclo de investimentos da marca.

Fora dos populares

Ainda que o Fox e outros hatches pequenos, como Polo e Gol vendam bem, a Volkswagen ainda não é capaz de incomodar o líder do segmento e carro mais emplacado do país, o Chevrolet Onix.

Porém, a Volkswagen não parece preocupada em ter um modelo que se aproxime do rival. A marca, inclusive, está disposta a observar de longe o segmento dos carros populares se o veículo escolhido para esta categoria não for rentável.

Por enquanto, os alemães brigam com o Onix com vários concorrentes. Polo, Gol, Fox e Up preenchem uma grande fatia do segmento, mas, mesmo somados, ficam aquém do volume do Chevrolet.

O Up, o menos vendido deste grupo, deve sofrer uma nova mudança no posicionamento de mercado. O subcompacto nunca conseguiu atingir os ambiciosos objetivos de venda da marca.

De acordo com Gustavo Schmidt, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen no Brasil, o foco devem ser as versões com motor turbo.

6 elétricos e híbridos até 2025

Ainda este ano começa uma outra ofensiva de lançamentos da marca, com carros híbridos e elétricos. Serão 6 modelos do tipo nos próximos 5 anos. O primeiro a chegar será o Golf GTE, versão híbrida do hatch médio.

O presidente da Volkswagen, porém, descartou, por enquanto, a chegada do principal carro elétrico da marca, o I.D., que também terá sua versão final revelada em 2019.

Fonte: G1

Mais Novidades

08 NOV
Fiat faz recall de 2.912 Toro por risco de incêndio

Fiat faz recall de 2.912 Toro por risco de incêndio

Fiat Toro tem chamado de recall (Divulgação/Fiat)A Fiat convocou, nesta sexta-feira (8), os proprietários de 2.912 unidades da Toro, alimentada a diesel e com ano/modelo 2019/2020, para recall.As picapes envolvidas na ação detém o número de chassi (não sequenciais) entre C80844 a C92056. De acordo com a empresa, o chamado é para instalação de uma capa protetora para o filtro de combustível.Segundo a Fiat, uma colisão frontal pode danificar o filtro de combustível e, com isso,... Leia mais
08 NOV
Fiat Toro tem recall por vazamento de combustível após colisão frontal

Fiat Toro tem recall por vazamento de combustível após colisão frontal

A Fiat anunciou nesta sexta-feira (8) um recall envolvendo 2.912 unidades da Toro de ano/modelo 2019 e 2020, todas equipadas com motor a diesel. Em casos de colisão frontal, há a possibilidade de vazamento de combustível, com consequente incêndio. De acordo com a fabricante, o filtro de combustível pode ser danificado em uma colisão frontal. Com isso, há a possibilidade de vazamento de combustível em áreas do motor com temperaturas elevadas. Em casos extremos, há risco de... Leia mais
08 NOV
Em 1989, VW Gol trocou cultuado motor AP pelo CHT; e mudou para pior

Em 1989, VW Gol trocou cultuado motor AP pelo CHT; e mudou para pior

Gol GL testado pela revista Quatro Rodas. 1989 (Acervo/Quatro Rodas)Publicado em novembro de 1989De repente o Gol passou a andar menos, gastar mais combustível na estrada e fazer outro tipo de barulho. O que mudou?Na visão da Volkswagen – e só dela -, o carro que mais vendeu no país nos entre 1987 e 1988 continuava sendo o mesmo, ainda que sob seu capô estivesse agora um motor 17 cavalos mais fraco, de concepção antiga e que até então equipava o Escort, a Belina e o Del Rey.Esse... Leia mais
08 NOV
A luta de JAC, Lifan e outras marcas pequenas para não morrer no Brasil

A luta de JAC, Lifan e outras marcas pequenas para não morrer no Brasil

Effa V25: furgão começa a ser fabricado em Manaus no final deste ano (Arte/Quatro Rodas)Vender carros no Brasil não é fácil nem para grandes fabricantes. Por isso algumas marcas menores estão repensando suas estratégias.A chinesa JAC, que estreou no Brasil em 2011 com carros de entrada e depois focou sua linha em SUVs, agora também quer explorar o mercado de elétricos. Três automóveis, uma picape e um caminhão, que chegam nos próximos meses às 36 concessionárias da marca,... Leia mais
07 NOV
Donos devolvem Onix Plus para recall e recebem velho Prisma como reserva

Donos devolvem Onix Plus para recall e recebem velho Prisma como reserva

Onix Plus: será difícil ver um nas ruas nos próximos dias (Divulgação/Chevrolet)O perigo de incêndio no Chevrolet Onix Plus continua afetando a vida dos compradores. Em redes sociais, donos do recém-lançado sedã relatam que estão sendo orientados a deixar seus carros retidos em concessionárias até a resolução do problema.“Levei [o carro] pra escanear o consumo e retiveram o carro. O gerente de pós-venda me falou sem dar esperança sobre atualização do software, mas disse que... Leia mais