Na versão F Sport, a grade é do tipo colmeia (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O NX 300h não é a mais nova expressão da Lexus.
Nota-se que esse SUV – que chegou ao Brasil em 2015, um ano depois de lançado no exterior, e passou por uma reestilização leve em 2017 – carrega elementos de estilo e equipamentos abandonados nos lançamentos mais recentes da marca, como o SUV UX.
O mais evidente é o painel com o console vertical. Mas essa defasagem é facilmente abstraída diante dos atributos do carro. No design externo, a grade dianteira impõe respeito. E, por dentro, a qualidade do acabamento é admirável.
A tração varia sozinha de 4×2 para 4×4 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Os materiais não são necessariamente nobres, os bancos têm revestimento apenas parcial de couro e as partes que parecem metálicas são de plástico. Mas todas as peças são bem confeccionadas.
Dirigir o NX 300h é uma experiência prazerosa até no trânsito de uma sexta-feira às 18 horas na cidade de São Paulo, como foi nosso caso antes de ir para a pista.
A posição de dirigir é confortável e o silêncio a bordo dá a sensação de que o caos das ruas ficou lá fora.
Central multimídia possui uma tela de 10,3 polegadas (Christian Castanho/Quatro Rodas)
A suspensão é macia, como se espera de um modelo de luxo, mas firme, como se exige de um SUV.
Já a direção pode desagradar aos adeptos da lei do menor esforço. O volante exige firmeza adequada a um SUV, mas exagerado para um modelo de luxo.
Mais difícil de defender é o dispositivo que afasta o banco para o motorista entrar e sair do carro com mais facilidade.
O problema é que o sistema distancia o banco do volante quando o motorista desliga o motor e só volta a aproximá-los depois que ele liga o motor.
Ou seja: para dar a partida o motorista precisa se esticar todo para alcançar o contato (por meio de botão no painel).
Painel indica reserva de energia para o motor híbrido (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O motor é a principal novidade, uma vez que o NX 300 tornou-se híbrido na linha 2019.
Antes seu motor era um 2.0 turbo. Agora são dois motores: um 2.5 16V a combustão, com 155 cv de potência e 21,4 mkgf de torque e um elétrico com respectivamente 143 cv e 27,5 mkgf.
A entrada deles em ação fica por conta da eletrônica que escolhe a melhor estratégia de acordo com a condição de uso e a disponibilidade de energia.
Na transmissão, outra novidade: o câmbio CVT no lugar do automático. E a tração All-Wheel Drive é outro sistema controlado eletronicamente. A distribuição do torque varia automaticamente de 4×2 (dianteira) a 4×4.
Garantia de conforto: em tons claros, os bancos são de couro (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Na pista de testes, o NX apresentou desempenho mediano. Ele acelerou de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos. Mas fez isso com consumo frugal de 13,8 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada.
É isso mesmo: graças à entrada mais frequente do motor elétrico, o NX conseguiu maior economia no ciclo urbano do que no ciclo rodoviário.
Esta nova versão ganhou o motor híbrido (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O SUV é oferecido em três versões: Dynamic, Luxury e F Sport. A unidade que aparece nas fotos é a mais completa e esportiva, F Sport.
As rodas são aro 18 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Entre os recursos exclusivos dessa configuração, conta-se suspensão adaptativa, head-up display e carregador de celular por indução (sem fio).
Visualmente, a F Sport se distingue pela grade tipo colmeia e o design das rodas. Além desses itens, há ainda os que também estão disponíveis na versão intermediária, Luxury.
Há saídas de ar na traseira (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Entre eles estão indicadores de direção com leds e central multimídia (10,3”).
E há os itens básicos para toda a linha como o seletor de modos de condução com as opções EV (que permite ao carro rodar somente com o motor elétrico, com restrições), Normal, Eco e Sport.
Porta-malas leva 475 litros de bagagem (Christian Castanho/Quatro Rodas)
E ainda existem particularidades como a da central multimídia que tem tela menor (8”) na versão Dynamic e o teto solar que, na Luxury, é pequeno e tem abertura elétrica, enquanto na F Sport é panorâmico e fixo.
Os preços do NX 300h são os seguintes: R$ 219.990, na versão Dynamic; R$ 229.990, na versão Luxury, e R$ 249.990, na F Sport mostrada aqui.
Apesar de defasado em relação aos lançamentos recentes da marca, o NX ainda é uma opção atraente.
Aceleração
0 a 100 km/h: 9,7 s
0 a 1.000 m: 31,2 s – 167,4 km/h
Velocidade máxima
180 km/h (dado de fábrica)
RETOMADA
D 40 a 80 km/h: 4,8 s
D 60 a 100 km/h: 5,5 s
D 80 a 120 km/h: 6,9 s
Frenagens
60/80/120 km/h – 0 m: 14,4/25,9/61,9 m
Consumo
Urbano: 13,8 km/l
Rodoviário: 11,2 km/l
Preço: R$ 249.990
Motor: híbrido, gasolina (4 cilindros, DOHC, 16V, 2.494 cm3; 155 cv a 5.700 rpm, 21,4 mkgf a 4.400 rpm), elétrico (síncrono de imã permanente, 143 cv e 27,5 mkgf)
Câmbio: automático, CVT, tração integral AWD
Suspensão: McPherson (dianteira) e braços duplos (traseira)
Freios: disco ventilado (dianteira) e disco sólido (traseira)
Direção: elétrica, 12,1 m (diâmetro de giro)
Rodas e pneus: liga leve, 225/60 R18
Dimensões: comprimento, 464 cm; altura, 164,5 cm; largura, 184,5 cm; entre-eixos, 266 cm; peso, 1.850 kg; tanque, 56 l; porta-malas, 475 l